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segunda-feira, janeiro 31, 2022

O trabalho ingrato da imprensa




Por Mario Sabino (foto)

Uma reportagem do Estadão mostra como o trabalho da imprensa é ingrato no Brasil. O jornal fez um levantamento da ficha criminal de integrantes da cúpula do PL, de propriedade do ínclito Valdemar Costa Neto (foto), legenda na qual Jair Bolsonaro encontrou guarida para tentar uma reeleição cada vez mais distante, aparentemente.

O Estadão publica que, “ao escolher o PL para concorrer à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro se alia, nos estados, a dirigentes partidários que são réus em ações penais. Os processos variam de desvio de verbas em obras de rodovias a sequestro e cárcere privado. Entre os presidentes regionais de siglas que vão organizar o palanque de Bolsonaro Brasil afora há, ainda, um condenado por tortura e um deputado envolvido no mensalão, esquema operado pelo primeiro governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva“. E o jornal continua: “o histórico judicial dos presidentes estaduais do PL mostra que ao menos 18 dos 27 dirigentes foram ou ainda são alvo de algum tipo de investigação. Destes, quatro respondem a processos que se arrastam na Justiça e dois tentam reverter condenações”.

Para que servirá o levantamento do Estadão.? Para nada. As alianças e negociatas seguirão o seu curso, com o presidente da República dizendo-se a pessoa mais honesta do mundo, embora cercado por uma verdadeira camarilha. E não é que o quadro seja muito diferente em outros partidos, vamos ser justos. O trabalho da imprensa é ingrato como o de Sísifo: empurramos a pedra até o cume da montanha, mas ela sempre rola de volta para onde estava, para que os jornalistas recomecem tudo de novo no dia seguinte, numa tarefa sem fim.

Em outro exemplo de como as coisas não funcionam neste infausto país, a Crusoé noticiou que, sem investigar nada, o Ministério Público Federal arquivou a investigação sobre os empréstimos liberados pela Caixa a pedido de Michelle Bolsonaro. Foi a revista a revelar o tráfico de influência, que privilegiou amigos da primeira-dama durante o auge da pandemia, quando micro e pequenos empresários lutavam para sobreviver (ainda lutam) e precisavam de financiamento (ainda precisam). Adiantou algo? Não.

Os casos de impunidade e sem-vergonhice abundam.

A repórteres desanimados, digo que o nosso trabalho é apenas apurar e publicar. O que a sociedade fará com os crimes revelados pela imprensa é problema dela. Temos, portanto, que continuar a exercer a nossa função, sem esmorecer. Mas confesso que está cada vez difícil bancar, no meu papel de editor, o chefe imperturbável. Afinal de contas, pertencemos também a essa sociedade.

No julgamento do mensalão e durante a Lava Jato, o Brasil parecia ter tomado o rumo certo. O desmantelamento de quase tudo pelos tribunais superiores, com a ajuda de boa da imprensa (o que torna o contexto ainda mais frustrante), recolocou-nos no papel de Sísifo. Os que acusavam procuradores e juízes de “criminalizar a política” livraram criminosos para atuar na política. E, hoje, temos como favorito na próxima eleição presidencial o Luiz Inácio Lula da Silva citado lateralmente na reportagem do Estadão.

Vamos adiante, com a rapaziada apurando e publicando. A tarefa é ingrata, mas alguém precisa denunciar quem faz o serviço sujo, mesmo que isso dê em nada.

O Antagonista

Direita popular - Editorial




Calcada em um líder providencial, corrente populista não é fenômeno passageiro

A direita contemporânea se reconfigurou nas últimas décadas, no Brasil e em outras nações, tendo adquirido respaldo popular e competitividade eleitoral. Nada indica que seja um fenômeno passageiro.

O esquema clássico da política até a passagem desse furacão era a polarização entre, de um lado, a esquerda social-democrata, que enfatizava a intervenção do Estado para reduzir as desigualdades e, do outro, uma direita que priorizava a liberdade empresarial e o crescimento econômico.

Nos costumes, as posições conservadoras estavam alinhadas à direita, e as liberais, à esquerda. Em comum, esses dois campos observavam com respeito as chamadas regras do jogo —as mediações institucionais que legitimam, num Estado de Direito, os resultados da disputa política. Por isso resistiam relativamente bem aos líderes providenciais, vingadores da pátria.

A adesão cega e quase religiosa ao chefe carismático, algo que não prevalecia na política ocidental desde a derrota dos fascismos em meados do século 20, parece ter sido um dos elementos fundamentais na transfiguração da direita.

