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sexta-feira, dezembro 07, 2018

Bolsonaro se torna assistente de acusação no processo contra Adélio Bispo


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Bispo será acusado também pelo advogado de Bolsonaro
José Carlos Werneck
Reportagem da jornalista Carolina Heringer, publicada no Extra, informa que o presidente eleito Jair Bolsonaro virou assistente de acusação do processo no qual Adélio Bispo de Oliveira responde por ter tentado matá-lo. O pedido do advogado de Bolsonaro foi aceito, em 31 de outubro, pelo juiz Bruno Salvino, da 3a Vara Federal Criminal de Juiz de Fora. Como assistente de acusação, ele poderá ter acesso ao processo e a informações sigilosas contidas nos autos, tais como quebras de sigilos telefônicos, bancários e de dados.
O assistente de acusação pode ainda atuar no processo propondo meios de produção de provas, solicitando que sejam feitas perguntas às testemunhas, participando dos debates durante as audiências, bem como recorrendo das decisões proferidas.
LEI DE SEGURANÇA – O juiz Bruno Salvino entendeu que Bolsonaro poderia se tornar assistente por ter sido vítima do crime cometido por Adélio, que tentou matar o então candidato à Presidência com uma facada. O réu foi denunciado pelo Ministério Público Federal por “atentado pessoal por inconformismo político”, previsto no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional.
O processo respondido por Adélio está suspenso desde o dia 24 de outubro, quando o juiz Bruno Salvino determinou que o acusado fosse submetido a exames médicos para analisar se tinha capacidade mental de compreender o caráter ilícito do crime cometido, em razão de alguma doença mental.
EXAME MENTAL – Na última terça-feira, Adélio foi avaliado no Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, por dois psiquiatras indicados pela Justiça Federal de Juiz de Fora.
Adélio foi preso em 6 de setembro, após ter esfaqueado o então candidato Jair Bolsonaro, que fazia campanha na cidade mineira de Juiz de Fora. Conforme o Ministério Público Federal, cometeu o crime por discordar dos discursos e ideias defendidas pela vítima.
Jair Bolsonaro permaneceu internado durante três semanas. Inicialmente, na Santa Casa de Juiz de Fora, sendo depois transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, um dia após a tentativa de homicídio.

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