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sexta-feira, fevereiro 03, 2023

Vitória de Rodrigo Pacheco bloqueia lance de afirmação do bolsonarismo


Vitória de Pacheco desgasta ainda mais a corrente bolsonarista

Pedro do Coutto

A vitória de Rodrigo Pacheco, reeleito para a Presidência do Senado, representa um lance importante da política brasileira no atual período em que sucede a invasão de Brasília por bolsonaristas fanáticos , extrema-direita, que buscavam na candidatura de Rogério Marinho um impulso para a atuação que pretendem desenvolver a partir do primeiro ano do governo Lula da Silva.

Na Câmara Federal, destacaram-se a vitória por larguíssima margem de Arthur Lira e o discurso importante de Chico Alencar que destacou o peso do silêncio dos candidatos e dos parlamentares em geral em relação à fúria destruidora que no dia 8 de janeiro atingiu o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o edifício do Congresso.

ENGAJAMENTO – No O Globo, a reportagem sobre a eleição de Pacheco é de Lauriberto Pompeu, Jennifer Gularte, Jussara Soares, Geralda Doca e Mariana Muniz. Na Folha de S. Paulo, a matéria saiu sem assinatura, trabalho conjunto, portanto, incluindo a sucursal de Brasília. O bolsonarismo tinha se engajado na candidatura de Rogério Marinho, tanto que a esposa de Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, participou de um jantar de apoio ao senador eleito pelo Rio Grande do Norte na reta de chegada da eleição desta semana.

Por seu turno, Valdemar Costa Neto, que representa um verdadeiro enigma nesta altura dos acontecimentos, afirmou que o governo Lula com o seu apoio a Rodrigo Pacheco foi a causa da derrota de Marinho. Não importa a explicação do presidente do PL sobre o motivo de uma derrota por 49 votos a 32. No fundo, Valdemar quis realçar a polarização que o bolsonarismo tenta manter numa disputa política que atingiu seu ponto máximo na invasão de Brasília.

REFLEXO – A derrota de Rogério Marinho, e portanto do bolsonarismo, tem uma importância fundamental que se reflete no espelho ao lado da vitória de Pacheco. Isso porque salienta o desejo de fazer uma oposição forte ao governo Lula, porém restrita ao Senado Federal  e talvez ligada a outras manifestações de impactos menores, entretanto igualmente nocivas a que ocorreu em Brasília.

Dificilmente o quadro de vandalismo se repetirá, sobretudo porque no comando do Exército encontra-se agora o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.  O quadro mudou e qualquer investida subversiva não encontrará como aliadas a omissão e a conivência. Pelo contrário.

A próxima escala política de peso refere-se às urnas municipais  do próximo ano. Mas possíveis candidaturas do bolsonarismo, inclusive a do próprio ex-presidente da República, não produzirão o mesmo efeito causado pelas destruições no início deste ano. Inclusive, existe um comando do Exército, o do general Tomás Miguel, firme ao lado da legalidade.

ADEUS A GLÓRIA MARIA – Morreu na manhã de ontem, a jornalista Glória Maria. Rompeu barreiras, abriu caminhos dentro da profissão. Na Globo desde o início da década de 70, ela foi a primeira repórter a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional.

Apresentou o Fantástico e, desde 2010, integrava a equipe do Globo Repórter. Foi uma pioneira e servirá sempre como inspiração para as novas gerações. Glória Maria deixará para sempre o seu exemplo no jornalismo brasileiro. 


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