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sexta-feira, outubro 18, 2024

Desrespeito ao Paciente: Atraso e Falta de Comunicação em Clínica Particular



A situação que  descrevo ilustra um problema recorrente e preocupante no atendimento de saúde, tanto no setor público quanto no privado. A precariedade do atendimento nos serviços de saúde no Brasil é um problema crônico, que afeta negativamente a qualidade de vida da população e revela falhas estruturais no sistema.

No caso dos serviços públicos, o Sistema Único de Saúde (SUS) desempenha um papel essencial ao garantir acesso gratuito à saúde para milhões de brasileiros. No entanto, a sobrecarga do sistema, a falta de profissionais, e a escassez de recursos comprometem a qualidade do atendimento, resultando em longas filas de espera, consultas rápidas e falta de continuidade no acompanhamento dos pacientes. A população mais vulnerável, sem recursos para recorrer ao setor privado, é a mais afetada.

A situação no atendimento privado, como  descreveverei na experiência em Aracaju, evidencia uma falta de compromisso ético por parte de alguns profissionais e instituições. Quando um paciente paga por um serviço de saúde, espera-se não apenas qualidade técnica, mas também respeito ao tempo e à dignidade humana. O atraso de quase duas horas e meia sem justificativa para um procedimento médico é inaceitável. O fato de o paciente já estar fragilizado agrava ainda mais o desrespeito, revelando uma falta de empatia e profissionalismo.

Essas falhas no atendimento acabam por colocar todos os profissionais da área médica sob suspeita, ainda que muitos atuem com responsabilidade e compromisso. É importante que os conselhos de medicina e órgãos fiscalizadores intensifiquem a fiscalização e a regulamentação das práticas de atendimento, garantindo que os direitos dos pacientes sejam respeitados. Além disso, uma maior transparência por parte das clínicas e hospitais, e um canal eficaz para reclamações e denúncias, são essenciais para evitar que casos semelhantes ocorram.

A saúde é um direito constitucional, e a ética médica exige que os profissionais prestem atendimento com respeito e humanidade. A situação relatada é um reflexo de problemas sistêmicos e culturais que afetam a saúde no Brasil, e apenas com uma abordagem integrada, que inclua melhorias na gestão pública, fiscalização no setor privado e um compromisso ético dos profissionais, será possível avançar na direção de um sistema de saúde mais justo e eficiente.

Nota da  Redação deste Blog - Minha  experiência refletiu uma situação de desrespeito e falta de consideração com o paciente. Ao levar minha esposa para submeter-se a uma punção de tireoide, agendada na clínica Climedi para o dia 18/10/2024, no bloco das 11:00 horas, o esperado era que o atendimento ocorresse dentro do horário estipulado. Chegamos com antecedência, como orientado, mas o médico responsável só apareceu para atender às 12:41 horas, sem que qualquer informação ou justificativa fosse oferecida aos pacientes que aguardavam.

Esse atraso significativo e a falta de comunicação evidenciam um desrespeito com o tempo e a dignidade dos pacientes, que, mesmo pagando pelo serviço, são tratados de forma negligente. A obrigação mínima de uma instituição de saúde é fornecer informações claras e respeitar os horários agendados, principalmente considerando que os pacientes já estão em uma condição de vulnerabilidade. Situações assim não são apenas uma falha de organização, mas também um desrespeito ao direito do cidadão ao atendimento digno e eficiente.



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