Lava Jato
PF indicia ex-ministro Mário Negromonte e 4 deputados federais do PP
Pagamentos a ex-líderes chegaram a R$ 5,5 milhões, cada um
Publicado: 21 de março de 2016 às 19:26 - Atualizado às 19:27
Segundo
investigações, deputados receberam mesada de R$ 300 mil durante 8 anos
de empreiteiras investigadas na Lava Jato (Foto: Estadão Conteúdo)
A Polícia Federal indiciou os ex-deputados federais João Alberto
Pizzolatti (atual secretário extraordinário de Relações Institucionais
de Roraima) e Mário Negromonte (ex-ministro de Cidades e atual
conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia) e os deputados Mário
Negromonte Júnior (PP-BA), José Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando
Ramos Faria (PP-MG) e Roberto Pereira de Britto (PP-BA).
Todos foram indiciados por corrupção passiva qualificada, lavagem de
dinheiro e organização criminosa. A Mario Negromonte Júnior também foi
imputado crime de ameaça. A PF aponta que ele tentou obstruir as
investigações da Lava Jato, ‘fazendo ameaça velada à integridade física
do ex-deputado João Argolo e seus familiares na tentativa de evitar que
ele fizesse acordo de delação premiada’.
A polícia concluiu que eles receberam reiteradas vezes entre 2006 e 2014 propina proveniente de contratos da Petrobrás com as empresas Braskem/Odebrecht, Queiroz Galvão, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez. O esquema era operado pelo doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato e um dos personagens centrais da Lava Jato.
Pizzolatti e Mario Negromonte eram líderes do PP e participaram, segundo a PF, de uma organização criminosa, que ao longo de 8 anos movimentou a cerca de R$ 500 milhões ’em recursos efetivamente desviados da Petrobrás’, por meio de doações eleitorais fraudulentas, repasses em espécies e custeio de despesas pessoais dos envolvidos e a terceiros a eles ligados.
As investigações da PF identificaram que os responsáveis pelas empreiteiras além de pagarem propina em especia aos envolvidos de R$ 300 mil, em média, por mês para cada um, também realizavam depósitos em contas correntes de pessoas por eles indicadas. O inquérito aponta que havia pagamentos ‘extraordinários e individuais’ que chegavam a até R$ 5,5 milhões para os líderes do partido, João Pizzolatti e Mário Negromonte.
De acordo com a PF, o PP chegou a receber valores de até R$ 28 milhões em doações das empreiteiras nas eleições de 2010, proveniente de pagamento de propina, como uma estratégia de ocultação e dissimulação de valores recebidos indevidamente pelos políticos.
Os inquéritos seguem para o Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria-Geral da República poderá oferecer denúncia contra os investigados. (AE)
http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=51780326436
A polícia concluiu que eles receberam reiteradas vezes entre 2006 e 2014 propina proveniente de contratos da Petrobrás com as empresas Braskem/Odebrecht, Queiroz Galvão, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez. O esquema era operado pelo doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato e um dos personagens centrais da Lava Jato.
Pizzolatti e Mario Negromonte eram líderes do PP e participaram, segundo a PF, de uma organização criminosa, que ao longo de 8 anos movimentou a cerca de R$ 500 milhões ’em recursos efetivamente desviados da Petrobrás’, por meio de doações eleitorais fraudulentas, repasses em espécies e custeio de despesas pessoais dos envolvidos e a terceiros a eles ligados.
As investigações da PF identificaram que os responsáveis pelas empreiteiras além de pagarem propina em especia aos envolvidos de R$ 300 mil, em média, por mês para cada um, também realizavam depósitos em contas correntes de pessoas por eles indicadas. O inquérito aponta que havia pagamentos ‘extraordinários e individuais’ que chegavam a até R$ 5,5 milhões para os líderes do partido, João Pizzolatti e Mário Negromonte.
De acordo com a PF, o PP chegou a receber valores de até R$ 28 milhões em doações das empreiteiras nas eleições de 2010, proveniente de pagamento de propina, como uma estratégia de ocultação e dissimulação de valores recebidos indevidamente pelos políticos.
Os inquéritos seguem para o Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria-Geral da República poderá oferecer denúncia contra os investigados. (AE)
http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=51780326436