Quinta, 07 de Fevereiro de 2019 - 06:40
por Folhapress
Foto: Agência Brasil
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que a articulação para a votação da reforma da Previdência é prioritária na Casa em relação ao pacote de combate ao crime sugerido por Sergio Moro.
Maia deu entrevista ao Jornal das 10, da GloboNews, na noite desta quarta-feira (7).
Ele afirmou que os dois projetos devem andar paralelamente na Câmara, mas disse que "se a gente antecipar esse debate [sobre a proposta de Moro], podemos contaminar o da Previdência".
Para ele, o texto de Moro deve passar por mais comissões e debates na Câmara.
Indefinições sobre a reforma da Previdência têm incomodado partidos alinhados à pauta na Câmara. Um dos problemas ouvidos pela Folha é exatamente de que o Planalto estaria querendo patrocinar projetos demais neste início de legislatura.
Maia afirmou ser a favor de uma regra de transição mais curta no texto da reforma da Previdência.
"Trabalhar até 62 anos sem transição, não é problema nenhum. Conseguimos trabalhar até 80 anos ou 65 anos", afirmou.
Para o presidente da Câmara, é possível chegar a uma reforma sem prejudicar os trabalhadores mais pobres, que para ele são os que já trabalham até os 65 anos.
Maia disse que, se o governo conseguir formar uma base aliada na Casa, a reforma da Previdência conseguirá ser votada até a segunda quinzena de maio.
O deputado criticou a ideia de antecipar a votação da reforma por meio de mudanças no texto discutido durante o governo de Michel Temer.
"Se marcarmos a votação para esse mês, a possibilidade de um resultado contrário seria muito grande. Se fizer isso, vamos transformar o plenário em um campo de guerra."
A princípio, a possibilidade de recomeçar o processo não agrada o mercado financeiro, que coloca na conta os riscos políticos que podem surgir no caminho com prazos estendidos.
Entusiasta do ajuste fiscal, Maia deverá ser o grande fiador das mudanças nas regras de aposentadoria e pensões, segundo aliados na Câmara.
Nesta terça (5), ele se reuniu com a equipe econômica e carimbou seu nome na articulação da reforma ao dizer que, "quando [a proposta] chegar na Câmara, a responsabilidade será minha".
Durante a entrevista à TV, Maia afirmou que tem se reunido com governadores de todos os estados em defesa da reforma da Previdência.
"A Câmara me deu uma responsabilidade muito grande com a votação que eu tive. Isso me obriga a liderar grandes votações", disse. Maia afirmou que não se trata de uma votação nem de esquerda nem de direita, mas que é necessária para todo o país.
SERVIDORES
Maia também defende uma reforma administrativa. "O orçamento brasileiro está capturado por organizações públicas e privadas, em detrimento da maioria da sociedade."
O presidente da Câmara afirmou que não permitirá a abertura de novos concursos na Casa enquanto não forem aprovadas novas regras.
Ele defendeu ainda o fim da estabilidade no emprego público.
"Hoje não tem mais carreira [no setor público] porque em pouco tempo, o servidor chega ao teto máximo".
Maia deu entrevista ao Jornal das 10, da GloboNews, na noite desta quarta-feira (7).
Ele afirmou que os dois projetos devem andar paralelamente na Câmara, mas disse que "se a gente antecipar esse debate [sobre a proposta de Moro], podemos contaminar o da Previdência".
Para ele, o texto de Moro deve passar por mais comissões e debates na Câmara.
Indefinições sobre a reforma da Previdência têm incomodado partidos alinhados à pauta na Câmara. Um dos problemas ouvidos pela Folha é exatamente de que o Planalto estaria querendo patrocinar projetos demais neste início de legislatura.
Maia afirmou ser a favor de uma regra de transição mais curta no texto da reforma da Previdência.
"Trabalhar até 62 anos sem transição, não é problema nenhum. Conseguimos trabalhar até 80 anos ou 65 anos", afirmou.
Para o presidente da Câmara, é possível chegar a uma reforma sem prejudicar os trabalhadores mais pobres, que para ele são os que já trabalham até os 65 anos.
Maia disse que, se o governo conseguir formar uma base aliada na Casa, a reforma da Previdência conseguirá ser votada até a segunda quinzena de maio.
O deputado criticou a ideia de antecipar a votação da reforma por meio de mudanças no texto discutido durante o governo de Michel Temer.
"Se marcarmos a votação para esse mês, a possibilidade de um resultado contrário seria muito grande. Se fizer isso, vamos transformar o plenário em um campo de guerra."
A princípio, a possibilidade de recomeçar o processo não agrada o mercado financeiro, que coloca na conta os riscos políticos que podem surgir no caminho com prazos estendidos.
Entusiasta do ajuste fiscal, Maia deverá ser o grande fiador das mudanças nas regras de aposentadoria e pensões, segundo aliados na Câmara.
Nesta terça (5), ele se reuniu com a equipe econômica e carimbou seu nome na articulação da reforma ao dizer que, "quando [a proposta] chegar na Câmara, a responsabilidade será minha".
Durante a entrevista à TV, Maia afirmou que tem se reunido com governadores de todos os estados em defesa da reforma da Previdência.
"A Câmara me deu uma responsabilidade muito grande com a votação que eu tive. Isso me obriga a liderar grandes votações", disse. Maia afirmou que não se trata de uma votação nem de esquerda nem de direita, mas que é necessária para todo o país.
SERVIDORES
Maia também defende uma reforma administrativa. "O orçamento brasileiro está capturado por organizações públicas e privadas, em detrimento da maioria da sociedade."
O presidente da Câmara afirmou que não permitirá a abertura de novos concursos na Casa enquanto não forem aprovadas novas regras.
Ele defendeu ainda o fim da estabilidade no emprego público.
"Hoje não tem mais carreira [no setor público] porque em pouco tempo, o servidor chega ao teto máximo".
Bahia Notícias