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segunda-feira, julho 13, 2009

A BAHIA QUE SERGIPE DESEJA

por: José Augusto dos Santos

Os documentos mostram que os municípios de Jandaíra, Itapicuru, Rio Real, Paulo Afonso (parte), Santa Brígida, Pedro Alexandre, Jeremoabo (parte) Coronel João Sá, Antas, Cícero Dantas, Ribeira do Pombal e Ribeira do Amparo pertenciam a Sergipe.

Completamos no último dia 8 de julho 189 anos de Emancipação Política de Sergipe, todavia, todo ano nessa data vem átona entre nós sergipanos a questão das divisas originais de Sergipe com a Bahia. Posso dizer que ainda paira entre nós sergipanos o desejo de restabelecer as divisas originais. Os documentos históricos mostram que os municípios de Jandaíra, Itapicuru, Rio Real, (vizinhos ao Sul do estado) e Paulo Afonso (em parte), Santa Brígida, Pedro Alexandre, Jeremoabo (em parte) Coronel João Sá, Antas, Cícero Dantas, Ribeira do Pombal e Ribeira do Amparo pertenciam a Sergipe. Lembro que quando foi instalado os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte em 1987, o então senador Francisco Rollemberg apresentou a Emenda 587 que tratava-se da superfície territorial de Sergipe, a referenda emenda visava re cuperar apenas as faixas de terras compreendidas entre os municípios de Jandaíra, Itapicuru, Rio Real, a citada emenda foi acolhida pelo plenário da Constituinte mas doravante transferida para a emenda 586 que tinha como propósito examinar as fronteiras estaduais do país, incluindo ai a questão de Sergipe e Bahia que tinha como linha divisoria entre os dois estados os rios Itapicuru e Rio Real Grande.

Entendemos também que a verdade histórica deve ser acessível as novas gerações que desconhecem o clamor histórico dos nossos antepassados que lutaram bravamente em períodos distintos pra verem restauradas nossas verdadeiras dimensões territoriais. Protestaram sucessivamente os seguintes governadores Manoel da Cunha Galvão, em 1860; Tomaz Alves Júnior, em 1861; Cincinato Pinto da Silva, em 1865; Evaristo Ferreira da Veiga, em 1869; Francisco Cardoso Júnior, em 1869; Josino Menezes, em 1913; Oliveira Valadão, em 1915; Pereira Lobo, em 1920. Este artigo é também sinal que os sergipanos não silenciaram em mostrar também que ao longo dos séculos os sergipanos não esmoreceram e continuam pleiteando a reintegração dos seus territórios não devolvidos pela Bahia.

Muitos deputados defenderam com brilho, a reintegração das terras sergipanas, como observamos em pesquisa que ao longo dos anos Sergipe não se conformou e nem se conformará jamais. Em 1867 o deputado Bitencourt Sampaio, ofereceu um projeto que fixava os limites de Sergipe com Alagoas e Bahia; Em 1882, José Luiz de Coelho e Campos (deputado, senador e ministro do STF) apresentou um projeto também que reclamava para Sergipe o retorno aos limites com que foi elevado a Província; já em 1891 o deputado, o geógrafo e historiador, Filisbelo Freire, também tratou de um projeto que buscava dirimir de vez a questão territorial. No ano de 1913 o então deputado Moreira Guimarães empenhou-se no Congresso buscando uma solução conciliatória que pusesse fim a luta histórica.

Enfim, nessa pesquisa descobrir que os documentos históricos mostram que a querida Bahia se apropriou indevidamente de terras originalmente sergipanas, descobrir também que certa vez o Pe. Alfredo Passos disse:... que, de geração, em geração protestaremos. Portanto, no livro do então senador Francisco Rollemberg cita claramente que o governo da província da Bahia não cumpriu inteiramente o Decreto de 8 de Julho de 1820 e a Carta Régia de 5 de dezembro de 1822. Registra também que a independência SÓ SE CONSUMARÁ QUANDO SERGIPE RECEBER O JUSTO REPARO POR ESSA MUTILAÇÃO QUE FOI VÍTIMA.
*José Augusto dos Santos é editor do jornal Folha da Região/Estância-Se, jornalista, radialista e professor.
Fonte: http://www.joilsoncosta.com.br/

Comentário:

Fazendo uma reflexão a respeito da matéria acima, vou me ater a analisar a situação de Jeremoabo em relação a Sergipe.

Vamos começar pelas estradas, o cidadão sofredor sai de Jeremoabo com destino a Aracaju, se optar via Carira irá amargurar mais ou menos 90 km de estrada de barro muito das vezes intrafegável, quando entra no solo sergipano é estrada de esfalfo.

Trafegando via Cícero Dantas a situação ainda é pior, asfaltos cheios de crateras, só indo melhorar quando entra no Estado de Sergipe em Simão Dias.

Na educação sempre quem tinha condições partia com destino a capital Sergipana; apelando para emprego, a situação é a mesma, como aqui na localidade a quantidade de vagas e ínfima, muitos encontram uma tabua de Salvação também em Aracaju.

Bronca mesmo é na saúde, onde aqui na cidade de Jeremoabo existe um elefante branco apelidado de Hospital, onde há recursos financeiros, haja vista que foram assinados 26 (vinte e seis) contratos com médicos e dentista, só que muitos deles recebem o dinheiro como se trabalhando estivesses, porém são virtuais, iguais à linha imaginária, enquanto isso, a romaria em busca de atendimento médico em Aracaju já se tornou uma constante.

Poderia tecer comentários a respeito de gêneros alimentícios daquele estado que abastece a nossa cidade, ou então o comercio local, onde os principais estabelecimentos são de propriedades de Sergipanos.

Mas saindo dos considerandos e partindo para os finalmente, chegamos ao consenso que Jeremoabo desligou de Sergipe apenas no papel, porque na realidade sobrevive na sua dependência, é igual a filho que sai de casa mas continua na dependência dos pais.

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