Em conversa com um amigo, que acompanha atentamente a evolução da cena política, chegamos à conclusão que os antigos coronéis da política, os chamados “caciques”, que mandavam em dezenas de municípios e até em Estados inteiros e que acomodavam suas forças em vários partidos, não existem mais no Brasil. O último deles talvez tenha sido mesmo Antonio Carlos Magalhães, na Bahia.
Talvez o senador José Sarney possa ainda ser considerado assim, mas ele tem sofrido um desgaste muito grande no seu protetorado de origem, o Maranhão, inclusive pelo fato de ter se afastado eleitoralmente (agora é eleito pelo Amapá), o que tirou dele a maior parte do poder real que possuía ali. A família Sarney ainda reina, mas o poder está mais fragmentado, deixando de ter a aura de “cacique”.
O fato é que os “coronéis” e “caciques” de antigamente foram substituídos na cena política por uma figura nova, a do “dono” de um partido. Hoje, o “quente” é ser dono de uma legenda e, para isto, não precisa ser portador de um grande capital político ou sequer de muita história e tradição na área. E existem os “donos” regionais e os “donos” nacionais.
São aquelas figuras que controlam os mecanismos de regulamentação partidária, os órgãos diretivos nas diversas instâncias. E, ao contrário dos antigos “coronéis”, todos conservadores e ligados aos governos, eles existem nas variadas cores partidárias e também nas legendas de todos os tamanhos. Pode ser um deputado, um senador ou sequer ter cargo algum.
Procurem na memória e verão figuras assim no PSDB, no PT, no PMDB, no PTB, no DEM. Se não existir a figura no plano nacional haverá em alguma seção regional ou até municipal. Para falar somente das siglas maiores, porque nas legendas de menor peso a figura do “dono” antecede até mesmo a criação do partido.
Fonte: A Tarde
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