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terça-feira, janeiro 08, 2019

Matérias políticas e econômicas são inteiramente gratuitas; publicidade é outra coisa


Charge/tutorfreebr.blogspot.com
Charge do André Dahmer (O Gloobo)
Pedro do Coutto
Na manhã desta segunda-feira, ao dar posse aos novos presidentes do Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que daqui para frente todos os jornais e emissoras de televisão vão passar a receber verbas semelhantes, não havendo qualquer diferenciação por parte do governo, incluindo as empresas estatais. Assisti à solenidade pela Globonews, e me deu margem a colocar meu pensamento a respeito da informação do Presidente da República.
Aliás, sugiro a ele que explique melhor a diferença entre o noticiário político, econômico, administrativo e social, para evitar interpretações equivocadas a respeito do jornalismo.
GRANDE DIFERENÇA – Jornalista há mais de 60 anos, me sinto à vontade para opinar. Faço isso para que fique bem clara a divisão entre jornalismo e publicidade comercial ou institucional. Muitas pessoas acreditam que tudo o que sai nos jornais, revistas e através das emissoras de rádio e televisão, é pago como se fosse uma relação de trabalho ou, o que é mais grave, de cumplicidade.
Engano total, fazendo a ressalva de que a opinião pública muitas vezes se engana. Por isso, aproveito a oportunidade para que os leitores deste site observem bem a questão.
A publicidade comercial ou institucional é paga por anunciantes e pelo governo quando este desencadeia campanha para fortalecer as instituições, ou para avisar a população de algum programa coletivo. A diferença é que a publicidade comercial tem como objetivo ampliar seu mercado.
JORNALISMO – O mercado da informação é outro, é gratuito, e quando os jornais e emissoras de TV percebem que esse ou aquele profissional está usando a imprensa escrita, falada ou televisionada para situações pessoais, demite o profissional imediatamente. Demite também quando percebe que ele paralelamente encontra-se a serviço de uma agência de publicidade ou de uma agência de comunicação. O jornalista não tem o direito de usar como seu um sistema de comunicação que não lhe pertence. São várias as situações assim e o desfecho é sempre o mesmo.
Vale acentuar ainda um outro tipo de envolvimento. Empresas do governo contratam agências de comunicações e relações públicas para divulgar assuntos de seu interesse. Este aspecto contém uma carga venenosa. As agências terminam se limitando a projetar notícias nas redes da Internet. E quando prestam conta esquecem propositalmente a verdade.
APENAS REMESSA – As estatais e órgãos do governo terminam aceitando tal desempenho porque não cobram onde as notícias foram publicadas. Portanto, confundem remessa de noticiário com sua publicação nos jornais e nas emissoras de rádio e televisão.
Poderei voltar ao assunto em outro dia. Mas creio que este artigo seja suficiente.

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