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sexta-feira, maio 31, 2019

Corrupção eleitoral: Polícia Federal cumpre 3 mandados em Tobias Barreto

Arquivo
A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira,31,  com o objetivo de reunir provas em Inquérito Policial que apura o crime de corrupção eleitoral, conhecido como compra de votos, supostamente praticado por um vereador do município de Tobias Barreto (SE).
A investigação teve início com base em informações divulgadas na imprensa local dando conta que o então candidato a vereador teria comprado sacos de cimento para distribuição a eleitores em troca de votos, nas eleições de 2016.
Há indícios de que um estabelecimento comercial da cidade forneceu grande quantidade de cimento para eleitores que apresentavam um “vale” assinado pelo candidato.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do investigado, no estabelecimento comercial e na casa do empresário que forneceu os produtos.
O crime de corrupção eleitoral, tipificado no artigo 299 da Lei 4.737/65, ocorre quando qualquer pessoa dá, oferece, promete, solicita ou recebe, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto, ainda que a oferta não seja aceita. A pena prevista é de até 04 anos de reclusão.
NE NOTÍCIAS
De acordo com informações apuradas pelo NE Notícias, o vereador Divan das Candeias teria distribuído cimento à população durante as eleições municipais e deixado uma dívida acumulada na casa de material de construção alvo da operação

Nova nota oficial do ministro da Educação provoca reação contra a política do MEC


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Reprovado na USP, o ministro só abre a boca quando tem certeza
Daniela LimaFolha/Painel
A nota oficial em que o Ministério da Educação desautorizou pais, alunos e professores a estimularem e divulgarem protestos contra sua política foi vista como uma declaração de guerra ao setor por políticos experientes que, até a publicação do texto, apostavam no arrefecimento dos atos. Chamada de “tresloucada” e “autoritária”, a medida será questionada e chamou a atenção da PGR. Para Luciano Mariz Maia, vice-procurador-geral da República, ela pode violar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e outros dispositivos legais.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que irá representar contra o ministro Abraham Weintraub (Educação) por abuso de poder, improbidade administrativa e crime de responsabilidade.
A LETRA DA LEI – Informado sobre o teor da nota, o procurador Luciano Mariz Maia disse que o texto permite “extrair o entendimento de que o MEC adota como verdadeira a premissa de que as manifestações são político-partidárias”. A conclusão do documento, diz, afronta a Constituição.
O vice-procurador-geral diz ainda que o texto do MEC viola o artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que trata das garantias inerentes ao direito de liberdade.
A nota do ministro chocou movimentos ligados à educação. A avaliação é a de que, embora pregue ser liberal, o governo Jair Bolsonaro indica que acha que cabe ao Estado interferir na relação entre pais e filhos.
EXPLIQUE-SE - O deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), membro da Comissão de Educação, vai levar o caso ao colegiado na próxima semana.
“Abrir canal para aluno denunciar professores significa que ele começou o Escola Sem Partido. Fiquei assustado, não entendi a abordagem e quero saber se é legal”, diz Alencar.
Na próxima semana, ex-ministros da Educação debatem políticas para a área na USP. Foram chamados José Goldemberg (governo Collor), Murílio Hingel (Itamar Franco), Cristovam Buarque (Lula), Fernando Haddad (Lula) e Aloizio Mercadante (Dilma). Há previsão de que, ao final, formulem carta em defesa do ensino público.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Com um ministro despreparado como Abraham Weintraub, que não sabe a diferença entre corte de verba e contingenciamento, fica difícil. Foi uma nota oficial dele que causou a primeira manifestação. Em contrapartida, o filho Zero Dois acionou o esquema das redes sociais para organizar o “protesto a favor” do dia 26. Ontem, a União Nacional dos Estudantes respondeu com nova manifestação, é uma chatice. Se o ministro não continua atrapalhando, que as coisas se normalizem logo, pois há problemas mais urgentes e graves a serem discutidos. (C.N.)