O amálgama de ideias tão chãs e incoerentes —como o terraplanismo, a rejeição à ciência e às vacinas, a xenofobia e as ridículas paranoias conspiratórias contra organizações públicas e empresariais— é claramente menos importante e estável do que o comando de obedecer ao condutor genial.

Era essa obediência mecânica que ensinava aos seus discípulos o ideólogo Olavo de Carvalho, , morto na segunda-feira (24), que se tornou guia espiritual de legiões de bolsonaristas extremados.

A metamorfose da direita —talvez porque tenha encontrado uma parcela da população mergulhada em inseguranças sobre o futuro— foi bem-sucedida ao firmar-se no tabuleiro político-eleitoral em vários países. Vê-se que a derrota eleitoral de Donald Trump não a liquidou nos EUA. Pelo contrário.

No Brasil, apesar de resultados catastróficos na pandemia e na economia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda conta com 22% de avaliação ótima ou boa, segundo o Datafolha, e mantém sua competitividade como principal adversário do líder Lula (PT) nas simulações para o pleito de outubro.

O instituto calcula em ao menos 10% o núcleo popular fidelíssimo ao atual mandatário, o equivalente a 17 milhões de brasileiros. Não será surpresa se a bancada da direita populista leal a Bolsonaro no Congresso expandir-se com a eleição.

Portanto, a despeito do resultado da disputa pelo Planalto, é provável que as instituições da democracia tenham de continuar lidando nos próximos anos com forças que não se importariam em destruí-la para satisfazer ao chefe.

Folha de São Paulo

Europa "está a viver o momento mais perigoso desde a Guerra Fria", diz Borrell

 




Josep Borrell, alto representante da União Europeia para a Política Externa

O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, defendeu este domingo que a Europa "está a viver o momento mais perigoso desde a Guerra Fria", devido à crise com a Rússia por causa da Ucrânia.

"A Rússia está a fazer uma guerra de nervos, por isso temos de ser firmes", disse Borrell num artigo publicado no seu blogue 'Uma janela sobre o mundo' e citado pela agência espanhola de notícias, a Efe, no qual afirma: "Estamos a viver hoje o momento mais perigoso desde o período posterior à Guerra Fria".

Apesar do perigo, Borrell defendeu que é preciso seguir a recomendação do presidente da Ucrânia e evitar o pânico, e escreveu que é por isso que a União Europeia decidiu manter a presença diplomática em Kiev.

Com o aumento das tensões nas fronteiras orientais da União Europeia, a "unidade" é a "força" dos 27, disse o chefe da diplomacia europeia, que defende a manutenção das "vias gémeas da diplomacia e dissuasão" para abrandar o conflito "utilizando todos os caminhos possíveis", e ao mesmo tempo manter o apoio à Ucrânia.

Neste contexto, o político espanhol criticou a decisão das autoridades russas, anunciadas na semana passada, de proibir a entrada na Rússia de "um número desconhecido de representantes dos Estados membros e instituições da UE".

Esta decisão, acrescentou, "carece de toda a justificação legal e transparência e terá uma resposta adequada", avisou o diplomata, acrescentando que situações destas mostram que a Rússia "continua a alimentar um clima de tensão com a Europa, em vez de contribuir para acalmar a situação".

O artigo de Borrell surge no mesmo dia em que, em entrevista à CNN, senadores republicanos e democratas afirmaram que o projeto de lei com sanções à Rússia está perto de ser acordado entre os dois blocos políticos norte-americanos.

A tensão entre a Rússia e os EUA aumentou depois da mobilização de 100 mil militares russos para a fronteira com a Ucrânia, que suscitou receios de um possível ataque ao território ucraniano, algo que Moscovo nega, mas que Washington considera iminente.

A Ucrânia está envolvida numa guerra com separatistas pró-russos na região industrial do Donbass, no Leste do país, desde 2014, que diz ser fomentada e apoiada militarmente por Moscovo. Na sequência do conflito, Rússia, Ucrânia, Alemanha e França criaram uma plataforma de diálogo conhecida por Formato Normandia, mas os líderes dos quatro países não se reúnem desde 2019.

Conselheiros políticos dos quatros líderes reuniram-se na quarta-feira, em Paris, e marcaram um próximo encontro para fevereiro, em Berlim, mas não discutiram a realização de uma nova cimeira, que tem sido sugerida pelo Presidente da Ucrânia.

Jornal de Notícias (PT)

Europa "está a viver o momento mais perigoso desde a Guerra Fria", diz Borrell

 




Josep Borrell, alto representante da União Europeia para a Política Externa

O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, defendeu este domingo que a Europa "está a viver o momento mais perigoso desde a Guerra Fria", devido à crise com a Rússia por causa da Ucrânia.

