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domingo, dezembro 17, 2017

Honestidade é obrigação.

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Ruy Barbosa ao seu tempo, no Senado Federal, foi grandioso ao declarar: “... o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” – Durante décadas essa afirmação poderia se constituir em grande verdade. Entretanto, esse cenário já se mostra, nos dias atuais, que ser honesto não se constitui uma obrigação legal, muito pelo contrário, é condição moral imprescindível a qualquer um, que independe de posição social, econômica ou profissional.  Por sua vez a vitória das injustiças e as roubalheiras premiadas fizeram cair as mascaras daqueles que utilizam da “boa fé” do povo para motivar discursos políticos cheios de ilusões, repletos de soluções, milagres e continuidade política, claramente voltada aos interesses pessoais, que foram denunciados ao STF em 2006 pelo então Procurador-Geral da República Antonio Fernando Souza, que apresentou denúncia contra 40 pessoas pelos crimes quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. O grupo agiu ininterruptamente no período entre janeiro de 2003 e junho de 2005 e era dividido em núcleos específicos: político, operacional e financeiro. Cada um colaborava com a quadrilha no seu âmbito de atuação em busca de uma forma individualizada de contraprestação. Para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, "após criteriosa análise de toda a ação penal, o Ministério Público Federal está plenamente convencido de que as provas produzidas no curso da instrução, aliadas aos elementos obtidos no inquérito, comprovaram a existência do esquema de cooptação de apoio político descrito na denúncia". Já o promotor de Justiça Roberto Livianu, Vice-Presidente do Movimento Ministério Público Democrático, compartilha da mesma opinião. “O aprimoramento das instituições gera uma situação de minimização das oportunidades para essas práticas de corrupção. Precisamos de um Judiciário que dê respostas. É importante para reverter essa percepção de impunidade. A modernização e o fortalecimento das instituições, e o engajamento da sociedade civil ajudam no resgate da capacidade de indignação. Tudo isso é importante para fechar o cerco contra quem comete corrupção.”
Processo do mensalão vai marcar quebra de modelo de corrupção, afirma Joaquim Barbosa e continua: Todos nós sabemos que a justiça no Brasil é lenta e falha. Prisão é pra quem rouba pão pra alimentar a família. Mas esse julgamento é um divisor de águas. Agora, todos sabem que não são impunes. Seja com prestação de serviço comunitário ou o que for.
Assim, ser honesto, além de ser obrigação, é questão moral, vez que: “Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo.
  1. Colunista: Prof. Dr. Osvaldo Emanuel - Professor em Direito Penal e Advogado Criminalista. 
  2.  e-mail: vozdabahia@hotmail.com




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