*Policlínica Regional em Paulo Afonso contrata médicos com remuneração de até R$ 10 mil*

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A partir da próxima segunda-feira (3), os médicos interessados em trabalhar na Policlínica Regional em Paulo Afonso, poderão participar do processo seletivo simplificado, que se encerra no dia 7 de junho. Com salários que chegam a R$ 10 mil, os profissionais de diversas especialidades serão contratados no regime jurídico estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O edital foi publicado nesta quinta-feira (30), no Diário Oficial do município sede e está disponível no link https://bit.ly/2YZuHbl.
A contratação será por tempo determinado e tem validade de um ano a contar da data de homologação, podendo ser prorrogado por igual período, a critério do Consórcio Público Interfederativo de Saúde da Região de Paulo Afonso.
A ficha de inscrição, currículo e documentos comprobatórios deverão ser entregues presencialmente, por intermédio de procurador munido de procuração pública ou pelo endereço eletrônico do Consórcio (consorciosaudepa@gmail.com).
A seleção busca contratar médicos nas seguintes especialidades: endocrinologia e metabologia, otorrinolaringologia, ginecologia e obstetrícia, radiologia e diagnóstico por imagem, diagnóstico por imagem -ultrassonografia geral, mastologia, gastroenterologista, endoscopia digestiva baixa/colonoscopia, endoscopia digestiva alta, cardiologia – ecocardiografia, cardiologia – ergometria, angiologista e anestesiologista.
O Governo do Estado está investindo R$ 22 milhões na construção e aquisição de equipamentos, mobiliário e micro-ônibus para o transporte de pacientes que moram nos outros municípios integrantes do consórcio público de saúde. Atualmente, oito policlínicas estão em funcionamento nas cidades de Teixeira de Freitas, Irecê, Guanambi, Jequié, Feira de Santana, Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus e Valença, sendo referência para aproximadamente 4 milhões de baianos.
Além de Paulo Afonso, outras dez outras policlínicas estão em construção nos municípios de Simões Filho, Itabuna, Vitória da Conquista, Jacobina, Juazeiro, Barreiras, Senhor do Bonfim, São Francisco do Conde e Salvador, esta última, com duas unidades.
Secom

Condução coercitiva do presidente do Santander Brasil é autorizada pela Justiça

Condução coercitiva do presidente do Santander Brasil é autorizada pela Justiça
Foto: Divulgação
A Justiça de São Paulo autorizou nesta quinta-feira (30) a condução coercitiva da cúpula do banco Santander no Brasil. De acordo com a Folha de São Paulo, entre os nomes incluídos está o do presidente do banco, Sergio Rial, pela CPI da Sonegação Tributária da Câmara Municipal de São Paulo.

A Câmara deve ouvir Sergio Rial e outros diretores do Santander na próxima quinta-feira (6), ainda segundo a Folha.

A CPI foi instalada em 2018 com o objetivo de investigar eventuais fraudes e sonegações fiscais de empresas de factoring, leasing e franchising com atuação na cidade de São Paulo, mesmo sediada oficialmente em outras cidades que cobram alíquota menor de ISS (Imposto sobre Serviço).

A reportagem da Folha aponta ainda que a CPI afirma que esse é o caso do Santander Arrendamento Mercantil, que, sediado na cidade de Barueri, teria deixado de recolher cerca de R$ 42 milhões nos últimos cinco anos para os cofres da Prefeitura de São Paulo.
Bahia Notícias

Jovem é estuprada na UTI de hospital, morre dias depois e família é informada no velório

Jovem é estuprada na UTI de hospital, morre dias depois e família é informada no velório
Foto: Divulgação
Uma jovem de 21 anos foi vítima de violência sexual enquanto estava internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital de Goiânia. O suspeito de cometer o estupro é o técnico de enfermagem Ildson Custódio Bastos, de 41 anos. A estudante foi internada no dia 17 de maio devido a crises convulsivas e morreu nesta semana.

