Ludmilla Duarte l Sucursal Brasília
>>Confira a série “Cabeças do Congresso Nacional” desde 1999
São sete os parlamentares baianos que integram, este ano, a lista de “100 Cabeças” do Congresso Nacional elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) – uma organização não-governamental composta por representantes de 900 entidades sindicais do País e que se dedica a acompanhar a atuação dos três poderes da República.
O Diap, que observa o Parlamento há 17 anos, leva em conta a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações dos 513 deputados e 81 senadores, e costuma dizer que os 100 selecionados anualmente compõem a “elite do Congresso” por seu protagonismo no processo legislativo.
Desde 1994, 26 baianos tiveram o nome incluído na lista: o falecido senador Antonio Carlos Magalhães apareceu dez vezes, o governador Jaques Wagner, quando deputado federal, foi um dos Cabeças por oito vezes, Josaphat Marinho visitou a lista por cinco vezes – assim como Prisco Viana –, e Luís Eduardo Magalhães foi um dos 100 por quatro vezes, entre outros.
A julgar pela avaliação do Diap, os deputados baianos ficam entre os mais atuantes do País. Seus nomes apareceram entre os 100 por 121 vezes nesses 17 anos, próximo da performance dos parlamentares de Minas Gerais (128 vezes), Pernambuco (125) e não muito longe do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, cujas bancadas já compuseram a “elite do Congresso” por 155 vezes.
São Paulo tem os parlamentares, de longe, mais citados pelo Diap, 356 vezes, sendo que neste ano 20 paulistas estão entre os 100. Pernambuco e Rio têm o mesmo número da Bahia, sete parlamentares, e Minas aparece com quatro.
Nenhum dos três senadores baianos (João Durval, do PDT, Antonio Carlos Júnior, do DEM, e César Borges, PR) foi incluído em 2010. No material que veiculou à imprensa, o Diap informa que dois baianos, entre outros parlamentares, ficaram de fora da lista apenas porque se licenciaram em 2009 para assumir outras funções: Geddel Vieira Lima (PMDB) e Walter Pinheiro (PT), figuras tarimbadas do ranking da organização (já apareceram 11 e 12 vezes, respectivamente).
Marina Silva (PV) e Ciro Gomes (PSB), por exemplo, ficaram na mesma situação. É que somente parlamentares em efetivo exercício do mandato podem integrar a lista, preveem as regras do levantamento.
Operadores temáticos - Entre aqueles que se destacam como “operadores temáticos”, segundo o Diap, três baianos estão incluídos. José Carlos Aleluia (DEM), considerado atuante na área de Infraestrutura, Jutahy Júnior (PSDB), na área de Justiça, Segurança e Cidadania, e Daniel Almeida (PCdoB), áreas de Trabalho, Sindical e Previdência.
Conforme o Diap, os dois partidos com maior número de parlamentares na elite são o PT, com 22 nomes, e o PMDB, dono da maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado, com 17. O PSDB ocupa terceira posição em número de parlamentares, com 14 nomes.
Na avaliação da entidade, os cabeças são “aqueles que conseguem se diferenciar dos demais pela capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão”.
As mulheres ainda são minoria na lista do Diap. Elas representam 9,45% dos parlamentares, com 45 deputadas e 11 senadoras. A baixa presença do sexo feminino no Congresso acaba trazendo reflexos à análise da entidade.
As parlamentares são apenas 6% da lista. Desta vez, a baiana Alice Portugal (PCdoB) figura entre elas. E divide espaço com Luiza Erundina (PSB-SP), Rita Camata (PSDB-ES) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) – e duas senadoras – Ideli Salvatti (PT-SC) e Kátia Abreu (DEM-TO).
Qualidades
Todas as publicações do Diap relacionadas aos “Cabeças do Congresso” estão disponíveis no endereço da organização na internet (clique aqui para acessar).
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