. Ao ouvi o voto do decano Celso de Mello onde após fazer citações do livro A Arte de Furtar, publicado no século 17 em Portugal, insistiu na necessidade de o Supremo atribuir "penas exemplares" aos condenados. "Corruptos e corruptores são profanadores da República", disse. "São delinquentes, são marginais", completou.
Diante do exposto não entendo como candidatos a próxima eleição municipal para Prefeito e Vereadores, não se acanham, e com a maior cara e pau, se escudam e ainda colocam fichas sujas como âncoras e exemplo de herois da sua campanha, querendo passar para o eleitor inculto a imagem heróica do ficha suja, ou na pior das hipóteses verdadeiro ídolo.
A que ponto chegou a degradação humana por parte de alguns seres “racionais” da cidade de Jeremoabo.
É por essas atitudes nefastas, que acompanho a campanha do: “
,Corruptos e analfabetos políticos
Lavar as mãos alimenta a corrupção
Shakespeare, célebre conhecedor da natureza humana, faz com que Ângelo, em Medida por medida, pronuncie as seguintes palavras:
“Uma coisa é ser tentado e outra coisa
é cair na tentação. Não posso negar que não se encontre num júri,
examinando a vida de um prisioneiro, um ou dois ladrões, entre os
jurados, mais culpados do que o próprio homem que estão julgando. A
Justiça só se apodera daquilo que descobre. Que importa às leis que
ladrões condenem ladrões?” (SHAKESPEARE, 1994:129)
O espetáculo da corrupção enoja e
torna a própria atividade política ainda mais desacreditada. Os que
detestam a política – como diria Brecht, os analfabetos políticos –
regozijam-se. Os podres poderes fortalecem os argumentos pela
indiferença e o não envolvimento na política. É o moralismo abstrato e
ingênuo que oculta a ignorância e dissimula a leviandade egoísta dos que
não conseguem pensar para além do próprio bolso.
O analfabeto político não sabe que sua
indiferença contribui para a manutenção e reprodução desta corja de
ladrões que, desde sempre, espreitam os cofres públicos, prontos para
dar o golpe à primeira oportunidade que surja. Os analfabetos políticos
não vêem que lavar as mãos alimenta a corrupção.
Quem cultiva a indiferença, o egoísmo
ético do interesse particularista, é conivente com o assalto ou é seu
beneficiário. O que caracteriza a república é o trato da coisa pública,
responsabilidade de todos nós. Como escreveu Rousseau (1978: 107):
“Quando alguém disser dos negócios do Estado: Que me importa? – pode-se
estar certo de que o Estado está perdido”.
Eis o duplo equívoco do analfabeto
político: nivelar todos os políticos e debitar a podridão apenas a
estes. Os políticos, pela própria atividade que desempenham, estão mais
expostos. No entanto, não há corrupção, sem corruptores e corrompidos.
Pois, se a ocasião faz o ladrão, a necessidade também o faz.
Não sejamos hipócritas. Exigimos ética
dos políticos como se esta fosse uma espécie de panacéia restrita ao
mundo – ou submundo – da política. Mas, e a sociedade? Se o ladrão rouba
um objeto e encontra quem o compre, este é tão culpado quanto aquele.
Ah! Não fazemos isto! E os pequenos
atos inseridos na cultura do jeitinho brasileiro não são formas não
assumidas de corrupção? Quem de nós ainda não subornou o policial
rodoviário? Ou não vivemos numa sociedade onde honestidade é sinônimo de
burrice, de ser trouxa, etc.? E como correr o risco de ser bobo quando a
sociedade competitiva premia os mais espertos, os mais egoístas, os
mais ambiciosos?
A bem da verdade, o ladrão aproveita a
ocasião. Quem de nós nunca foi tentado? Quem de nós não cometeu algum
deslize quando se apresentou a ocasião? Quem foi tentado e não caiu em
tentação? Quem conseguiu manter a coerência entre pensamento e ação,
discurso e prática? Os homens são julgados por suas obras e apenas
através delas é que podemos comprovar a sua capacidade de resistir à
tentação. Afinal, como afirma Shakespeare (1994: 201), através de
Isabel, sua personagem: "A lei não alcança os pensamentos e as intenções
são meros pensamentos".
O analfabeto político demoniza a
tentação da política. Seu prêmio é a ignorância. E, muitas vezes,
enojados e cansados diante do espetáculo propiciado pelos governos que
se sucedem, somos tentados a imitá-lo e sucumbir à rotina do cotidiano
que consome nossos corpos e pensamentos e nos oferece a substância
anestésica capaz de dar a ilusão da felicidade.
Bem que tentamos ficar na superfície
das aparências e nos contentarmos em, como os demais animais,
simplesmente consumir e reproduzir. Mas só as bestas de todo tipo não
refletem sobre a sua situação no mundo. Por mais alienado que seja, o
ser humano tem condições de pensar criticamente, de compreender e de
projetar seu próprio futuro. Esta pequena diferença em relação aos
demais animais é que o torna o único animal capaz de produzir cultura e
de fazer sua própria historia.
Não basta apenas criticar os que caem
em tentação, é mister superar o comodismo do analfabetismo político.
Pedagogicamente, educamos pelo exemplo. Não podemos exigir ética na
política ou formar uma geração cidadã, consciente dos seus direitos e
deveres e capaz de assumir a defesa da justiça social, se nossos
exemplos afirmam o oposto. Afinal, mesmo os ladrões têm a sua ética. O
personagem shakespeareano tem razão...(Por Antonio Ozaí da
Silva/escritor na revista Espaço Acadêmico)
Simon: "impunidade tem os seus dias contados no Brasil"
STF finaliza julgamento sobre desvios de dinheiro no mensalão
Milton Corrêa da Costa
Carlos Newton
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) já avisou a amigos e companheiros de campanha que anunciará, dentro de algumas horas, a retirada de sua candidatura à Prefeitura de Osasco.
