Vicente Limongi Netto
O “ruído” que o vice-presidente Hamilton Mourão usa para minimizar a queda de Bolsonaro nas pesquisas, sem dúvida, é causado pelo sentimento de indignação batendo forte nos corações da população. É o despertar da letargia dos brasileiros. É o desgoverno começando a cair.
E a justiça anda atrás do ministro fujão. A exemplo do chefe dele, não tem freios na língua. Terá que pagar pelas sandices e bravatas. Informações da Policia Federal, do Ministério Público, da Interpol, da CIA e do FBI dão conta que o roliço mago da logística escafedeu-se pelas barrancas do Amazonas, à procura de exílio na tribo mais próxima. Levando tubo de oxigênio e caixas de cloroquina. Deve virar sertanista. O uniforme de general mandará para o fraternal amigo, governador João Dória.
BAILE DAS ELEIÇÕES – Continua animado o baile das eleições na Câmara e no Senado, com manjadas promessas, lorotas, conversas fiadas, juras de amor, lero-leros e clichês surrados dos candidatos. O deputado Rodrigo Maia lidera o bloco dos independentes, carregando nas costas Baleia Rossi. Garantem que usam a fantasia por um Legislativo valorizado. Sem dobrar a espinha para o Palácio do Planalto.
O bloco adversário, liderado pelo deputado Arthur Lira, exibe a original fantasia de sabujos. Bordada com paetês, cristais, plumas, serpentinas e confetes, para agradar Bolsonaro. De camarote, o mito de barro garante cargos e emendas para quem for servil, bajulador e fiel aos cantos do Planalto.
MAIS FANTASIAS – No Senado, o Rei Momo Davi Alcolumbre escolheu Rodrigo Pacheco para porta-estandarte dos fantoches palacianos. Do outro lado, apresenta-se a senadora Simone Tebet. Desfila no sambódromo como mestra de bateria. Jurando que rufa tambores sem dobrar a espinha para Bolsonaro.
Nas arquibancadas virtuais, o povo, que sempre paga as contas, sem jamais ser ouvido nem cheirado, vaia a colossal pantomima.
OMISSÃO E SILÊNCIO – Encerro com uma reflexão do ex-ministro, ex-presidente nacional da OAB, ex-senador e ex-deputado, relator-geral da Constituinte, o íntegro Bernardo Cabral:
“Os que se utilizam do aval da omissão ou a cautela do silêncio, sentirão, um dia, que a omissão e o silêncio foram gestos de covardia. Que acabarão por levá-los ao cadafalso da opinião pública”.