
Charge do Baggi (Jornal de Brasília)
Tales Faria
do UOL
Após período de turbulência nos bastidores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está tentando convencer o seu partido a apoiar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para evitar que o governo afunde junto com ele, apurou o colunista Tales Faria para o UOL News, do Canal UOL.
A direção do PT se convenceu de que precisa levantar Haddad. O fracasso do ministro seria o fracasso do governo. Lula também está convencendo o partido de que Edinho deve ser o presidente da sigla. Com apoio de [José] Dirceu e, agora, até da ministra Gleisi [Hoffmann].
MISSÃO ESPINHOSA – Considerado uma das principais peças do governo Lula, Haddad tem trabalhado em medidas para equilibrar as contas públicas e estimular o crescimento econômico. Algumas dessas medidas têm desagradado integrantes da cúpula do PT. Lula entrou em cena para apaziguar a relação entre ambos.
Nesta quinta-feira, Haddad participou de uma reunião da Executiva Nacional da sigla para tratar de dois temas caros ao governo: o consignado privado e o projeto de ampliação da isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000.
Ele foi aplaudido pelos membros da cúpula petista, mostrando o momento favorável na relação com o partido, após períodos de turbulência em que foi cobrado por promover um “austericídio”.
IMPOPULARIDADE – Apesar do bom momento da economia brasileira, com desempenho favorável do PIB (Produto Interno Bruto) e o baixo índice de desemprego, a alta de preços dos alimentos tem atrapalhado a popularidade de Lula, segundo pesquisa divulgada pela Quaest, no fim de janeiro.
Oito em cada dez entrevistados na pesquisa disseram ter percebido aumentos de valores nos supermercados neste último mês.
A respeito, o presidente Lula disse atuar ao lado de outros ministros, como Haddad, para solucionar o preço dos alimentos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A meu ver, Lula e o PT já afundaram pelo cansaço. Lula é repetitivo, está se tornando insuportável. Se já tivesse passado o bastão a Haddad, as coisas estariam melhor, mas os autocandidatos Gleisi Hoffmann e Rui Costa não permitem que Haddad seja o sucessor de Lula. E assim o partido caminha para um final triste. (C.N.)