Empossado pouco antes das 13h, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, editou 74 decretos e abriu duas frentes de investigação sobre a administração do antecessor, Marcelo Crivella, que está em prisão domiciliar desde o dia 24 de dezembro, sob suspeita de comandar um esquema de cobrança de propinas na prefeitura carioca. Paes determinou a criação de Comissões de Investigação Preliminar para apurar denúncias contra a gestão do ex-prefeito, que envolvem ainda o uso de servidores públicos para constranger o trabalho da imprensa.
Crivella é acusado de comandar um esquema batizado como “QG da Propina” e chegou a ser preso no último dia 22, antes da Justiça determinar a progressão de regime para domiciliar. A outra comissão instalada por Paes é referente aos “Guardiões do Crivella”, grupo de servidores públicos comissionados que ficavam na porta de hospitais para atrapalhar a apuração jornalística de denúncias na área de saúde.
São 44 decretos relacionados à Secretaria da Fazenda. Entre as medidas está a determinação para que todos os contratos da gestão anterior só sejam executados após a finalização de um processo de sindicância. A nova administração ainda suspendeu a realização de concursos públicos e analisa a possibilidade de uma reforma tributária e um pedido de recuperação fiscal. Paes retornou ao comando da prefeitura do Rio de Janeiro após vencer Crivella no segundo turno das eleições 2020.
Bahia Notícias