"A Rússia está a fazer uma guerra de nervos, por isso temos de ser firmes", disse Borrell num artigo publicado no seu blogue 'Uma janela sobre o mundo' e citado pela agência espanhola de notícias, a Efe, no qual afirma: "Estamos a viver hoje o momento mais perigoso desde o período posterior à Guerra Fria".

Apesar do perigo, Borrell defendeu que é preciso seguir a recomendação do presidente da Ucrânia e evitar o pânico, e escreveu que é por isso que a União Europeia decidiu manter a presença diplomática em Kiev.

Com o aumento das tensões nas fronteiras orientais da União Europeia, a "unidade" é a "força" dos 27, disse o chefe da diplomacia europeia, que defende a manutenção das "vias gémeas da diplomacia e dissuasão" para abrandar o conflito "utilizando todos os caminhos possíveis", e ao mesmo tempo manter o apoio à Ucrânia.

Neste contexto, o político espanhol criticou a decisão das autoridades russas, anunciadas na semana passada, de proibir a entrada na Rússia de "um número desconhecido de representantes dos Estados membros e instituições da UE".

Esta decisão, acrescentou, "carece de toda a justificação legal e transparência e terá uma resposta adequada", avisou o diplomata, acrescentando que situações destas mostram que a Rússia "continua a alimentar um clima de tensão com a Europa, em vez de contribuir para acalmar a situação".

O artigo de Borrell surge no mesmo dia em que, em entrevista à CNN, senadores republicanos e democratas afirmaram que o projeto de lei com sanções à Rússia está perto de ser acordado entre os dois blocos políticos norte-americanos.

A tensão entre a Rússia e os EUA aumentou depois da mobilização de 100 mil militares russos para a fronteira com a Ucrânia, que suscitou receios de um possível ataque ao território ucraniano, algo que Moscovo nega, mas que Washington considera iminente.

A Ucrânia está envolvida numa guerra com separatistas pró-russos na região industrial do Donbass, no Leste do país, desde 2014, que diz ser fomentada e apoiada militarmente por Moscovo. Na sequência do conflito, Rússia, Ucrânia, Alemanha e França criaram uma plataforma de diálogo conhecida por Formato Normandia, mas os líderes dos quatro países não se reúnem desde 2019.

Conselheiros políticos dos quatros líderes reuniram-se na quarta-feira, em Paris, e marcaram um próximo encontro para fevereiro, em Berlim, mas não discutiram a realização de uma nova cimeira, que tem sido sugerida pelo Presidente da Ucrânia.

Jornal de Notícias (PT)

Lula esquece, o País lembra - Editorial




O governo de Dilma Rousseff foi a gestão dos sonhos dos petistas, com a aplicação de teorias equivocadas que o PT sempre defendeu. É isso o que Lula deseja esconder

A história do PT produziu muitos fatos que jogam contra o partido e seus candidatos. Em toda eleição, há muita coisa a esconder e a tergiversar. Mas seria empequenecer a trajetória petista pensar que, na categoria de temas a serem evitados, estariam “apenas” os escândalos de corrupção do mensalão e do petrolão. Há também aparelhamento do Estado, apoio entusiasmado a ditaduras e governos que violam direitos humanos, tolerância a corporativismos e privilégios, confusão entre o público e o privado, sabotagem de políticas públicas responsáveis (apenas porque outros as propuseram), negligência com malfeitos internos do partido, campanhas de difamação contra adversários políticos, abundante difusão de desinformação e várias outras práticas que contrariam o discurso original da legenda em defesa da ética e da renovação da política.

Trata-se de um longo passivo, que não surgiu agora e não está apenas relacionado à Lava Jato. Mas há um item, em toda essa longa lista, que se sobressai. É um assunto que Luiz Inácio Lula da Silva tem especial dificuldade de lidar. O líder petista pode até falar do apartamento triplex no Guarujá ou do sítio de Atibaia – temas naturalmente desconfortáveis, que escancararam ao País o modo como o ex-sindicalista, que sempre bradou contra os patrões, lida de fato com os empreiteiros camaradas –, mas não faz ideia de como abordar este assunto: Dilma Rousseff e seu trevoso governo.

É um tema difícil, tanto pela evidência do desastre que foi o período de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto como pela responsabilidade direta de Lula no caso. O líder petista decidiu que Dilma Rousseff seria a candidata do PT à Presidência da República em 2010. Afinal, esta é a divisão de tarefas na legenda que se diz democrática: Lula decide, os outros obedecem. Segundo palavras do próprio Lula, a relação entre os dois é de criador e criatura.

