Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quinta-feira, fevereiro 27, 2020

“O presidente da República, embora possa muito, não pode tudo”, adverte ministro Celso de Mello


Decano classificou convocação como sendo como ‘gravíssima’
Paulo Roberto Netto e Rafael Moraes Moura
Estadão
O decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, afirmou em nota que considera ‘gravíssima’ a convocação de manifestações contra o Congresso Nacional e afirmou que caso revela a ‘face sombria de um presidente que desconhece o valor da ordem constitucional’ e que não está ‘à altura do altíssimo cargo que exerce’. O decano frisou: “O presidente da República, embora possa muito, não pode tudo”.
“Essa gravíssima conclamação, se realmente confirmada, revela a face sombria de um presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de poderes, que demonstra uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce e cujo ato de inequívoca hostilidade aos demais poderes da República traduz gesto de ominoso desapreço e de inaceitável degradação do princípio democrático”, afirmou o decano.
CRIME DE RESPONSABILIDADE – “O presidente da República, qualquer que ele seja, embora possa muito, não pode tudo, pois lhe é vedado, sob pena de incidir em crime de responsabilidade, transgredir a supremacia político-jurídica da Constituição e das Leis da República”, conclui Celso de Mello.
Nessa terça-feira, dia 25, o ‘Estado’ revelou que Bolsonaro compartilhou pelo WhatsApp vídeo de convocação para protestos de teor anti-Congresso Nacional.
FACADA – A gravação exibe a facada que o então candidato à Presidência sofreu em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018, para dizer que o presidente ‘quase morreu’ para defender o País e que agora precisa ‘que as pessoas vão às ruas para defendê-lo’. A mensagem que acompanha o vídeo afirma: “- 15 de março/Gen Heleno/Cap Bolsonaro/O Brasil é nosso, não dos políticos de sempre”.
Lideranças políticas da oposição reagiram à divulgação do vídeos por parte do presidente, afirmando se tratar de um ataque à separação dos poderes. Mais cedo, o ministro Gilmar Mendes afirmou que as instituições brasileiras ‘devem ser honradas por aqueles aos quais incumbe guardá-las’.
CUNHO PESSOAL – Bolsonaro respondeu às críticas afirmando se tratar de ‘troca de mensagens de cunho pessoal, de forma reservada’. “Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República”, afirmou.

Em destaque

Para rebater críticas, Pimenta diz que não é inimigo do governador Eduardo Leite

Publicado em 15 de maio de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Lula se livrou de Pimenta, que não ficará mais no Pl...

Mais visitadas