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terça-feira, março 26, 2024

Caso Marielle e a estarrecedora relação do poder público com a criminalidade

Publicado em 26 de março de 2024 por Tribuna da Internet

PF aponta que crime foi idealizado e planejado de forma meticulosa

Pedro do Coutto

No último domingo tivemos a notícia de que o assassinato da vereadora Marielle Franco foi idealizado pelos irmãos Brazão e meticulosamente planejado pelo ex-titular da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, segundo aponta o relatório da investigação da Polícia Federal.

A PF considera que os irmãos Brazão e o delegado de polícia foram os autores do crime, que também matou o motorista Anderson Gomes em 2018 na região central do Rio. Para os investigadores, os irmãos foram os mandantes, e o policial participou do planejamento do assassinato, além de interferir nas investigações.

REPERCUSSÃO – Impressionante o novo episódio deste caso que ganhou uma enorme repercussão, inclusive na mídia internacional, trazendo à tona um novo e trágico aspecto ao revelar, mais uma vez, o sombrio relacionamento entre a política, a segurança pública e o crime no Rio de Janeiro. Os seus reflexos são proporcionais ao estarrecimento que o caso provoca.

Pior dos que a identificação dos mandantes e dos demais envolvidos no assassinato, é o trágico do impacto na administração publica do Rio de Janeiro e o grau de conivência entre a criminalidade e o poder público. O que foi divulgado, como assinalam as reportagens do O Globo, da Folha de S. Paulo e do Estado de S. Paulo, levará a uma inevitável confirmação do relacionamento entre faces que deveriam ser opostas, mas que na realidade, no caso Marielle, acentuou que agentes de Segurança, inclusive, transformaram-se em peças de insegurança.

CONVERGÊNCIA – O caso expõe uma cruel realidade, cuja dimensão, agora, pode ser calculada, influindo no comportamento de uma parcela que ao invés de combater o crime organizado, pelo contrário, une-se a esse segmento e deixa margem para se estimar como é profundo o relacionamento entre o crime e a obrigação de reprimi-lo. Ao contrário, revela uma convergência cuja extensão agora começa a ser trazida à tona e não se sabe ainda ao certo os limites de tal cumplicidade.

O assassinato covarde foi uma bomba que explodiu e cujos estilhaços atingem a consciência do proprio país. O Rio de Janeiro revelou ser uma área em que todas as pessoas estão expostas. Em matéria de segurança pública, as correntes diversas se encontram no episódio com as investigações sendo conduzidas  por verdadeiros porta-vozes do crime. As próximas etapas podem ainda confirmar fatos ainda mais surpreendentes e ficará a cargo das investigações as necessárias providências para que sejam minimizados episódios desse tipo.

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