Pedro do Coutto
Ao tomar posse na presidência dos EUA Joe Biden afirmou ser preciso derrotar as mentiras e defender a verdade e a liberdade. Deixou no ar uma resposta às mentiras ditas por Trump inspiradas no falso princípio do nazista Goebbels de que a mentira repetida seguidas vezes transforma-se em verdade.
Na minha opinião a mentira não se sobrepõe a verdade, pode apenas produzir efeito em fanáticos como os nazistas e integrantes das direitas alucinadas. A reportagem sobre o pronunciamento de Biden é de Marina Dias, FSP de quinta-feira.
DISSE BIDEN – “Aprendemos mais uma vez – que a democracia não comporta atitudes extremistas que se propõem atingir o regime democrático”, disse o presidente americano, referindo-se aos acontecimentos das últimas semanas como manifestações de fundo radical e subversivos.
“Mas a democracia prevalecerá. Precisamos acabar com essa guerra incivil. Cada um de nós tem um compromisso com os ideais de nossa história desde sua independência até hoje. Vamos cumprir nossa constituição e o destino dos EUA”, acrescentou.
Penso que a tese do nazista Goebbels era e continua sendo falsa através da história. Goebbels era um fanático dirigindo-se a outros fanáticos nazistas, tentando também fanatizar correntes políticas de modo geral.
SEM FUNDAMENTO – A frase que Goebbels proferiu como um tipo de orientação para impulsionar os desavisados não resiste à menor análise. Pode ser aplicada apenas a um grupo predisposto a torpedear a lógica e o próprio pensamento humano.
Conheci ao longo do tempo pessoas que agiam na esteira do extremismo da direita. Deve-se assinalar que a tentativa de fanatizar pertence também à extrema esquerda. Ocorre, entretanto, que o extremismo da esquerda desapareceu ao longo dos anos. Mas o extremismo da direita está perigosamente vivo e até o dia 20 teve Trump como seu maior líder e porta-voz.
Aliás, apenas porta-voz, não. Incitou a invasão do Capitólio, que foi manifestação direta de um fanatismo voltado para manchar o resultado das urnas de novembro.