A família da jovem foi informada do estupro pela delegada que investiga o crime durante o velório. Isso porque a polícia precisou interromper o velório para levar o corpo para fazer exames.

Antes de morrer a jovem denunciou o abuso a uma funcionária da unidade de saúde. O caso foi registrado na Polícia Civil. Segundo o G1, a delegada responsável pelo caso informou que teve acesso a imagens de uma câmera de segurança instalada no leito de UTI que mostram o abuso sexual.

O abuso aconteceu na madrugada do dia 17, horas depois da jovem ser internada. O suspeito era o único funcionário na UTI no momento e, segundo a delegada, fechou a cortina do leito onde a jovem estava.

“Ele claramente toca as partes íntimas dela com a mão direita sob o lençol. Ele não estava fazendo nenhum procedimento de enfermagem, porque estava o tempo todo usando só uma mão”, disse a delegada Paula Meotti.

Ao G1, a delegada relatou que a vítima estava entubada e com as mãos amarradas na UTI devido ao quadro de saúde dela. “O abuso durou cerca de uma hora, ela alterava alguns momentos de consciência e, em um momento, ela se mexe, se debate, tentando escapar”, completou.

O técnico de enfermagem ficou em silêncio durante o depoimento. Ele vai responder por estupro de vulnerável.
Bahia Notícias

Juiz avisa governo sobre ameaça de Adélio contra Bolsonaro e Temer


por Camila Mattoso | Folhapress
Juiz avisa governo sobre ameaça de Adélio contra Bolsonaro e Temer
Foto: PM-MG
O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), enviou para os responsáveis pela segurança presidencial relato em que Adélio Bispo de Oliveira afirma que pretende matar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-presidente Michel Temer (MDB) assim que conseguir liberdade.

Segundo o magistrado, Adélio disse a peritos que os dois fazem parte de uma conspiração para tomar o poder e riquezas do Brasil e entregá-las ao Fundo Monetário Internacional (FMI), à maçonaria e à máfia italiana.

Adélio tentou assassinar Bolsonaro com uma facada durante a campanha presidencial (veja aqui), em 6 de setembro do ano passado, na cidade de Juiz de Fora (MG).

A reportagem teve acesso à decisão do juiz sobre o caso. Ele conclui que o réu tem transtorno mental e é inimputável - incapaz de entender o caráter de crime que cometeu e, por isso, de responder por seus atos.

Savino decidiu enviar a documentação para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para "medidas que entendesse pertinentes", pois psicólogos e psicanalistas apontaram "alta periculosidade do réu".

Adélio está preso desde setembro. Ele passou por avaliações de psiquiatras oficiais e indicados pela defesa e pela acusação.

De acordo com trechos da peça judicial, Adélio afirmou que Bolsonaro fazia parte de uma "conspiração da maçonaria para tomar o poder e entregar as riquezas do país ao FMI, aos maçons e à máfia italiana".

O autor da facada disse ainda que, se eleito, o político mataria "os simpatizantes da esquerda, pobres, pretos, índios quilombolas e homossexuais para que as riquezas do Brasil ficassem apenas com os maçons" e citou uma entrevista em que Bolsonaro falava em "fuzilar petralhas" ou mandá-los para a Venezuela.

Para o juiz, as afirmações sobre matar Bolsonaro e Temer reforçam o diagnóstico de Adélio, demonstrando que ele pouco se importa com o fato de estar encarcerado e com eventuais consequências penais ou processuais de seus atos, o que faz parte de seu transtorno.

Savino diz em sua conclusão que os profissionais que atuaram no feito, tanto os peritos oficiais como os assistentes técnicos das partes, "foram uníssonos em concluir ser o réu portador de Transtorno Delirante Persistente".

Para tomar a decisão, o juiz traçou um perfil de Adélio, com base nas investigações e nos laudos médicos.

Dos pontos mais importantes, o magistrado destaca que a boa articulação do réu em depoimentos, em vez de afastar a possibilidade da doença, na verdade, confirma o diagnóstico, pelo "comportamento não extravagante ou estranho".

