Maria Rocha
O acelerado crescimento nas taxas de diabetes e outras doenças são atribuídas ao rápido crescimento econômico e ao aumento da urbanização que paralelamente, aumentam os padrões de vida das pessoas. A disseminação intensa da diabetes está associada ainda a uma série de hábitos de estilo de vida indesejáveis, como: redução de atividades físicas, ingestão de alimentos processados, tabagismo e abuso de bebidas alcoólicas.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que as doenças crônicas são a causa de morte de 35 milhões de pessoas a cada ano, ou 60% de todos os óbitos a nível mundial. O elevado número assusta e é considerado por especialistas como uma epidemia dos últimos 20, 30 anos.
Ainda de acordo com a médica, a facilidade que se desenvolve o transporte público fez com que as pessoas deixassem de caminhar. A agitação diária contribui cada vez mais para que a população passe a ingerir mais gorduras saturadas, calorias e deixem de lado alimentos mais saudáveis rico em fibras. “A pessoa não adoece sozinha, ela é parte da sociedade. Cada um de nós deve se alimentar melhor e se exercitar mais”, ressaltou a médica.
Segundo o cientista e professor adjunto associado no Departamento de Epidemiologia da Universidade da Carolina do Norte, Bruce Duncan, o Brasil está engordando e ficando diabético de maneira mais rápida que os países desenvolvidos.
“A quantidade de pessoas com diabetes cresce rapidamente e não sabemos como controlar é uma epidemia. É uma emergência em saúde pública em câmera lenta”, assinalou.
Fonte: Tribuna da Bahia