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quarta-feira, dezembro 04, 2024

General da boca suja não fará delação, segundo o novo advogado


ÁUDIO VÍDEO: “Presidente tem que decidir e assinar esta merda”, disse  general. Ouça - NOVIDADES MT

Fernandes, o general golpista, parece que não bate bem…

Jussara Soares
da CNN

A nova defesa do general Mario Fernandes negou que o militar, indiciado por suposta participação em um plano golpista, esteja avaliando fazer uma delação premiada. Em conversa com a CNN nesta quarta-feira (4), o advogado Marcus Vinícius Figueiredo, que assumiu a defesa do general na semana passada, afirmou que ainda estuda os detalhes do processo.

Porém, ele adiantou que o documento apontado pela investigação como um plano golpista jamais foi entregue a ninguém.

NÃO HÁ CÓPIA – “Esse documento foi encontrado pela PF no HD do computador do general Mario Fernandes e não foi entregue a ninguém. Não há uma minuta física”, disse à CNN.

Questionado se o general, preso desde o dia 19, avaliava fechar um acordo de colaboração premiada, o criminalista negou. “Meu cliente não está fazendo delação”, afirmou Figueiredo, que substituiu o advogado Raul Livino na defesa do general.

De acordo com a Polícia Federal, o general Mario Fernandes, então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi o responsável pela elaboração do chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”.

IMPRESSO NO PLANALTO – O relatório final da PF aponta que documento com o “planejamento operacional” para realizar o assassinato foi impresso pelo general da reserva no Palácio do Planalto e levado ao Palácio da Alvorada.

A data da impressão do documento foi 9 de novembro de 2022, quando Bolsonaro ainda residia no local. Dias antes, o então presidente havia sido derrotado por Lula no segundo turno da eleição.

De acordo com o documento, uma segunda impressão do plano foi feita no Planalto em 6 de dezembro de 2022. Novamente, o general da reserva foi responsável. Na ocasião, Bolsonaro também se encontrava no Palácio do Planalto.

DIZ O RELATÓRIO -“Conforme exposto, fica evidenciado que, no dia 06/12/2022, no horário em que o secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência, general Mario Fernandes, imprimiu o documento “Plj.docx” (18h09min), possivelmente relacionado ao planejamento operacional da ação clandestina para prender/executar o ministro Alexandre de Moraes e assassinar o presidente e vice-presidente eleitos Lula e Geraldo Alckmin. O então presidente da República, Jair Bolsonaro, também estava no Palácio do Planalto”, diz o documento.

Mario Fernandes está preso desde o dia 19 de novembro no Rio de Janeiro. Ele foi alvo da Operação Contragolpe da PF, que mirou outros três militares e um policial federal.

O general aguarda a transferência para Brasília. Na segunda-feira (2), o ministro Alexandre de Moraes autorizou a transferência de Mario Fernandes e do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo para Brasília. Os dois deverão ficar presos em unidades dentro do Comandante Militar do Planalto (CMP).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Esse oficial-general Mário Fernandes, aquele da boca suja, está a merecer um exame por junta médico-psiquiátrica, porque seu comportamento extravagante, digamos assim, indica gravíssimo desvio de conduta e caráter. Antes da prisão, seria conveniente brindá-lo com uma longa temporada numa clínica de recuperação, para somente depois trancafiar o ilustre oficial. (C.N.) 


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