O líder petista pode não ter nenhum interesse em lembrar, mas ainda estão frescos na memória do País os resultados produzidos pela criatura lulista: recessão econômica, crise social, inflação, desemprego, desorganização da economia, manipulação de preços e irresponsabilidade fiscal, que incluiu, entre outras manobras, as famosas “pedaladas”. Tudo isso não se deu ao acaso. Foi obra do voluntarismo de Dilma Rousseff, mas foi muito mais do que simples equívoco individual. Sem nenhum exagero, o governo de Dilma foi a gestão dos sonhos dos petistas, com a aplicação – sem freios, sem limites e sem diálogo – de todas as teorias, ultrapassadas e equivocadas, que o PT sempre defendeu e, pasmem, ainda defende.

O resultado ficou evidente para o País. Tão presente nas eleições de 2018, o sentimento antipetista não foi mera consequência de decisões da Justiça Federal de Curitiba. O problema foi muito mais profundo. Com Dilma Rousseff, a população experimentou o que é um governo com o PT pondo em prática suas teses e ideias. Pouquíssima gente quer isso de volta e, por saber bem a dimensão dessa rejeição, Lula deseja de todas as formas esconder Dilma Rousseff e seu governo.

A quem queira diminuir ou relativizar a ojeriza do eleitorado com a gestão de Dilma no Palácio do Planalto, basta lembrar o resultado das eleições de 2018 para o Senado em Minas Gerais. Mesmo com toda a militância do PT dizendo que Dilma Rousseff tinha sofrido um golpe – assim os petistas qualificam atos constitucionais do Congresso, quando não lhes agradam – e com a legenda investindo muitos recursos financeiros na campanha, a ex-presidente obteve dos mineiros um humilhante quarto lugar. Portanto, Dilma é um óbvio fardo eleitoral, mesmo para um veterano prestidigitador como Lula.

Questionado nessa semana sobre o papel de Dilma em um eventual novo governo do PT, Lula não teve dó de sua criatura, atribuindo-lhe a mais cabal irrelevância. “O tempo passou. Tem muita gente nova no pedaço”, disse, em entrevista à Rádio CBN Vale. Se o tempo passou para Dilma, passou também para Lula. O País precisa de gente com outra estatura moral, que não tenha de esconder seu passado nem suas criaturas.

O Estado de São Paulo

Otan não enviará tropas à Ucrânia em caso de ataque russo

 




Secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, disse que a possibilidade de destacar soldados para o território ucraniano está fora de questão. No entanto, Otan afirma que ajudará o país de outras formas.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, descartou neste domingo (30/01) a possibilidade de a Aliança Atlântica enviar tropas de combate para a Ucrânia caso a Rússia ataque o país.  

"Há uma diferença entre ser um membro da Otan e ser um parceiro forte e altamente valorizado [como a Ucrânia]. Não há dúvida sobre isso", disse ele em entrevista à BBC.

Segundo Stoltenberg, pela Ucrânia não fazer parte da Otan, não se aplica a Kiev a "garantia de segurança de 100% de que um ataque a um aliado gerará uma resposta" de toda a Aliança.

No entanto, ele reforçou que isso não significa que a Otan não apoiará a Ucrânia.

"Estamos nos concentrando em oferecer apoio à Ucrânia, ajudando-a a exercer o seu direito de autodefesa. Ao mesmo tempo, estamos enviando uma mensagem à Rússia de que imporemos sanções severas se, mais uma vez, usarem a força contra a Ucrânia", destacou Stoltenberg, que defende uma solução diplomática para as tensões. 

Na sexta-feira, os Estados Unidos se comprometeram a enviar tropas a países aliados do Leste Europeu,mas não à Ucrânia. 

Reino Unido oferecerá reforço à Otan

O Reino Unido anunciou no sábado que se oferecerá à Otan nesta semana para contribuir com um "grande esquema militar" para "fortalecer as fronteiras da Europa" diante da "hostilidade" da Rússia.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apresentará "a maior oferta possível" para acrescentar caças, navios de guerra e "especialistas militares" do Exército britânico às operações da Aliança Atlântica, detalhou um comunicado de Downing Street.

"Ordenei que as nossas Forças Armadas que se preparem para se deslocar para a Europa na próxima semana, para garantir que estamos prontos para apoiar os nossos aliados da Otan por terra, mar e ar", disse Johnson.

Representantes do governo britânico viajarão a Bruxelas nos próximos dias para finalizar com os parceiros da Otan os detalhes do "possível destacamento" de tropas, disse Downing Street, enquanto o gabinete discutirá as "opções militares" nesta segunda-feira.

