Publicado em 4 de novembro de 2022 por Tribuna da Internet
Paulo Cappelli
Metrópoles
Presidente do União Brasil, o deputado reeleito Luciano Bivar condiciona uma possível aliança do partido com o governo Lula ao apoio do PT na corrida à presidência da Câmara. O parlamentar pernambucano foi bem claro, ao fazer a exigência.
“Uma aliança com o governo [Lula] depende do apoio do PT ao União Brasil na disputa pela presidência da Câmara. O União Brasil tem tamanho e legitimidade para ocupar o comando da Câmara. A esquerda demonstrou muito empenho na defesa da democracia e das instituições, e o União Brasil também defende isso”, disse Bivar à coluna.
SEM ADESÃO CEGA – O parlamentar pernambucano ressalvou que, caso a aliança se concretize, não significará “adesão cega” a todas as pautas que o PT queira aprovar.
Segundo o dirigente, o nome a ser indicado pelo União Brasil ainda não foi definido, mas ele próprio figura como uma das apostas da legenda. Aliados de Lula, entre eles o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendem que partidos da base do governo apoiem à presidência da Câmara uma sigla que não tenha integrado a coligação do petista, de modo a ampliar o arco de alianças.
É justamente o caso do União Brasil, que no primeiro turno lançou a senadora Soraya Thronicke à Presidência.
GRANDE BANCADA – O União Brasil terá a terceira maior bancada da Câmara na legislatura que se inicia no ano que vem, com 59 deputados. O PL, partido de Bolsonaro, terá 99 parlamentares; e o PT, 68.
O União Brasil também discute eventual fusão com o PP, partido do atual presidente da Casa, Arthur Lira, mas essa possibilidade está perdendo força.
O atual presidente do PP é o senador piauiense Ciro Nogueira, que comanda a Casa Civil do governo Bolsonaro e está sendo substituído no Senado por sua primeira suplente, que vem a ser sua própria mãe, Eliane Nogueira, que manteve nos gastos do gabinete o fornecimento de combustível para abastecer o jatinho do filho.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Luciano Bivar é um cartola do futebol pernambucano que criou um partido e se deu bem, muito bem, ficou riquíssimo às custas do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral. Agora, sonha (?) em presidir a Câmara, mas esqueceu de combinar com Arthur Maia (PP-AL), que comanda o orçamento secreto. Vai sair faísca desta briga. (C.N.)