Alguns aliados chegaram a sugerir que resistisse por mais um dia, mas, admitindo-se abalado com a decisão do STF, João Paulo disse que não resistirá à pressão para que seja substituído pelo vice de sua chapa, Jorge Lapas (PT).
Jogando a toalha…
Carlos Newton
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, acompanhou o voto de alguns dos ministros e abordou o uso de provas colhidas fora do processo pela acusação, como depoimentos em CPIs e no inquérito policial. Britto disse que as provas podem ser usadas “sem embargo”, desde que sejam usadas “a título de confirmação, de corroboração em prova realmente produzida e válida realmente no processo penal”.
Britto fechou o placar
Marco Antônio Martins (Folha de S. Paulo)
Até ser cassado (se for), João Paulo Cunha vai se arrastar pela Câmara como se fosse um zumbi
E VIROU JEREMOABO???
Guaratinga: Justiça determina retirada de imagem de Dilma e Lula de peças publicitárias de candidato do PV
por David MendesRural tentou enganar o Supremo, diz Barbosa
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DaMatta: "Lula é prova concreta de que as utopias enganam"
Viveu o Supremo Tribunal Federal, ontem, um de seus momentos mais altos. Aliás, altíssimo. Com o voto aguardado para hoje de seu presidente, Ayres Britto, serão nove ministros pronunciando-se pela punição da corrupção, do peculato e da lavagem de dinheiro, contra apenas dois ministros aferrados a argumentos em favor dos mensaleiros. Demonstra, a mais alta corte nacional de justiça, que nem tudo está perdido no Brasil.
Ayres Brito, Celso de Mello e Marco Aurélio
Réus a caminho da cadeia
Marcos Valério, 16 anos de reclusão; Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, 10 anos e oito meses; Henrique Pizzolato, oito anos e quatro meses; João Paulo Cunha, seis anos; penas constam do voto do ministro Cezar Peluso, mas podem ser agravadas pela ampliação da maioria no STF pela condenação e ênfase dada pelo decano Celso de Mello: "são delinquentes, marginais", disse, pedindo "penas exemplares"; próximos réus vão sofrercomentários
Carlos Newton
O esforço hercúleo e desesperado dos ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli para absolver os mensaleiros de nada adiantou e agora os dois terão de passar pelo constrangimento de dizer quantos anos de prisão o deputado João Paulo Cunha e os outros companheiros terão de cumprir.
São ossos do ofício…
Sebastião Nery
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VALESCA POPOZUDA
'Tem transexual mais bonita que eu'
Funkeira fala ao BN sobre carnaval e Miss Bumbum
Carlos Chagas
Não dá para aceitar, pelo menos sem estranhar, as informações de que o ex-presidente Lula mostra-se deprimido desde terça-feira, diante do voto de três ministros do Supremo Tribunal Federal indicados por ele ou pela presidente Dilma. Porque Luiz Fux, Carmem Lúcia e Rosa Weber honraram a toga que usam ao concluir pela culpabilidade de João Paulo Cunha em crimes diversos.
Lula ficou deprimido
Joaquim Barbosa quer indicar seus futuros colegas
Estrela do mensalão, apontado até como presidenciável, ministro do STF tem lista de nomes para sugerir à presidente Dilma Rousseff paras as vagas de Cezar Peluso e Ayres BrittoCarlos Newton
Já era esperado. Pela absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), do publicitário Marcos Valério e do resto da gangue, somente votaram a favor os dois ministros do quais se poderia esperar tudo. Com isso, o ministro revisor Ricardo Lewandowski jogou no lixo sua pequena biografia, enquanto o também ministro Dias Toffoli nada perdeu, porque não tinha nada a perder. Para Toffoli, ser ministro do Supremo Tribunal Federal já significa tudo, nada mais tem a almejar. Pagou sua dívida com Lula, e estamos conversados.
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Alberto Toron espera por votos de absolvição com a posição do resto dos ministros. Mas classificou a sugestão de punição como exagerada pelo petista ser primário e sem antecedentesPeluso já pode se aposentar, diz a Folha
Jornal de Otávio Frias argumenta, em editorial, não haver mais dúvidas de que os demais ministros saberão conduzir o julgamento com imparcialidadecomentários
Celso de Mello pede "pena exemplar" a "marginais"
"Corruptos e corruptores são profanadores da República", insiste decano Celso de Mello; "eles devem ser punidos exemplarmente na forma da lei", acrescentou, num pedido de penas duras para os réus; ele considerou "procedente" a denúncia do procurador-geral Roberto Gurgel e condenou João Paulo Cunha, Marcos Valério, Henrique Pizzolato, Cristano Paz e Ramon Hollerbach por peculato e corrupção; absolveu Luiz Gushiken; quadro para réus se agrava; linkMello condena J. Paulo por corrupção e peculato
O ministro Marco Aurélio Mello tornou-se o sétimo juiz do STF a condenar por corrupção passiva, e também por peculato, o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha; candidato a prefeito de Osasco, ele prometeu renunciar à candidatura; voto anterior, de Gilmar Mendes, foi decisivo para formação de maioria; Cezar Peluso pediu seis anos de prisão; assista ao vivoJornais: Planalto teme efeito dominó no julgamento do mensalão
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