A pior legislatura de todos os tempos termina com mais uma manifestação de cinismo e desprezo explícitos pelo suado e minguado dinheiro do contribuinte. A posse dos quatro suplentes no Senado, reunindo mais de 700 pessoas, fez mais sucesso que a de Lula, pois lotou o plenário, enquanto o cerimonial da Presidência da República não conseguiu preencher todos os lugares na solenidade protagonizada pelo chefe. Sem receber um mísero voto na eleição que os habilitou às suplências, esses senhores substituirão governadores que cumpriram a metade dos mandatos de 8 anos.
Ao contrário destes, todos os 23 suplentes que assumiram os postos de deputados na Câmara chegaram aos postos pelo voto, mas nem por isso o desperdício do dinheiro público é menos acintoso. Cada um desses senhores vai custar ao Erário a bagatela de R$ 85 mil mensais no mandato de apenas um mês em salário, verba de gabinete, pagamento de gastos em seus Estados de origem, auxílio-moradia e correios e telégrafos. Os gastos com passagens aéreas não são padronizados: quem mora perto de Brasília recebe até R$ 4,1 mil e os mais distantes, R$ 15,7 mil. Todos, contudo, têm um destino comum neste mês: ninguém trabalhará um único dia, pois parlamentares e funcionários do Legislativo estão em pleno gozo de suas férias de fim de ano. “A Câmara está de recesso. O plenário não abre, as comissões não funcionam”, informou o secretário-geral da Mesa, Mozart Vianna de Paiva, que justificou o gasto com os colegas com base na exigência constitucional de que a Câmara fique sempre com seu quadro completo. Ah, sim!
Para que o preceito da Constituição seja cumprido, os donos dos mandatos de um mês receberão um bom dinheirinho para não trabalhar. Um deles, Osório Adriano (PFL-DF), reconheceu explicitamente essa condição. Substituto de José Roberto Arruda (PFL), que deixou o mandato a um mês do fim para assumir o governo do Distrito Federal, e sem ter conseguido se eleger para o quadro definitivo no ano passado, ficando novamente na suplência, ele voltará ao plenário na próxima legislatura para ocupar o posto que ficará vago pois o eleito Alberto Fraga (PFL) assumirá uma secretaria do novo governo. Questionado sobre o que fará para merecer seu quinhão, ele respondeu: “Vou descansar.”
Fonte: A TARDE
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