Adélio era visto como "totalmente isolado", não falava de seus amigos ou de familiares, de acordo com os trechos da peça judicial.

Ao todo, o autor da facada em Bolsonaro teve quase 40 empregos em cerca de 20 anos de carteira assinada, sendo que em vários lugares não chegou a trabalhar nem por mais de um mês.

Além de trocar muito de ocupação, o réu também se mudou diversas vezes de cidade, não criando vínculo por onde passou.

Ao longo do período de investigação da situação de Adélio, houve uma médica que apontou em laudo a possibilidade de que parte dos sintomas da doença fosse apenas uma simulação, o que foi refutado pelo juiz.

A profissional falava especificamente sobre as alucinações auditivas em que o autor da facada dizia ouvir a voz de Deus, que lhe teria dado a missão de matar Bolsonaro e salvar o Brasil.

"Não se mostra crível que o réu tenha empreendido um complexo ardil que envolvesse a simulação de sintomas que correspondessem ao critério de diagnóstico para o Transtorno Delirante Persistente", escreveu Savino.

Um dos pontos citados pelo juiz para a formação de sua convicção é o de que nada foi achado nas buscas policiais indicando ter havido algum planejamento por parte dos advogados para tais simulações.

O magistrado destacou outro ponto que, em sua visão, corrobora o diagnóstico de Adélio.

"Interessante notar que mesmo durante o planejamento do atentado, conduta que poderia ser interpretada como um indicativo de sua plena capacidade de cognição e autodeterminação, o réu demonstrou encontrar-se totalmente enfurnado em sua realidade delirante".

Segundo a peça judicial, as imagens do celular do autor do atentado contra Bolsonaro comprovam a relação do réu com seus delírios. Ele tinha fotos que faziam referência, o tempo todo, à maçonaria.

"O réu entrelaça em sua certeza psicótica, a um só tempo, delírios místicos-religiosos, políticos-ideológicos, persecutórios e de referência para criar uma interpretação própria e totalmente distorcida da realidade".

Savino fala em sua decisão que teve dificuldades em encontrar profissionais para atuar no incidente de insanidade, entre
Bahia Notícias

Weintraub, o guarda-chuva constrangedor e o enfraquecimento de ato a favor da educação


por Fernando Duarte
Weintraub, o guarda-chuva constrangedor e o enfraquecimento de ato a favor da educação
Foto: Reprodução/ Twitter
Gene Kelly deve estar se remoendo no túmulo. Não foram raras as referências ao clássico “Cantando na chuva” após o lançamento do filme, de 1952. Duvido, porém, que alguma tenha sido tão constrangedora quanto a aparição do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para falar sobre o que ele chamou de “fake news” sobre a liberação de recursos para a reforma do Museu Nacional, destruído por um incêndio em setembro de 2018. Com guarda-chuva girando nas mãos, o ministro surgiu para reclamar de uma fictícia chuva de notícias falsas. Um vídeo tão vergonhoso quanto as declarações dele sobre ideologia de esquerda na educação.

É inegável, todavia, que o objetivo foi alcançado. Weintraub “lacrou”. Engraçado que esse termo é extremamente criticado pela direita, pois há a reclamação constante de que a esquerda “lacrativa” dominou o país e ocupa a imprensa “golpista” contra a salvação do país, simbolizada pelo ministro. Começo a desenvolver uma teoria interessante: o titular da Educação não tem amigos. Se tivesse, alguém falaria a ele que um vídeo como aquele não contribui em nada para o cargo, muito menos para o debate sobre a pasta que ele comanda. Enquanto Weintraub “lacra” nas redes sociais, o barco da educação segue em ritmo de naufrágio...

