Umbu é tema de festival anual na cidade de Uauá
Daniela Castro
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Tudo começou com uma comemoração pelo sucesso da colheita, em 2009. No ano seguinte, aquele momento se ampliou e ganhou o nome de festa. Pouco tempo depois, o termo também já não era suficiente. Foi, então, que a cidade de Uauá, localizada a cerca de 450 quilômetros de Salvador, assumiu que tinha um Festival Regional do Umbu.
O evento, que fincou raízes no calendário oficial da cidade, já está em sua sétima edição. Os dias 6 e 7 de março foram os escolhidos para abrigar a programação gratuita, que deve atrair até 40 mil visitantes à Concha Acústica da cidade.
A estimativa é de Jorge Trindade, gerente administrativo da Coopercuc (Cooperativa Agropecuária Familiar de canudos, Uauá e Curaçá), entidade responsável pela realização do evento desde a sua primeira edição.
Cerveja
Trindade tem razões para apostar no sucesso de público. "Este ano, a novidade é o lançamento da cerveja Saison Umbu. Temos certeza de que é isso que vai roubar a cena", prevê, com a experiência de quem participa da organização há quatro temporadas.
A cerveja, que leva cerca de 20% de umbu em sua composição, é fruto de uma parceria entre a cooperativa e a Experimento Beer, cervejaria mineira especializada na produção artesanal da bebida. "Nós enviamos a polpa da fruta e eles fabricam a cerveja", explica Trindade.
A nova vedete da marca vem se juntar a um portfólio de produtos que começou basicamente com doces e geleias de frutas típicas da caatinga. Depois da cerveja, a Coopercuc já começa a investir também na produção de outros produtos, como néctar e praparado líquido para refresco.
No mundo
A criação de receitas, aliás, encontra lugar de destaque na programação do festival. "A festa nasceu como uma celebração da safra, mas logo entendemos que precisava haver espaço para degustação, desenvolvimento de receitas e experimentação de novos produtos", diz o organizador.
Palestras, oficinas, painéis e mesas-redondas também fazem parte da programação do evento, que lembra de homenagear o Ano Internacional dos Solos.
Para o desenvolvimento de atividades ligadas à cozinha, o Festival conta com a colaboração de parceiros como o movimento Slow Food, que abriu as portas da cooperativa para o mundo. Graças à parceria, consumidores da Áustria, França e Alemanha também já sabem o gosto que tem um bom doce de umbu.