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terça-feira, março 30, 2021

‘Encurralado’ : Imprensa internacional repercute mudanças em cargos do governo Bolsonaro


No Página 12 : “Encurralado, Jair Bolsonaro mudou seis ministros”

Nelson de Sá
Folha

A reforma ministerial no Brasil vem sendo relacionada na cobertura externa, unanimemente, ao colapso no combate à pandemia. Os jornais econômicos The Wall Street Journal e Financial Times destacaram nas chamadas, respectivamente, que as mudanças vieram “conforme cresce a raiva com o número de mortos” ou “conforme cresce a pressão por causa da Covid”, sobretudo do Congresso.

Da “profunda” mudança, o WSJ sublinha a saída do chanceler Ernesto Araújo, que via a pandemia “como parte de uma conspiração comunista global” e é acusado pelos atrasos nas vacinas e nos insumos da China. O FT ouviu do ex-chanceler Celso Amorim que “é difícil falar o quanto a política externa pode ter contribuído para as mortes, mas sabemos que não ajudou em nada em relação à obtenção de vacinas” e insumos.

LE MONDE – A troca nas Forças Armadas foi ressaltada no francês Le Monde e na alemã Der Spiegel, entre outros, com o primeiro levando ao enunciado que Bolsonaro irritou as cúpulas militares.”Entre os generais e o capitão, a guerra parece declarada”, descreveu o correspondente Bruno Meyerfeld, como ressaltou a Rádio França Internacional (RFI) em seu relato da imprensa europeia.

Mas também o Le Monde, na home desta terça-feira, dia 30, dá prioridade à crise da Covid, com reportagem sobre São Paulo, que poderia “não se recuperar”. Na mesma direção, o argentino Clarín dá mais atenção à própria pandemia e ao avanço da variante brasileira no país.

“ENCURRALADO” – Tanto Clarín, mais à direita, como Página/12, à esquerda, descrevem Bolsonaro como “encurralado”, em seus enunciados sobre a reforma ministerial. Na descrição do correspondente da rede pública de rádio (NPR) dos EUA, Philip Reeves: “Ele está significativamente mais fraco. Sua popularidade está caindo. Seu arquirrival, o ex-presidente Lula, está de volta, com suas condenações anuladas. Bolsonaro está numa situação difícil.”

Na AS/COA, o vice-presidente da organização, jornalista Brian Winter, escreve que “Um inseguro Bolsonaro se prepara para o seu 6 de Janeiro”, referência à invasão do Capitólio, em Washington. “Sitiado pela Covid, tenta se proteger” reunindo mais “homens armados”.Até a manhã desta terça, o New York Times não havia noticiado a reforma ministerial, mas não deixou de ressaltar, na noite de segunda, o “Brasil em queda livre”, com “mais casos novos e mortes que qualquer outro país”.

Na mesma linha, a rede americana ABC produziu reportagem sobre o colapso dos hospitais. E o correspondente do alemão Die Zeit destacou a “Nova máscara de Bolsonaro” (acima), tentanto aparentar preocupação com a pandemia.

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