Com laços de amizade e carinho pela cidade de Coronel João Sá, é com certo constrangimento que recebo e republico informações que, de alguma forma, podem macular a imagem do município. No entanto, como formador de opinião, não posso me omitir diante de denúncias que chegam diretamente dos moradores da região. A transparência e o dever de informar prevalecem.
Hoje, em especial, recebi uma matéria oriunda do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) que levanta sérias questões sobre os gastos com a estrutura para as comemorações da emancipação política da cidade. A denúncia aponta para pagamentos exorbitantes destinados a esse fim.
Não cabe a mim julgar a adequação financeira de tais despesas, mas sim reproduzir a informação que me foi confiada. A questão central é: o município de Coronel João Sá tem condições financeiras para bancar tamanha despesa com estrutura de eventos? Essa é uma pergunta que a população local, que sente o impacto do uso do dinheiro público, deverá responder.
O fato é que o TCM-BA intimou o prefeito para se manifestar a respeito desses gastos. Essa intimação não é um mero formalismo; é um sinal de que o órgão fiscalizador identificou indícios que merecem esclarecimentos detalhados. A expectativa é que o gestor apresente as justificativas e documentos necessários para demonstrar a legalidade e a razoabilidade dos valores empregados.
A transparência nos gastos públicos é um pilar da boa gestão e da confiança na administração. O povo de Coronel João Sá tem o direito de saber como seus recursos estão sendo aplicados, especialmente em eventos festivos de grande porte. A ação do TCM-BA é um passo importante para garantir essa clareza e para que a celebração da emancipação não se transforme em motivo de questionamentos sobre a responsabilidade fiscal.