Quijingue: protestos, tensão e aprovação da CPI
Em Sessão realizada na última terça-feira na Câmara de Vereadores de Quijingue, um grupo com cerca de 90 pessoas do distrito de Algodões, incentivados pelo vereador Reginaldo do PT, lotou o pequeno plenário da câmara e fez uma grande manifestação com faixas, cartazes e apitos, protestando pela aprovação imediata das doações dos terrenos do município a uma associação de salvador ACAFAG, lotada na Estrada do Coqueiro Grande, 126, Cajazeiras, Salvador- BA, tel: (71) 3395-5282, no terceiro Prédio, para construção de 100 casas do programa Minha Casa Minha Vida, que irá beneficiar 100 famílias na comunidade. Associação essa que os vereadores alegam não existir no endereço indicado na Receita Federal. O andamento da sessão foi interrompido diversas vezes, os manifestantes faziam muito barulho.
As manifestações começaram logo após o presidente Washington realizar a leitura de dois requerimentos. O primeiro informando a volta do vereador Reginaldo Cavalcante do PT a liderança do governo no poder legislativo e o segundo sobre a ordem judicial da retomada da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
A justiça determinou que os vereadores voltem a investigar o prefeito Almiro Costa Abreu Filho (PT) sobre a suspeita de irregularidades na contratação de uma empresa da cidade de Tucano/BA, Carlos José Jesus dos Santos-ME de nome fantasia: Avenida Móveis e Eletrodomésticos. A empresa foi contratada através de carta convite Nº15/2013 para o fornecimento de eletro e eletrônicos para a prefeitura. Por meio de uma averiguação dos parlamentares verificou-se que no endereço onde deveria existir a loja havia um depósito abandonado. O governo na liderança do vereador Reginaldo estava disposto a todo custo anular o ato e impedir que a Câmara investigasse o prefeito por meio de uma CPI.
Ontem de imediato obedecendo à ordem judicial o presidente da casa nomeou de forma proporcional de partidos políticos os nomes dos parlamentares que irão compor a comissão para investigação das denuncias no prazo de 90 dias. A Comissão está formada pelos seguintes integrantes: Vereador Romerinho – PT , Vereador Clovis – PSD e Vereadora Celia Maria do SDD , Celia no entanto justificou não poderá participar da comissão pois irá realizar exames médicos nos próximos dias, sendo substituída pelo vereador Edvando do partido SDD.
A decisão do presidente da Câmara de não colocar o projeto na pauta irritou os manifestantes. A sessão foi interrompida duas vezes para tentar conter o tumulto. Segundo declarações do próprio presidente da casa "a manifestação não ocorreu de forma ordenada", conforme o seu Regimento Interno onde destaca que durante as sessões ordinárias realizadas no Plenário não podendo haver manifestações como palmas ou vaias, fato ignorado pelos manifestantes.
A sessão foi interrompida duas vezes, chegando a ser suspensa por 15 minutos. Após os 15 minutos para a retomada da sessão um novo tumulto teve início e diante da superlotação e a pouca segurança, embora existissem dois policiais da PM, o presidente encerrou a reunião com medo de terem sua integridade física ameaçada se retirando com os demais parlamentares para o gabinete principal. Logo após a saída dos vereadores começam as vaias e gritos em referencia aos mesmos que só puderam sair do plenário após a chegada do reforço policial do batalhão da cidade de Euclides da Cunha.
Washington se reunirá com os vereadores para tomar uma decisão conjunta em relação às próximas sessões, o presidente disse que o encerramento ocorreu para preservar a segurança das “crianças e idosos” que estavam presentes, dos vereadores e para zelar pelo patrimônio público. Durante a sessão, era visível na plenária da casa funcionários, assessores e secretários da prefeitura, os quais geralmente só comparecem aquele recinto quando existe algum assunto de interesse do poder executivo ou até mesmo pessoal.