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quarta-feira, novembro 06, 2019

Chega a seis o número de generais que já desfalcaram a ala militar do governo de Bolsonaro

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Maynard pediu demissão após ser confrontado com um dossiê
Rayanderson Guerra
O Globo
Com a saída de Maynard Marques de Santa Rosa , da chefia da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), chega a seis o número de generais que deixaram o governo de Jair Bolsonaro desde o início do mandato.
A ala militar do governo, que ocupa 8 dos 22 ministérios, cargos em secretarias, e postos de chefia e assessoramento, começou a ser desfalcada com a saída do general Carlos Alberto dos Santos Cruz , da Secretaria de Governo da Presidência da República.
Além dele, também deixaram o governo os generais Franklimberg de Freitas, que comandava a Funai; Juarez Cunha, que presidia os Correios; o presidente do Incra, João Carlos Jesus Corrêa; e o secretário especial de Esporte, Marco Aurélio Vieira.
DIVERGÊNCIAS –  Interlocutores de Santa Rosa afirmam que a saída do governo Jair Bolsonaro se deu por divergências com o ministro Jorge Oliveira, Secretaria-Geral da Presidência. O general de quatro estrelas, que chegou ao governo por indicação do então ministro da pasta Gustavo Bebianno, pediu demissão na segunda-feira e pode levar com ele outros quatros assessores da SAE, entre os quais dois generais, um coronel e um ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que ameaçam se demitir.
Os desentendimentos entre militares e integrantes do Executivo e do entorno do presidente, no entanto, não são uma novidade. Santos Cruz passou por um processo de meses de “fritura” pela ala ideológica do governo , Carlos Bolsonaro, vereador no Rio, e por bolsonaristas nas redes sociais.
IDEOLOGIA E EMBATES – A saída de dele, em junho deste ano, foi atribuída por um auxiliar direto do presidente a uma “falta de alinhamento político-ideológico” e embates com outros integrantes do próprio governo.
Dois dias antes da demissão de Santos Cruz, outro general também já havia sido demitido. O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) , Franklimberg Ribeiro de Freitas, deixou o cargo por determinação da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos , Damares Alves.
De acordo com parlamentares que compõem a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a queda do presidente da Funai aconteceu devido à pressão de deputados que estavam insatisfeitos com a forma como Franklimberg estava conduzindo o órgão.
CONTRA O PLANALTO – O primeiro general a deixar o governo foi o secretário especial de Esporte do ministério da Cidadania . General da reserva do Exército, Marco Aurélio Vieira teria colecionado desentendimentos com o ministro ao decidir estratégias e assuntos da pasta. Fontes do ministério dizem que o titular do Esporte teria atuado contra a vontade do Planalto e do próprio Terra ao estimular parlamentares a recriar a pasta do Esporte.
Ao demitir o presidente dos Correios, o general Juarez Aparecido de Paula Cunha, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o general se portou como um “sindicalista” por ter ido à Câmara dos Deputados a convite de partidos da oposição. Bolsonaro ainda disse que o fato de o general ter descartado a privatização dos Correios pesou para a decisão.
INCRA – A confronto entre o que a ala ideológica espera dos militares no governo e os generais também culminou com a queda do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), João Carlos Jesus Corrêa.
A pressão de parlamentares da bancada ruralista foi o principal motivo para a demissão do militar. O general vinha sendo criticado por integrantes da bancada por causa da demora no processo de regularização fundiária conduzido pelo órgão. A gota d’água teria ocorrido durante audiências públicas da Secretaria Especial de Assuntos Fundiários nas quais Corrêa foi alvo de críticas generalizadas.

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