Senador denunciou uma tentativa de golpe de Estado proposta pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo ex-deputado federal Daniel Silveira
A denúncia feita pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre a tentativa de um golpe de Estado planejada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) é uma “cortina de fumaça”, avalia o jornalista Octavio Guedes, da GloboNews.
Na avaliação do jornalista, a denúncia pode tornar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), parcial para julgar os atos golpistas do dia 8 de janeiro e pedir a suspeição dele no processo. Na ocasião, bolsonaristas radicais, contrários ao resultado das eleições de outubro, invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
Além disso, ainda conforme Octavio Guedes, há a intenção de criar algo que justifique a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ministros do STF, esse plano é coisa de “doido de pedra mesmo”.
O que disse Marcos do Val?
O senador revelou que, após a derrota nas urnas, Bolsonaro arquitetou uma forma de dar um golpe para continuar no poder;
O plano teria partido de Bolsonaro e do deputado Daniel Silveira em reunião em 9 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada, em Brasília;
O objetivo era se aproximar do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para captar algo comprometedor que pudesse impedir a posse de Lula;
'Esperamos a resposta'
Em entrevista à GloboNews, do Val contou que foi Daniel Silveira quem apresentou o plano do golpe, e que Jair Bolsonaro, que estava presente, não falou sobre o tema e não interrompeu o aliado.
Quando a reunião terminou, o senador contou que disse a eles que precisaria pensar se participaria. Segundo ele, os dois falaram: "A gente aguarda a resposta".
A conversa teria durado cerca de 40 minutos, uma hora, contou Do Val.
Depoimento à PF
Do Val será ouvido na sede da PF, em BrasíliA, às 17h, na condição de testemunha dentro do inquérito que investiga os ataques às sedes dos Três Poderes do dia 8 de janeiro.
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