Johnson argumentou que, se o presidente russo, Vladimir Putin, "escolher um caminho de derramamento de sangue e destruição, será uma tragédia para a Europa". Mas "a Ucrânia deve ser livre para decidir o seu futuro", ponderou.

"Mensagem clara" à Rússia

Os planos de Londres incluem a duplicação do número de tropas atualmente mantidas na região e o envio de mais "armamento defensivo" para a Ucrânia.

O Reino Unido tem atualmente mais de 900 militares na Estônia, mais de 100 na Ucrânia e 150 na Polônia. Os novos recursos deverão servir para "reforçar as defesas da Otan" e "sustentar o apoio aos parceiros nórdicos e bálticos", descreveu o governo.

"Este pacote enviará uma mensagem clara ao Kremlin: não toleraremos as atividades desestabilizadoras e estaremos sempre ao lado dos nossos aliados da Otan para enfrentar a hostilidade da Rússia", acrescentou o premiê.

Johnson planeja conversar com Putin por telefone nos próximos dias e fazer uma visita à região, cujos detalhes ainda não foram anunciados.

Rússia nega ataque

O secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, reafirmou  neste domingo que a Rússia não quer uma guerra com a Ucrânia e sublinhou que Moscou não está ameaçando o país vizinho.

"Não queremos guerra, não precisamos disso", disse Patrushev.

As autoridades de Kiev e o Ocidente acusam a Rússia de ter concentrado cerca de 100.000 soldados na sua fronteira com a Ucrânia com a intenção de invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia. 

A Ucrânia também está envolvida numa guerra com separatistas pró-russos na região industrial do Donbass, no leste do país, desde 2014, que diz ser fomentada e apoiada militarmente por Moscou e que provocou cerca de 14 mil mortos, segundo a ONU.

Deutsche Welle

Os reais interesses sobre a Amazônia




O interesse maior de grandes potências parece ser o de bloquear o crescimento do agronegócio brasileiro. 

Por Ives Gandra da Silva Martins*

Em 1991, Roberto Campos e eu participamos de um seminário da Fundação Konrad Adenauer, em Bonn, na Alemanha, em que debatemos com dois professores da instituição, entre outros temas econômicos, aquele por eles apresentado da internacionalização da Amazônia. Defendiam que a Amazônia, por ser um patrimônio universal, deveria ficar sob a supervisão das nações, e não do Brasil. À evidência, Roberto, mais diplomático e eu, mais contundente, rebatemos as propostas dos mestres germânicos. Cheguei a ironizar, dizendo: os senhores, que destruíram as próprias florestas, durante séculos, querem agora, em vez de reflorestarem a Europa, para manter seu conforto, que o garantamos, pelo Brasil, sacrificando parcela considerável de nosso território e o entregando aos dirigentes dos países desenvolvidos? Deveremos sim, preservar a Floresta Amazônica, mas, como nação soberana, vendendo, em eventual mercado de preservação – hoje de carbono –, o custo da manutenção em valores condizentes, a serem suportados pelos países desenvolvidos, isto porque a floresta a ser preservada corresponde ao tamanho de parcela considerável da Europa.

Por outro lado, nas diversas sustentações orais que fiz na Suprema Corte pelo governo do Amazonas, em ações diretas de inconstitucionalidade contra leis que pretendiam reduzir incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, mostrei como o Decreto-lei 288/67, permitiu povoar a região, tornando-a um polo de desenvolvimento. Afastou-se, assim, temporariamente, os olhos gordos de outras nações para as regiões amazônicas.

Manaus, que era uma pequena cidade nos idos de 60, hoje congrega população de 2 milhões e 700 mil habitantes, o que a torna não apenas uma fornecedora de artigos folclóricos regionais, mas uma avançada cidade industrial.

Lembro-me, numa das sustentações orais que fiz em processo relatado pelo ministro Marco Aurélio de Mello, ainda no governo Fernando Henrique, que foi exibida declaração do então chefe das Forças Armadas americanas dizendo que os Estados Unidos deveriam estar preparados para intervir na Amazônia, quando se fizesse necessário.

Não quero tratar neste artigo da questão indígena, sobre a qual escrevi nas páginas deste jornal no século passado, porque o que me preocupa no momento, e já alertava à época, é que, a título de defesa do meio ambiente, outros interesses levem a esta campanha, principalmente em relação ao agronegócio, já que a França, que começa a perder a batalha de seus mercados cativos na União Europeia e nos países de sua colonização, em face da evolução da agropecuária brasileira, lidera um movimento contra o Brasil, pretendendo que não se compre produtos naturais do País, sob as alegações de que não é capaz de preservar sua floresta e que está – o que não é verdade – desflorestando para o agronegócio.

