Publicado em 27 de maio de 2022 por Tribuna da Internet
Joana Cunha
Folha
Os caminhoneiros voltaram a subir o tom e reforçaram a possibilidade de uma paralisação da categoria. Em um vídeo divulgado nesta segunda-feira (23), Wallace Landim, o Chorão, um dos principais líderes da greve de 2018, cobrou atitude do presidente Jair Bolsonaro em relação aos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis.
“Ou o senhor chama a responsabilidade, chama o conselho administrativo da Petrobras, chama o Ministério da Economia, quem o senhor quiser. Porque, senão, esse país vai parar novamente. A categoria já está parando por não ter condições de rodar, a classe pobre não tem condições de comer. Chame a responsabilidade, porque senão esse país vai estar parado, e a responsabilidade é sua”, disse.
IMPACTO DA GREVE – As falas de Chorão sobre a possibilidade de uma greve oscilaram nos últimos dias, diante das reviravoltas no assunto. Há alguns dias, logo depois de fazer uma enquete nas redes sociais para medir qual apoio teria uma nova paralisação, ele se disse preocupado com os impactos que uma greve teria sobre a economia brasileira já tão fragilizada.
Em outra mensagem divulgada nesta terça (24), Chorão afirmou que os caminhoneiros foram pegos de surpresa com a nova troca no comando da Petrobras em menos de 40 dias e cobrou transparência em relação ao estoque do diesel no mercado interno e ao preço do produto.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O fato concreto é que, com greve ou não, os preços dos fretes vão subir inevitavelmente, elevando a inflação no ano eleitoral. E a responsabilidade, por óbvio, é mesmo de Bolsonaro, que permitiu a imobilização da Petrobras, que não usa mais parte do lucro para fazer investimentos – vai tudo para os acionistas, numa política verdadeiramente suicida, que eleva o valor das ações, mas não fortalece a empresa, muito pelo contrário. (C.N.)