De um lado, “haviam” excessos por parte de um ministro – sim, o verbo está conjugado da mesma maneira com que Weintraub utiliza, então perdoem-me por repetir. Do outro, milhares de pessoas iam para as ruas de diversas partes do Brasil em um protesto contra o corte de recursos para pesquisas e o contingenciamento das verbas para as universidades e institutos federais. Na concepção original, o movimento tenderia a ser como no dia 15 de maio, uma “festa da democracia”. No entanto, foi mais partidarizado que a edição anterior e vai contribuir expressivamente para descredibilizar um pouco a pauta. Parabéns aos envolvidos.

Não que não tenham havido estudantes na manifestação. Até tinham. Porém o anúncio de que os sindicatos planejam uma greve geral no próximo dia 14 foi o atestado de que, para além de uma mobilização em defesa da educação, movimentos ligados a partidos políticos se “apossaram” do ato para criticar o governo federal. Estão errados? Não faço juízo de valor nesse sentido. Apenas constato que uma das principais críticas da trupe de Jair Bolsonaro vai se encaixar e isso deve afetar o alcance da discussão.

Acho bacana que tenhamos vividos dois extremos relacionados à educação em um mesmo dia. Por mais que discorde da incorporação de pautas como “Lula livre” ou “Fora Bolsonaro” da mobilização “popular”, ainda prefiro apoiar o movimento nas ruas. Porque, sinceramente, não dá para defender o que o ministro fez com o clássico de Gene Kelly.

Este texto integra o comentário desta sexta-feira (31) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Excelsior, Irecê Líder FM, Clube FM e RB FM.
Bahia Notícias

AGU não só aprova, como também elogia o menu de lagostas e vinhos premiados no STF


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Charge reproduzida do Arquivo Google
Fransciny Alves e Bruno MenezesO Tempo
Para a Advocacia Geral da União (AGU) “não há qualquer violação de moralidade” na licitação de lagostas e vinhos importados feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na avaliação do órgão, pelo contrário, a Corte está zelando pela adequada representação do Brasil, especialmente frente às autoridades de outros países.
A argumentação foi usada pela entidade em ação que tramita na Seção Judiciária Federal do Distrito Federal (JFDF) e pede a suspensão da concorrência. Na manifestação, a AGU afirmou que as bebidas e alimentos refinados não seriam servidos corriqueiramente aos ministros do Supremo, mas para eventos pontuais com a participação de autoridades importantes nacionais e internacionais.
EVENTOS – Para reforçar a tese, o órgão lista diversos eventos ocorridos que contaram com a participação dessas autoridades. Entre eles está a visita, em 2017, do presidente da Argentina, Mauricio Macri; a visita, no mesmo ano, do presidente do Paraguai, Horacio Carte, além do rei Carl XVI Gustaf e da rainha Silvia, da Suécia, que, também em 2017, fizeram uma visita oficial ao Brasil e estiveram no STF.
O pregão previa que a compra fosse feita pelo menor preço e estipulava um gasto de R$ 1,1 milhão. Além dos pratos e bebidas requintados, a alta cifra gerou polêmica, e a licitação chegou a ser suspensa por meio de uma liminar expedida pela juíza Solange Salgado, da 1ª Vara Federal de Brasília. A liminar, porém, foi derrubada no início deste mês, pelo vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador federal Kassio Marques, que considerou na decisão que a licitação “não é lesiva à moralidade administrativa”.
MENOR VALOR – O pregão foi aberto no dia 26 de abril. Em sua manifestação, a AGU afirmou que o valor da compra foi reduzido em quase 60%, já que o lance mínimo apresentado foi de R$ 463 mil. “Dessa feita, não procede o argumento do autor de que o valor a ser despendido pelo erário é no montante de R$ 1 milhão, visto que o valor do ajuste celebrado (R$ 463.319,30) teve redução em mais de 50% em relação ao orçamento originalmente previsto”, argumentou.
O processo que tramita na Justiça do Distrito Federal é de autoria do coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância do Estado de Minas Gerais, Wagner Ferreira. Ele explica que a ação foi protocolada na JFDF e, quando soube do processo, a AGU pediu para que, antes de o juiz decidir sobre a liminar, ela fosse ouvida. O desembargador aceitou a solicitação da entidade que defende órgãos da União. Agora, o juiz vai deliberar se suspende ou não o curso dessa licitação.
MORDOMIA INJUSTIFICÁVEL – O autor da ação também rechaçou os argumentos apresentados pela Advocacia-Geral da União.
“Não adianta reduzir o valor do contrato e manter itens luxuosos. A AGU se preocupa com a imagem e a reputação do STF quando deveria se preocupar com o dinheiro do contribuinte, que sustenta essa mordomia injustificável. É inaceitável que a AGU, em nome da Justiça do nosso país, defenda que um banquete luxuoso é necessário para manter as aparências. Afinal, a maior parte da população brasileira é pobre e está arcando com algo que nem conhece. Parece que a crise acabou”, disse Wagner Ferreira.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A desfaçatez dessas “autoridades” parece invencível. Em nenhum dos eventos mencionados foram servidos banquetes aos visitantes estrangeiros. Em todas as ocasiões foram visitas apenas visitas protocolares e rápidas. Na verdade, trata-se de mordomia injustificável, mesmo, para ser oferecida e desgustado pelos próprios ministros. (C.N.)