Os incêndios, embora aconteçam em todos os países no período da seca, como nos Estados Unidos, Austrália, Portugal e na própria França e sejam mais fáceis de combater, só são lembrados quando ocorrem no Brasil, onde a vigilância, por melhor que seja, é sempre muitíssimo mais difícil de se fazer e os custos para combatê-los são exorbitantes. Esta é a razão pela qual deveria exigir-se, na preservação, pagamento elevado das nações desenvolvidas para cobrir tais custos, mas com pleno exercício da soberania pelo Brasil.

Neste sentido, com Samuel Hannan, ex-vice-governador do Amazonas, escrevi artigo para jornal desta capital, mostrando a necessidade de explorarmos mais tais mercados (Floresta em pé, solução para o Brasil em um novo perfil jurídico, publicado no site do Conjur e no Portal do Holanda, em novembro de 2021).

Em outras palavras, parece-me que o interesse maior de outros países é bloquear o crescimento do agronegócio brasileiro. De rigor, a perda de competitividade destas nações está levando a uma campanha de apelo emocional de caráter ambiental para eliminar o concorrente que se tornou das maiores potências, na área. É de lembrar que o saldo da balança comercial do Brasil, graças ao agronegócio, foi o maior da história, em 2021, ou seja, de US$ 69 bilhões.

Em fins de 1999, participei de seminário na Universidade de Coimbra, em que criticava o denominado “direito de ingerência” que as nações desenvolvidas se auto-outorgam, sob o rótulo de preservação da ordem mundial. É que sempre que seus interesses são afetados, a história tem demonstrado que se utilizam deste argumento supremo para imposição de sua supremacia. Os professores portugueses, que comigo debatiam, todos sem exceção, concordaram com a crítica.

Ora, o tema Amazônia deve passar a ser de segurança nacional, pois a internacionalização de seu debate torna os meus receios expostos, em sustentações perante o Supremo Tribunal Federal, uma realidade, como demonstrou o jornal O Estado de S. Paulo, na edição de 4/1/2022, em reportagem precisa e preocupante sobre como as grandes potências principiam a encarar a questão amazônica.


*PRESIDENTE DO CONSELHO SUPERIOR DE DIREITO DA FECOMERCIO-SP, É PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE MACKENZIE E DAS ESCOLAS DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO (ECEME) E SUPERIOR DE GUERRA (ESG)

O Estado de São Paulo

Por que Putin não foi dissuadido de invadir a Ucrânia




Apesar das ameaças dos EUA, Putin segue apenas seus próprios interesses

Por Victor David Hanson, historiador - The Daily Signal

Os americanos querem que uma Ucrânia autônoma sobreviva. Eles esperam que o Ocidente impeça o estrangulamento da Ucrânia e da OTAN pelo presidente russo Vladimir Putin.

No entanto, os Estados Unidos não querem que suas tropas se aventurem pelo mundo até o quintal da Europa para combater a Rússia nuclear e garantir que a Ucrânia permaneça independente.

A maioria dos americanos se opõe à noção de que a Rússia pode simplesmente ditar o futuro da Ucrânia.

No entanto, eles também aceitam com relutância que a Ucrânia foi, muitas vezes, parte da Rússia historicamente. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi o cenário sangrento do sacrifício simultâneo de russos e ucranianos - mais de 5 milhões de mortos - para derrotar a invasão alemã nazista.

Os americanos apoiam publicamente a OTAN.

No entanto, a maioria teme que a OTAN tenha se tornado diplomaticamente impotente e uma ilusão militar, uma Liga das Nações moderna.

Os membros da OTAN têm um produto interno bruto coletivo sete vezes maior que o da Rússia. Sua população agregada é de 1 bilhão. No entanto, a maioria não gastará o suficiente em defesa para deter seus inimigos mais fracos.

O segundo maior membro da OTAN, a Turquia, está mais próximo da Rússia do que dos Estados Unidos. Seu povo vota contra os americanos.

A Alemanha é o membro europeu mais rico da OTAN e o poder por trás da União Europeia. No entanto, a Alemanha em breve dependerá da importação de gás natural russo para suprir grande parte de suas necessidades energéticas.

Em uma recente pesquisa do Pew Research Center, 70% dos alemães expressaram o desejo de mais cooperação com a Rússia. A maioria dos americanos pensa exatamente o oposto.

Pior, 60% dos alemães se opõem a ir ao socorro de qualquer país da OTAN em tempos de guerra. Mais de 70% dos alemães classificam seu relacionamento com os Estados Unidos como “ruim”.

