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domingo, maio 12, 2024

Entre o céu cinza e o coração verde: o amor de mãe no Rio Grande do Sul.

 

                                          Foto: Lucyenne Landim/O TEMPO

No Rio Grande do Sul, a terra do chimarrão e dos pampas, o céu cinza tem desenhado, nos últimos dias, uma narrativa de desafio e resistência. As enchentes que assolaram várias cidades não são apenas águas que submergem ruas e arrastam sonhos, mas também são testemunhas da força de um estado que se recusa a se dobrar diante das adversidades. Hoje, Dia das Mães, essa força assume um rosto ainda mais especial: o das mães gaúchas que, mesmo sob o manto sombrio de nuvens carregadas, mantêm a esperança e o amor ardendo como uma fogueira de São João.

Na cidade de São Gabriel, uma mãe de três, cuja casa beira o rio Vacacaí, enfrenta a água que ameaça invadir seu lar. Com a mesma determinação que ensinou seus filhos a andar, ela arranja sacos de areia, ergue móveis e protege cada canto com a destreza de quem luta por sua prole. Não é apenas a água que ela tenta segurar, mas todo um futuro que insiste em se manter firme para seus filhos.

Em Porto Alegre, outra mãe, enfermeira de profissão, após longas horas de trabalho ajudando vítimas da catástrofe, retorna para casa. Seu abraço é o porto seguro para seus filhos, uma promessa silenciosa de que, não importa quão turbulentas sejam as águas lá fora, dentro de casa, o amor é uma embarcação inabalável.

E assim, por todo o estado, histórias de amor materno florescem em meio ao caos. São gestos de coragem e pequenos atos de cuidado que tecem uma tapeçaria de resiliência e esperança. Mães que, apesar da fadiga, dos medos e das incertezas, escolhem a cada dia pintar o mundo de seus filhos com cores de otimismo e força.

Neste Dia das Mães, enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta um dos seus maiores desafios naturais, escolhemos celebrar não apenas a beleza estóica dos seus campos verdes e céus vastos, mas principalmente o amor indomável das mães gaúchas. Elas são as verdadeiras heroínas, cujas batalhas diárias são travadas no silêncio dos lares, na luta contra a água que sobe, mas principalmente na incansável jornada de manter a esperança viva no coração de cada filho.

No final, quando as águas recuarem e o céu de São Leopoldo clarear, serão essas mães que contarão as histórias de como o Rio Grande do Sul não apenas sobreviveu, mas renasceu das águas—fortalecido e unido, como só o amor de mãe sabe fazer.

Fotos da Internet:



Fabio Almeida

Tenho 38 anos, nascido em Salvador/Ba, um soteropolitano nato. Jornalista de profissão sigo o compromisso e responsabilidade com a verdade e apuração dos fatos.


https://jackcomunica.com.br/entre-o-ceu-cinza-e-o-coracao-verde-o-amor-de-mae-no-rio-grande-do-sul/

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