Já que eu falei em STF, é bom os servidores públicos ficarem de olho hoje lá. É que foi colocado em pauta para a sessão de hoje o julgamento do processo que analisa a legalidade dos convênios firmados entre a Fundação de Seguridade Social (Geap) e órgãos públicos. O resultado pode levar ao desligamento de 250 mil servidores. O caso é polêmico. A entidade é a maior operadora de planos de saúde voltados ao funcionalismo, tem 90 patrocinadores e cerca de 700 mil associados. O Geap nasceu com vargas, em 45, como “Assistência Patronal” dos funcionários do IAPI – Instituto dos Industriários . Ao longo de 60 anos, foi absorvendo os servidores de uma série de órgãos públicos e de universidades federais.
Embora esteja longe de satisfazer aos servidores, a cobertura prestada pela Geap é a única e a mais barata para a maioria dos associados. Os mais idosos, sobretudo, vão ter de pagar até quatro vezes mais a um plano de saúde empresarial, se perderem hoje. Um exemplo: conheço uma pessoa que tem a mãe, de 86 anos, pensionista com um salário mínimo, coberta pelo Geap por uma mensalidade de R$ 377. Quanto ela teria de pagar em outro?
Hoje, existem cerca de 1,5 mil planos de saúde no país. Em 2008, eles faturaram um total de R$ 60,4 bilhões. Dá para ver como é um grande negócio.
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