Podemos traduzir todos esses resultados perturbadores da seguinte maneira: o povo alemão e turco gosta ou confia mais na Rússia do que em seu próprio padrinho na OTAN, os Estados Unidos.

Eles não apoiariam a participação em qualquer esforço militar conjunto da OTAN nem mesmo contra uma Rússia invasora – mesmo, ou especialmente, se liderada pelos impopulares Estados Unidos.

Então, suponha que os dois membros-chave da OTAN sejam indiferentes ao destino da vizinha Ucrânia ou simpatizem com as queixas declaradas da Rússia – ou ambos.

De fato, a maioria dos americanos teme que, se a Ucrânia se tornar membro da OTAN, Putin possa estar ainda mais ansioso para testar sua soberania.

Putin assume que nem todos os membros da OTAN interviriam para ajudar uma Ucrânia atacada, conforme exigido por suas obrigações de defesa mútua nos termos do Artigo 5.

Se não o fizessem, Putin poderia absorver a Ucrânia e desfazer a aliança da OTAN de uma só vez.

Há mais complicações na bagunça ucraniana.

O presidente Joe Biden, em declarações malucas, confirmou a aposta de Putin de que os Estados Unidos estão atualmente divididos, confusos, enfraquecidos e mal liderados

Putin sabe que o secretário de Defesa e presidente do Estado-Maior Conjunto parecem mais preocupados com o “privilégio branco” e as mudanças climáticas do que com o aumento da prontidão militar para deter inimigos como ele.

Putin vê nas pesquisas que apenas 45% dos americanos confiam em seus novos militares politizados.

A fuga do Afeganistão, Putin ainda conjectura, tornou os Estados Unidos menos temidos pelos inimigos e menos confiáveis pelos aliados.

A política americana anterior fracassada de “reinicialização” russa, o apaziguamento das agressões de Putin durante os anos de Obama, juntamente com a farsa inventada de “conluio russo”, todos encorajaram – e irritaram – Putin.

Ele sabe que Donald Trump deixou o cargo impopular. Então, ele supõe que com a saída de Trump, a dissuasão americana contra a Rússia também tenha desaparecido.

A agenda agora rejeitada de Trump era aumentar as defesas americanas e da OTAN e bombear petróleo e gás para derrubar o preço global da principal fonte de divisas da Rússia.

Putin já ficou furioso por Trump ter deixado unilateralmente um acordo assimétrico de mísseis EUA-Rússia. Trump ordenou o uso de força letal contra um grande número de mercenários russos que atacaram uma instalação dos EUA na Síria. Ele vendeu armas ofensivas para a Ucrânia. Ele agiu à força ao eliminar inimigos terroristas como o general iraniano Qassem Soleimani, o islamista Abu al-Baghdadi e o próprio ISIS.

Com a morte do inimigo de Putin, Trump, a Rússia assume que os anos de apaziguamento do governo Obama-Biden estão de volta. Como em 2014, mais uma vez Putin está se movendo contra seus vizinhos.

Finalmente, há o infeliz papel de recentes funcionários do governo ucraniano. Alguns estavam profundamente envolvidos em dar luz verde à fraude e especulação da família Biden para garantir ajuda externa americana maciça.

Alguns expatriados ucranianos e atuais membros do governo trabalharam com a esquerda americana para garantir o primeiro impeachment de Trump.

Agora, os ucranianos estão exasperados porque suas intromissões anteriores na política doméstica americana saíram pela culatra com a desastrosa presidência de Biden – e sua aparente aceitação de fato de uma inevitável anexação russa.

Onde toda essa bagunça deixa os Estados Unidos?

Em apuros.

Putin está minando uma nação soberana, rachando a OTAN e, se for bem-sucedido, pode continuar o modelo de compressão lenta da Ucrânia nos Estados Bálticos e em outros lugares.

Enquanto isso, a China sorri, esperando que o plano da Ucrânia possa ser usado contra Taiwan.

Americanos exasperados temem que Putin não seja dissuadido nem por sanções, nem por vendas de armas, mas segue apenas seu próprio senso de interesse e a relação custo-benefício.

Gazeta do Povo (PR)

Entidades vão à justiça contra falta de transparência em recursos do Fundeb na Bahia

Entidades vão à justiça contra falta de transparência em recursos do Fundeb na Bahia
Foto: Mateus Pereira / GOVBA

Com o objetivo de defender direitos dos servidores públicos da área da educação, a Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (Aceb), a Associação dos  Funcionários Públicos do Estado da Bahia (AFPEB) e a Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab) ingressaram com uma ação judicial para compelir o Estado da Bahia e os Municípios baianos a confeccionarem a devida prestação de contas sobre o uso dos valores recebidos através do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

 

O principal questionamento das entidades diz respeito à aplicação do percentual de 70% reservado por lei aos servidores do magistério em atividade. A categoria acredita na existência de valores remanescentes que, se confirmados, deverão ser rateados entre os professores.

