Carlos Chagas
O espetáculo está planejado para ser de arromba, hoje, aqui em Brasília, para a apresentação do PAC II. Com direito à presença de Dilma Rousseff no picadeiro, como mestre de cerimônias, do presidente Lula no camarote principal, como financiador da companhia, montes de companheiros participando do elenco e até empresários na platéia.
Vai valer tudo, em matéria de contorcionismo e piruetas. Do anúncio do trem-bala à construção de milhões de casas populares, das redes de saneamento e distribuição de água no país inteiro até a implantação de novas rodovias. Gasodutos e oleodutos em profusão. Obras para ninguém botar defeito, que demandarão perto de um trilhão de reais para sair do papel, fazendo a felicidade das empreiteiras e a alegria do especuladores.
Tudo para alavancar ainda mais a candidatura Dilma, mesmo certamente gerando mais uma multa do Tribunal Superior Eleitoral contra o primeiro-companheiro.
Estaria tudo bem, ou mais ou menos, por conta da última pesquisa do Datafolha, não fosse a desconfiança de que o respeitável público comprou bilhetes fajutos para um espetáculo de mentirinha. Porque se o PAC I não se completou, esbarrando na frustração de menos da metade do prometido ter sido realizado, como apresentar o PAC II no circo das ilusões? Os trapezistas evitarão saltos mortais, os mágicos não vão tirar sequer coelhos virtuais da cartola, os palhaços encenarão diálogos sem graça e as feras, verificarão todos, serão de papel. Até a lona cobrindo as arquibancadas se romperá com a primeira chuva. Melhor seria terem terminado o espetáculo anterior antes de encenar o próximo.
Equações inconclusas
Algumas definições precisarão ser conhecidas hoje e amanhã, porque quarta-feira não dá mais. Fala-se dos ministros supostamente candidatos às eleições de outubro, que têm apenas a terça-feira como prazo fatal para decidir se saem ou se ficam. Claro que a maioria deles já decidiu: Helio Costa, Edison Lobão, Geddel Vieira Lima, José Pimentel, Reinhold Stephanes, Carlos Minc, sem faltar Dilma Rousseff, e outros, vão disputar governos estaduais, cadeiras no Congresso e até a presidência da República.
Número mais ou menos igual de ministros permanecerá, como Paulo Bernardo, Miguel Jorge, Luís Dulci, Celso Amorim, Carlos Lupi, Jorge Haje e mais alguns.
A dúvida, porém, ainda ontem pairava sobre alguns bissextos como Henrique Meirelles e Patrus Ananias. De um lado o presidente Lula gostaria que permanecessem, mas, de outro, poderá ter planos eleitorais para ambos. Sendo assim, não deverá interferir. Eles que decidam.
E quanto ao vice-presidente José Alencar? Trata-se de outra incógnita. Estaria tranquilamente eleito caso disputasse o governo de Minas ou uma cadeira no Senado, mas, para isso, precisaria desincompatibilizar-se. Seus problemas de saúde emocionam o país inteiro, só que agora nem os médicos serão capazes de ajudá-lo na decisão. Se fosse dado um palpite, seria de que não se afastará do palácio do Jaburu.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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