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quarta-feira, dezembro 06, 2023

Dino vai relatar caso de corrupção que atinge ministro de Lula e parlamentares


A semana de Flávio Dino após ser indicado para vaga no Supremo - JOTA

Logo de cara, Dino terá de mostrar se será isento

Mateus Vargas
Folha

O inquérito sobre as suspeitas de desvios de recursos de emendas parlamentares no Maranhão, que atinge o alto escalão do governo Lula (PT) e parlamentares, deverá ficar nas mãos de Flávio Dino no STF (Supremo Tribunal Federal).

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), e o deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA) são investigados no caso. No centro da apuração da Polícia Federal está a empreiteira Construservice e seu sócio oculto, Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP.

MINISTRO ENVOLVIDO – A PF avalia que empreiteiras de fachada são usadas para fraudar licitações e desviar recursos de obras da Construservice que utilizaram emendas dos parlamentares.

Para a PF, uma dessas empresas, a Arco, pertence ao próprio Juscelino, ainda que o ministro não seja sócio formal dela e diga que não tem relação com a empreiteira. Como a Folha mostrou, Juscelino indicou emenda para reparos na estrada de terra que dá acesso à fazenda do próprio ministro, em serviço realizado pela Arco.

O inquérito sobre desvios em obras de pavimentação com verba de emendas se tornou sensível para o governo e para o centrão. Além dos atuais investigados, há outros parlamentares que indicaram verba para serviços realizados pela Construservice.

BARROSO ERA RELATOR – A apuração tinha como relator o atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso. O processo foi repassado para a ministra Rosa Weber quando Barroso assumiu o comando do Supremo, no final de setembro. Após a aposentadoria da ministra, o caso ficou sem relator e, por isso, cairá nas mãos do próximo integrante do tribunal.

Relator da indicação de Dino, o senador Weverton Rocha (PDT-MA), que não é um dos investigados, direcionou ao menos R$ 34 milhões para convênios com prefeituras que contrataram duas empresas que a PF diz pertencer a Eduardo DP. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ainda encontrou repasses entre diversas empresas que disputavam licitações para obras indicadas pelo senador.

Nesta segunda-feira (4), Weverton apresentou seu parecer favorável à indicação de Dino ao STF e escreveu que ele tem “invejável currículo”. “Trata-se de uma figura reconhecida e admirada nos mundos jurídico e político”, afirmou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Esse tipo de reportagem mostra que o maior problema da política brasileira é a promiscuidade, que representa um incentivo direto à impunidade. Vamos ver se Dino vai tocar esse processo ou colocará uma pedra em cima do escândalo. (C.N.)

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