 

A legislação regulamentadora do Funceb (Lei nº 14.113/2020) dispõe que proporção não inferior a 70% dos recursos anuais totais seja destinada ao pagamento, em cada rede de ensino, da remuneração dos profissionais da educação básica em efetivo exercício.

 

Contudo, segundo a presidente da Aceb, Marinalva Nunes, o Estado da Bahia não tem sido transparente quanto à destinação dos valores recebidos através do Fundo. “Mesmo após ofícios e reuniões com entidades classistas, o Estado se recusa a discriminar a alocação dos recursos que, em 2021, superaram R$ 4 bilhões”, declarou.

 

De acordo com o Manual do Fundeb, os recebimentos e aplicações dos recursos do Fundo devem ser discriminados nos sítios da internet mencionados e sua publicação será de responsabilidade do Poder Executivo de cada ente federativo, sendo "obrigatório o registro detalhado das transferências de recursos disponibilizados pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal".

 

Embora o Estado alegue que gastou mais do que o percentual vinculado de 70% com os profissionais em exercício, estudos realizados pela assessoria jurídica das entidades revelam que a aplicação dos valores vem ocorrendo abaixo do limite mínimo exigido em lei.

 

Diante disso, uma Ação de Produção Probatória proposta através do Escritório Falcão Rios que tramita na 5ª Vara da Fazenda Pública tenta dar transparência ao uso dos valores recebidos através do Fundeb, impondo ao Estado da Bahia a obrigação de discriminar sua destinação.

 

Segundo o assessor jurídico da Aceb, Jorge Falcão, os dados de todos os municípios baianos também serão vindicados, inclusive junto à União dos Municípios da Bahia (UPB). “Caso haja algum valor remanescente, o gestor público deverá realizar um  rateio entre os servidores habilitados, através de abono residual em folha específica. Assim, se comprovado o desrespeito ao limite mínimo exigido, as entidades ingressarão com Ação Civil Pública contra o Estado da Bahia e/ou contra o Município que não estiver cumprindo a lei, para que o direito dos servidores seja respeitado”, concluiu o advogado.

Bahia Noticias

Ao menos 27 universidades federais exigirão comprovante de vacinação contra a Covid-19

Ao menos 27 universidades federais exigirão comprovante de vacinação contra a Covid-19
Foto: Reprodução / UFBA

Pelo menos 27 universidades federais vão exigir comprovante de vacinação contra a Covid-19 no retorno presencial de alunos, professores e servidores. O levantamento foi feito pelo portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. 

 

Em contato com todas as universidades brasileiras, a reportagem mostrou que 27 já decidiram cobrar a comprovação, quatro não vão exigir e 34 ainda não decidiram ou não retornaram o contato. 

 

Na Bahia, a UFRB (Universidade Federal Do Recôncavo Da Bahia) foi a única a afirmar a necessidade de comprovante vacinal. A UFBA (Universidade Federal Da Bahia) não se manifestou, a UFSB (Universidade Federal Do Sul Da Bahia) disse que ainda não decidiu e a UFOB (Universidade Federal Do Oeste Da Bahia) informou que não vai exigir o comprovante. 

 

Mesmo sem ter respondido a reportagem, a UFBA lançou no início deste mês um formulário para comprovação do esquema vacinal da comunidade universitária. 

 

No fim de dezembro, um despacho do Ministério da Educação (MEC) definiu que as instituições federais de ensino não poderiam cobrar a comprovação. Segundo o documento assinado pelo ministro Milton Ribeiro, a exigência só poderia ser estabelecida por meio de lei federal.

 

A determinação, porém, foi suspensa por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro considerou que “as instituições de ensino têm autoridade para exercer sua autonomia universitária e podem legitimamente exigir a comprovação de vacinação”.

 

Veja a lista completa de universidades que confirmaram à reportagem a necessidade do passaporte vacinal:

 

UnB – UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

UFG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

UFGD – UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

UFGD – UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

UFOPA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ

UFRR – UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

UFPR – UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

UNILA – UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

FURG – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

UFPel – UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

UNIPAMPA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

UFRB – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

UFCA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI

UFPE – UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

UFRN – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

UFS – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

UNIVASF – UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

UFOP – UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

UFSJ – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI

UFU – UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

UFV – UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

UNIFAL-MG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

CEFET-RJ – CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

UFRJ – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

UFRRJ – UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

UFABC – UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

UFSCar – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

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