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quarta-feira, maio 27, 2020

Bomba política explodiu nas Laranjeiras, mas os estilhaços voam entre o Rio e Brasília

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Witzel, do dígito solitário aos 3,1 milhões de votos

Briga entre Bolsonaro e Witzel virou uma guerra de extermínio

Pedro do Coutto

No alvorecer de terça-feira, uma bomba política de forte alcance explodiu no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel gerando diversas reações, como os jornais estão acentuando, entre o Palácio Guanabara e o Palácio do Planalto. Tudo começou com o desencadeamento de uma operação da Polícia Federal que chegou ao prédio em busca de informações contidas nos celulares do governador e sua esposa Helena, culminando com a apreensão dos aparelhos, para análise.  A crise, assim, explodiu e seus estilhaços estão voando no espaço entre o Rio de Janeiro e a capital do país.

O governador Witzel reagiu e disse que a responsabilidade é do presidente Bolsonaro, que ataca o Executivo fluminense por sua oposição às decisões de Brasília.

FLÁVIO NA BRIGA – O governador do RJ foi além, afirmou que quem deveria ser objeto de ação policial era o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República. Os jornais da manhã de hoje deram como era de prever grande destaque ao episódio. Em O Globo a reportagem é assinada por uma equipe: Chico Otávio, Luiz Ernesto Magalhães, Juliana Castro, Juliana Del Piva e Ludimila de Lima.

Não há dúvida que a crise que atinge o país apresenta uma tendência de evoluir ao longo do tempo, ou seja, nos próximos meses, em meio à pandemia que está produzindo uma tragédia nacional.

Além da área da saúde, estamos assistindo a uma crise de poder inclusive acentuada pela radicalização que está iluminando o palco de contradições acumuladas, cujos preceitos não possuem base na lógica dos fatos.

RADICALISMO EM ALTA – Mas quem pode falar em lógica no meio de ondas radicalistas? Só um ingênuo. O processo tende a se ampliar. Prova disso está na violência de apoiadores do governo contra os jornalistas da Folha de São Paulo, UOL e O Globo que anteontem, aguardavam Bolsonaro na saída do Alvorada para o contato com a mídia, uma prática que vinha adotando desde o início de seu governo.

Nesta segunda-feira, os repórteres dos dois jornais e da Rede Globo foram vítimas de ameaças, por pouco não culminando com agressões físicas cujo desfecho poderia se tornar num desastre humano, mas um na longa história da violência e do ódio represados que conduzem a intolerância. Os adeptos de tal comportamento, bem como seus autores, só conseguem enxergar elogios a seus líderes.

FANATISMO – Os fanáticos não desejam sequer a discussão democrática, esquecendo-se da histórica afirmação do filósofo Hegel: a lei é a conciliação dos contrários. Mas os donos do pensamento vinculado ao poder não querem saber nem de lei ou de conciliação, tampouco dos debates democráticos.

William Bonner é um exemplo. Depois de ver um de seus filhos ser atingido por uma falsificação do CPF, hoje a Rede Globo publica nos jornais que o apresentador do JN vem sendo alvo de campanha de intimidação a partir de mensagens ameaçadoras e dramáticas.

É sempre assim, mais uma vez a intolerância projeta-se no palco da informação e da opinião. Os radicais não querem liberdade de pensamento. Tratam a liberdade de opinião como algo que só pertence à ideologia que os inspira. É um desastre que se aproxima da opinião pública.

CONTRADIÇÃO – Enquanto isso o deputado Orlando Silva, relator da MP que prevê a redução da jornada de trabalho e dos salários, para mim de forma surpreendente, propõe a desoneração das empresas com os tributos que repousam na folha de pagamento. Acrescente-se: Orlando Silva é do PCdoB. Contradição total. Seu objetivo é o de reduzir a renda do trabalho e ao mesmo tempo, favorecer o lado do capital com base na promessa de que as empresas vão contratar trabalhadores reduzindo assim os índices altíssimos do desemprego.

O panorama desta-quarta feira pode ser desenhado dessa forma crítica para refletir a tempestade. Estamos na véspera de algo extremamente ameaçador.

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