Governo oferece R$20 milhões em emendas a cada deputado que apoiar a reforma


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Charge do Duke (dukechargista.com,br)
Pedro do Coutto
Reportagem de Ângela Boldrini e Ranier Bragon, Folha de São Paulo de ontem, afirma que o governo Bolsonaro formulou uma proposta de liberar 20 milhões de reais em obras para cada deputado que votar favoravelmente o projeto de reforma da Previdência. Os dois repórteres acentuam que os 20 milhões serão parcelados: 10 milhões em um semestre e 10 em outro. 
Não se trata de transferir recursos direto para os parlamentares, mas sim verbas para obras públicas previstas no orçamento e que poderão revelar o nome do deputado em cada realização.
LIBERANDO GERAL – O MInistro Onix Lorenzoni por seu turno, iniciou contatos com líderes partidários, acenando com a liberação desses créditos, matéria de interesse, é claro, dos parlamentares. A promessa da colocação dos nomes vai ao encontro do desejo que naturalmente cada parlamentar tem de ver seu nome vinculado à realização de obras em cada reduto eleitoral.
Para mim, esta iniciativa comprova diretamente que o próprio Palácio do Planalto tem dúvidas quanto a aprovação da emenda constitucional que altera a Previdência Social. O projeto que se encontra na Câmara, segundo me informou Carlos Newton, o editor deste site, é bastante complexo. Muito longo e cheio de remissões que se destinam a mudar dispositivos do regime atual.  Digo eu que tal complexidade transforma praticamente o mistério semelhante à obra de James Joyce. Quero dizer que exige um estudo amplamente comparativo do que é hoje a Previdência e aquilo que poderá tornar-se amanhã caso o projeto seja aprovado.
As modificações, portanto, encontram-se ocultas pela cortina que cobre a tradução do texto integral. Somente ontem foi revelado que a mudança para o sistema de capitalização vai custar quase R$ 1 trilhão em 20 anos. Esse importantíssimo dado estava sob sigilo.
CAIXA RENEGOCIA – Enquanto isso, de acordo com a reportagem de Geralda Doca, em O Globo, a Caixa Econômica Federal está lançando um programa de renegociação de dívidas decorrentes do não pagamento das prestações da casa própria. A reportagem acentua que 60 mil imóveis foram retomados por falta de pagamento, e que as provisões para as perdas decorrentes da inadimplência elevam-se a cinco bilhões de reais.
Acrescenta Geralda Doca que a médio prazo a renegociação pode envolver até 600 mil residências incluindo o Minha Casa Minha Vida. O não pagamento reflete bem os efeitos do desemprego e de perdas salariais que conduzem à situação de insolvência dos que foram financiado pela CEF.
CONTAS EM DÓLAR – Enquanto isso, o Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tomou a iniciativa de alterar a legislação financeira no sentido de permitir a abertura de contas em dólar no sistema bancário brasileiro. A informação é de Eduardo Rodrigues e Lorena Rodrigues, em O Globo.
Para se medir o reflexo de tal mudança destinada a alterar profundamente o sistema bancário brasileiro teremos de esperar as próximas 48 horas. Afinal de contas nesse caso, o risco de câmbio abrange tanto os depositantes quanto as divisas em dólar que o país mantém. Finalizando, acentuo que o assunto terá grande repercussão, mas poderá causar também um mercado paralelo de investimentos, incorporando-o ao sistema bancário nacional.
O  dólar é uma moeda mito forte, tanto assim que está presente em todas as transações internacionais.

