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.Clecio Varjão
Assisti ao vídeo de um senhor dizendo que estaria esperando uma “liminar para suspender as eleições suplementares em Jeremoabo”. Parece cômigo, só que não. É trágico.
Inicialmente dispenso qualquer análise jurídica sobre o caso, até porque “para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário” mas quero expressar meu pensamento puramente de cidadão.
Desejar a vitória de uma agenda politica é normal do processo democrático. Eu tenho o meu, DERI, e você o seu, seja o mesmo ou não, a final que vença a melhor proposta e a melhor resposta, porém lutar contra a realização de uma ELEIÇÃO SUPLEMENTAR resume-se ao famoso TIRO NO PÉ. Mas um tiro beeem dado, daqueles que não sobra nem os dedos (risos).
Vamos a um exemplo: Já pensou você entrando em uma loja para comprar uma camisa e ao invés de você, a vendedora quem escolhe o modelo e a cor. Isso mesmo, no caso você paga mas não escolhe. Assim é um país sem democracia, você seria um mero corpo ambulante que não exercer qualquer poder de escolha. Não vota... não escolhe seus governantes. Você quer uma camisa azul mas a vendedora exige que você leve o amarelo.
Não querer eleição é abrir mão do seu direito a cidadania.
Penso! realmente sabe o que deseja?
Completa falta de respeito a todo histórico de democratização do Brasil, aliás, ao que resta dele.
Senhores somos livres para escolher o grupo politico que desejamos, abra mão do que você quiser, mas fique ao menos com o direito de abrir a boca e dizer o que pensa, ser livre, estender o dedo indicador em direção a urna e participar da construção do seu futuro, mesmo que seu desejo seja diferente do meu.
Nota da redação deste Blog - Essa espécie em extinção está tão adaptada com a desonestidade, que perdeu há muito tempo o censo do ridículo.
Para não alongar-me mais, estou transcrevendo abaixo parte de um texto intitulado " Políticos sem caráter" do autor Júlio César Cardoso que se adapta muito bem a situação de Jeremoabo em que estamos assistindo:
"Esses são os políticos brasileiros sem escrúpulo, que não respeitam a seriedade do mandato que exercem. Só se preocupam com as suas eleições, reeleições ou com as eleições de representantes partidários. Utilizam-se das facilidades constitucionais, aprovadas por eles, para fugir de suas obrigações mandatárias. São políticos “profissionais” imorais, em sua maioria, cabideiros de emprego, que só dão despesas ao país.
Trapaceiros, parlapatões e poltrões. Em épocas de eleições pedem votos. Eleitos, dão uma banana ao eleitor e fazem do mandato um deboche. E, lamentavelmente, graças ao antidemocrático voto obrigatório, trocado por qualquer moeda, eleitores ingênuos, incautos e irresponsáveis continuam a eleger essas fístulas que só denigrem a imagem de seriedade da política nacional. Será que a burrice é uma ciência para o eleitor brasileiro continuar a votar em candidatos ou políticos sem caráter."
O Autor é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado.
Balneário Camboriú-SC
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