Carlos Chagas
Agride o bom-senso dizer que o mensalão não influi nas eleições.
Simples raciocínio para agradar o PT, é claro. No entanto, perguntem ao
Lula. De uma semana para cá ele vem repetindo que seu governo foi o que
mais instrumentos criou para combater a corrupção. Que todas as
denúncias foram apuradas e que até importantes auxiliares seus
responderam e respondem na Justiça. Por que estaria o
primeiro-companheiro tão preocupado assim?
Pedro Ricardo Maximino
Eu posso ser burro, mas não sou cego. As promessas são decoradas e,
enquanto a grana jorra e é privatizada em ONGs que fazem fachada de
saúde pública no governo da maquiagem, nós eleitores exercemos mais uma
vez o nosso curtíssimo momento de ilusão democrática.
Carlos Newton
Em sua megalomania galopante, o ex-presidente Lula parece ter se
tornado uma mistura de Luiz XIV (“O Estado sou eu”) e Luiz XV (“Depois
de mim, o dilúvio”). Ele julgou que elegeria quem bem entendesse nessas
eleições. Mas aconteceu justamente o contrário, quase todos os
candidatos apoiados diretamente por ele estão enfrentando muitas
dificuldades. Nesse reinado ilusório e delirante do criador do PT, há
casos até em que o dilúvio está acontecendo antes do tempo, e de corpo
presente. “L’Etat c’est moi”
Nos votos e apartes dados até agora, a maioria dos
integrantes do Supremo já deu mostras de que não aceita a tese central
da defesa, de que dinheiro era para pagar despesas eleitorais não
contabilizadas
Mauro Santayana
Há cem anos, sobre um vasto território entre o Paraná e Santa
Catarina, uma empresa norte-americana, a Southern Brazil Lumber &
Colonization, reinava absoluta. Com a maioria de empregados
norte-americanos, contratados por Percival Farquhar, que pretendia
transformar o Brasil em vasta empresa de sua propriedade, a Lumber
abatia todas as árvores de valor comercial, da imbuia à araucária.
Segundo Jair Krischke, presidente do Movimento de Justiça e Direitos
Humanos, ações ao estilo da Operação Condor, reunindo agentes de dois ou
mais países, já ocorriam em 1970, cinco anos antes de formalizada a
aliança das ditaduras do Cone Sul
Relator do mensalão sugere que Marco Aurélio só se tornou ministro do
STF por conta de relações de natureza familiar com Collor e diz que ele
será um obstáculo à sua presidência na suprema corte
Em artigo no Globo, escritor baiano ecoa a pregação do historiador Marco
Antonio Villa e diz que Lula tem o dever de abandonar a política
imediatamente. Até aí, o choro é livre. Mas ele termina a análise
dizendo que Lula já perdeu a eleição atual de São Paulo, com Fernando
Haddad, e perderá a próxima, quando decidir se candidatar a prefeito;
ahn???