Tolerância Zero está dando certo e os homicídios caem 25% no Rio de Janeiro


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Charge do Aroeira (O Dia/RJ)
Carlos Newton
Os dados sobre a queda da criminalidade no Estado do Rio de Janeiro – divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) – revelam que os casos de homicídios dolosos tiveram redução de 25% em abril, na comparação com o mesmo mês em 2018. É o quarto mês seguido de queda.
EM QUEDA – O número de homicídios vem diminuindo. Houve menos 488 ocorrências nos quatro primeiros meses de 2019, na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, de janeiro a abril deste ano, 2904 armas foram apreendidas em todo o estado, sendo 241 delas fuzis. E outros destaques positivos foram as quedas de 25% nos roubos de carga e de 19% nos roubos de veículos em abril de 2019, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Quando há redução da criminalidade num mês ou noutro, e depois volta a subir, não há indicativo confiável. Mas quando as ocorrências vêm diminuindo em quadro meses seguidos, em relação ao ano anterior, passa a haver indicativo de viés de baixa.
BONS RESULTADOS – No caso do Estado do Rio, isso significa que a política de Tolerância Zero do governo estadual realmente está dando resultados. Houve queda até nos roubos de rua, que englobam assaltos a pedestres, em ônibus e roubos de aparelhos celulares. Foram 11.067 no mês de abril, com 830 ocorrências a menos do que em março, quando chegaram a 11.897 registros.
Segundo os especialistas, quando aumenta a repressão aos crimes mais graves, geralmente ocorre alta dos roubos de rua, porque os criminosos buscam alternativas de sobrevivência mais fáceis e rápidas. No entanto,, também os roubos de ruas tiveram diminuição em abril.
A MÍDIA DESPREZA –Seria de se esperar que essa notícia da redução da criminalidade, tão ansiosamente esperada pela população do Rio de Janeiro, fosse manchete da imprensa mídia local e repercutisse no país inteiro, mas não foi exatamente isso que aconteceu.
As emissoras de rádio e televisão, assim como os três maiores jornais do Estado – O Globo, O Dia e Extra – simplesmente desprezaram a redução das ocorrências. Ao invés da registrar a queda da criminalidade em todos os itens, a mídia preferiu destacar a informação de que o número de mortos em confrontos com a Polícia aumentara 23% em abril, em relação ao mesmo mês do ano passado.
ERA ESPERADO – Realmente esse dado é verdadeiro e deveria ser até esperado. Quando se aumenta a repressão ao crime, é claro que o número de criminosos mortos em confrontos tende a aumentar. Entretanto, de acordo com o Instituto de Segurança Pública, Também este indicador está em queda desde o começo do ano. Em janeiro, foram 160 mortes em confrontos; em fevereiro, 145, em março, 129; e em abril 124.
O pior comportamento foi de O Globo. Além de não dar destaque à queda da criminalidade, na quarta-feira o jornalão publicou um editorial lamentando a violência policial, sob o título “Redução de homicídios é relevante, mas mortes por policiais preocupam”.
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P.S. –
  Os tempos estão sempre mudando, há um permanente vaivém das ideias e teses. Agora, apesar de Bolsonaro estar no poder com sua política de combate ao crime, parece que mesmo assim voltou à moda defender os direitos humanos dos criminosos, ao invés de defender as vítimas.(C.N.)

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