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terça-feira, abril 30, 2019

“Brasil só observa”, afirma Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, sobre a crise na Venezuela

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Mais um dia de conflito na Venezuela, numa brigalhada sem fim
Alexandro MartelloG1 — Brasília
A Venezuela vive um dia tenso com confrontos nas ruas e indefinição sobre o futuro político e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta terça-feira (30) que o governo brasileiro não tomou, até o momento, nenhuma decisão sobre a crise no país vizinho. A Venezuela amanheceu hoje com a convocação do deputado Juan Guaidó para a população ir às ruas e “cessar a usurpação”, numa referência ao governo do presidente Nicolás Maduro. O oposicionista Guaidó também disse que conta com apoio de militares do país.
“O Brasil só observa e acolhe”, declarou o ministro ao chegar em um restaurante, em Brasília, para almoço com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
DISSE BOLSONARO – Nesta terça, após o início dos confrontos, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil “acompanha com bastante atenção” a situação na Venezuela. Ele também reafirmou apoio a Juan Guaidó.
O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, convocou a população às ruas e declarou ter apoio de militares para pôr fim ao que chama de “usurpação” na Venezuela.
Autoridades do governo falam em tentativa de golpe de estado e convocaram apoiadores a se manifestar a favor de Nicolás Maduro, que afirmou ter apoio de comandantes das Forças Armadas (leia mais ao final da reportagem). Houve disparo de bombas de gás nas ruas da capital, Caracas.
MADURO INSISTE – Já o presidente venezuelano Nicolás Maduro disse ter a lealdade de militares e convocou uma mobilização social. Em Caracas, manifestantes entram em confronto com as forças de segurança.
O presidente autoproclamado Juan Guaidó convoca população às ruas e diz ter apoio de militares, mas Maduro afirma que conversou com todos os comandantes das chamadas Redi (Regiões de Defesa Integral) e Zodi (Zona de Defesa Integral), que, segundo ele, manifestaram “total lealdade ao povo, à Constituição e à pátria”;
LIBERTAÇÃO – O líder da oposição Leopoldo López, que estava em prisão domiciliar após decisão sob o regime de Maduro, é liberado e vai às ruas ao lado de Guaidó. Mas o deputado Diosdado Cabello, que comanda a Assembleia Constituinte pró-Maduro, convoca apoiadores do governo a se dirigirem para o Palácio presidencial de Miraflores;
Policiais disparam bombas de gás contra manifestantes em Caracas. Segundo TV estatal, eles tentam dispersar “golpistas”.
E o ministro brasileiro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirma que o Brasil espera que militares venezuelanos apoiem a “transição democrática” no país vizinho, enquanto o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, diz que governo norte-americano “apoia plenamente o povo venezuelano em sua busca por liberdade e democracia”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
  – Como já era esperado, o chanceler informal Eduardo Bolsonaro, largou tudo em Brasília, viajou à pressas para Brasília, e já está na fronteira com a Venezuela. Isso significa que está tudo resolvido e o chanceler de fancaria Ernesto Araújo pode ficar tranquilo, está tudo dominado, mesmo. Ou não, como diria Caetano Veloso. (C.N.)

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