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terça-feira, abril 05, 2011

Denúncias contra médicos crescem 35% em cinco anos

Raul Spinassé/Agência A TARDE
Nilza Leal com o filho, que ficou com sequelas cerebrais irreversíveis após problemas com o partoTássia Correia l A TARDE

"Eu sou o médico aqui”. Esta foi a resposta que Nilza Carla Leal, 33 anos, ouviu após questionar os procedimentos que a fizeram esperar 11 horas por uma cesariana recomendada como de urgência. “Era meu primeiro filho, e muito desejado. A partir desse dia, o que era confiança em mim deixou de ser, porque já não acreditava mais em ninguém”, conta a ex-assistente administrativa, que hoje briga na Justiça para provar que uma série de negligências médicas levou o filho a sofrer uma lesão cerebral com sequelas irreversíveis.

Em cinco anos, o número de denúncias contra profissionais no Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) cresceu 35%. Foram 540 queixas no ano passado, contra 400 em 2005. No mesmo período, o número de processos ético-profissionais contra médicos praticamente dobrou: de 69, em 2005, para 137, em 2010.

“A partir da denúncia, é feita a sindicância ou investigação. Se o conselheiro responsável achar que há algum indício de infração ética, é aberto o processo. Isso pode gerar punição, arquivamento, se a denúncia não tiver fundamento, ou conciliação entre as partes. Esse processo dura, em média, cinco anos”, explica Marco Antônio Cardoso, médico e conselheirocorregedor do Cremeb.

Apesar do aumento das denúncias e dos processos, no ano passado apenas um profissional teve o registro médico cassado. Foram duas suspensões por até 30 dias, e 48 profissionais sofreram penas mais leves, como censura e advertência.

Sigilo - As causas específicas e os nomes dos envolvidos não são divulgados. Mas, segundo classificação do Cremeb, o tema “erro médico” aparece em terceiro lugar no ranking de motivação dos processos julgados – atrás de “problemas de parto”, em primeiro lugar, e “conduta antiética”.

No Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a curva no número de processos por erro médico também é crescente. Em 2000, foram cinco ações e, no ano passado, 79. Apenas 10 processos desse tipo foram julgados no TJ-BA em 2010. Este ano, entre janeiro e março, o TJ-BA registrou abertura de 19 ações desse tipo.

Serviço

Confira cartilha de direitos do paciente no site (clique aqui para acessar), da Associação de Vítimas de Erro Médico

Defensoria Pública: Disque 129 (apenas de telefone fixo) /// Cremeb: 71 3339-2800 /// Núcleo de Apuração de Crimes Relativos a Erros na Área de Saúde (MP): 71 3103-6675

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta terça-feira

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