Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quinta-feira, agosto 31, 2006

Governo reage a ataques de Alckmin e Heloísa sobre crescimento "pífio" do PIB

Por: ANDREZA MATAIS
FELIPE NEVES
da Folha Online, em Brasília e SP



O principais adversários de Luiz Inácio Lula da Silva na corrida para o Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin (PSDB) e Heloísa Helena (PSOL), criticaram nesta quinta-feira o baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre, divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A candidata do PSOL disse que o resultado foi "pífio" e culpou a política econômica do governo do petista, que, segundo ele, sabota o desenvolvimento econômico do país.

"Infelizmente é um crescimento pífio, é o retrato da escolha da política econômica feita pelo governo", disse a candidata durante caminhada por Guarulhos (Grande São Paulo).

Alckmin, por sua vez, lembrou que "os países da América Latina, que estão aqui do lado, crescem mais de 6% ao ano".

"O que estamos vendo é que no projeto Lula não há crescimento", criticou o tucano, que fez campanha em Cuiabá (MT).

Outro membro da cúpula tucana, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que é candidato à reeleição, também criticou o resultado do PIB.

"Infelizmente, hoje nós temos uma política econômica tímida, que fez com que o Brasil crescesse na América do Sul apenas mais que o Equador. É um dado absolutamente lastimável, e ainda vejo quem comemore esses dados. Vi ontem, inclusive, o presidente numa entrevista dizendo que não se devia fazer comparações com outros países em desenvolvimento ou mesmo com países vizinhos, mas comparações com nós mesmos. É um equívoco, um equívoco de visão, é primário", disse.

O candidato do PSL à Presidência, Luciano Bivar, defendeu que é preciso fazer uma reforma no Estado para acelerar o crescimento. "O Brasil está preso a uma situação de crescimento inferior à média dos países em desenvolvimento. Esse ciclo só vai ser interrompido com uma reforma profunda no Estado".

A economia brasileira registrou uma expansão de 0,5% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses deste ano. Trata-se do pior desempenho desde o terceiro trimestre de 2005. O resultado fraco foi puxado pela indústria. No ano primeiro trimestre, o PIB teve avanço de 1,4%.

O ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) disse que as críticas fazem parte do jogo democrático. "É natural a oposição criticar. Faz parte do seu papel, da democracia."

No entanto, segundo ele, as críticas da oposição não mudam os índices de aprovação do governo Lula. "Mas não parece que [as críticas] está encontrando respaldo na população, pois pessoas estão consumindo mais, os salários aumentaram e os preços de itens de primeira necessidade caíram e economia popular vai bem."

Dulci aproveitou para criticar a política econômica da gestão Fernando Henrique Cardoso. "Para um país que saiu de uma situação em 2002 de gravíssima crise econômica e financeira, é sempre importante lembrar que Argentina quebrou e que o Brasil quase quebrou. Era necessário primeiro recuperar a estabilidade, criar condições para crescimento sustentado."

Segundo ele, o governo Lula conseguirá atingir a meta de crescer 4% neste ano. "Temos certeza que vamos crescer 4%. A meta pode ser cumprida sim. O último trimestre do ano sempre é mais forte por causa das vendas do comércio. Isso acontece [aquecimento] e podemos chegar aos 4%. A economia cresceu porque o governo criou condições. O país está crescendo de modo consistente. O mercado interno continua se expandindo, o que é muito bom."

Nenhum comentário:

Em destaque

Para rebater críticas, Pimenta diz que não é inimigo do governador Eduardo Leite

Publicado em 15 de maio de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Lula se livrou de Pimenta, que não ficará mais no Pl...

Mais visitadas