O novo sistema de cobrança das ligações locais por minuto entrará em vigor em todo o País no dia 1º de agosto. Mas já a partir de março o cliente poderá escolher entre dois planos que as empresas de telefonia serão obrigadas a oferecer: o Plano Básico de Minutos (PMB) e o Plano Alternativo de Serviços de Oferta Obrigatória (Pasoo).
Para saber qual o plano que se encaixa melhor no seu perfil, além de conhecer as diferenças entre eles, é necessário saber o que efetivamente muda do sistema de pulso para a cobrança por minuto.
Entenda o que é o sistema de pulso
Atualmente, as ligações locais de telefone fixo são cobradas pelo sistema de pulsos - calculados por um cronômetro digital que aumenta de acordo com o tempo da ligação. O primeiro segundo da chamada já consome um pulso. Em seguida, é cobrado o chamado pulso aleatório, que pode durar de um segundo até quatro minutos, dependendo do momento em que for iniciada a conversação.
O consumidor pode iniciar uma chamada quando o próximo pulso estiver prestes a ser cobrado, restando-lhe apenas um segundo. Por outro lado, pode ter a sorte de iniciar uma conversa quando o pulso acabou de ser computado, restando-lhe quase quatro minutos para falar, pagando apenas pelo primeiro pulso. Depois dessa etapa, o consumidor começa a pagar o pulso da conversação, que é cobrado a cada quatro minutos.
Críticas
O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix), José Fernandes Pauletti, afirma que a cobrança por pulsos foi substituída por ser considerada muito imprecisa. Ele explica que o método não permite o detalhamento das chamadas, não dá ao consumidor o acesso a informações como o número para os quais ligou, duração das ligações etc.
"A medição por pulsos não dá ao usuário a visibilidade sobre as chamadas realizadas e fragiliza a previsibilidade da utilização", afirma Pauletti. Outro ponto criticado é o fato de a quantidade de pulsos variar para chamadas com a mesma duração, dependendo do momento em que a ligação foi iniciada, por causa do chamado pulso aleatório.
Entenda o sistema por minutos
Com o novo sistema, as ligações locais serão cobradas por minuto transcorrido e não mais por pulso. O método permitirá que o cliente obtenha o detalhamento de sua conta, como a lista dos números para os quais ligou. Para isso, ele deverá entrar em contato com a empresa de telefonia para fazer a solicitação. O novo sistema é semelhante ao já utilizado para as chamadas de longa distância e para celulares.
Planos e tarifas
Os consumidores devem aderir até o dia 31 de julho a um dos dois planos de minutos que as empresas de telefonia serão obrigadas a oferecer no lugar do atual sistema de cobrança por pulso. Quem não fizer a migração até essa data passará automaticamente para o plano básico, segundo a Abrafix.
O Plano Básico de Minutos (PBM) é indicado para quem costuma fazer chamadas curtas. Já o Plano Alternativo de Serviços de Oferta Obrigatória (Pasoo) é indicado aos consumidores que ficam mais tempo ao telefone e acessam a Internet discada.
Segundo Pauletti, cada plano é adequado a um determinado perfil de cliente. No plano básico, a assinatura de 200 minutos custará em média R$ 40, enquanto no Pasoo esse mesmo valor vem com uma franquia de 400 minutos. No entanto, no segundo plano há cobrança de taxa referente ao "completamento da chamada", ou seja, quando o outro lado da linha atende ao telefone, quatro minutos já são descontados nos 400 minutos, o que não acontece no plano básico.
Além disso, as tarifas de ligação também são diferentes em cada um dos planos. No básico, o minuto custa em média R$ 0,07 (em torno de R$ 0,10 com impostos), enquanto no Pasoo a mesma ligação sairá por R$ 0,02 (em torno de R$ 0,04 com impostos). Atualmente, o consumidor paga em média R$ 0,15 por pulso cobrado.
Fonte: Aquidauananews- tirado do Terra
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