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sábado, maio 02, 2009

Deputado nega acusações contra prefeito de Coribe

Luis Augusto Gomes
O deputado João Bonfim (sem partido) procurou ontem a Tribuna para manifestar sua indignação pela divulgação, na edição de quarta-feira, de acusações contra o prefeito de Coribe, José Alves Ferreira (PR), conhecido como "Nino", cujo mandato estaria em vias de ser cassado por abuso de poder econômico e propaganda ilegal na última campanha eleitoral. As denúncias, que tiveram como fonte a deputada Antônia Pedrosa (PRP), incluem ainda o incêndio do cartório da cidade no dia seguinte ao pleito e irregularidades que teriam sido constatadas em inspeção da Controladoria Geral da União (CGU).
"Até hoje não há indícios sobre quem ateou fogo ao cartório", disse Bonfim, alegando que o prefeito Nino "é quem menos tinha interesse num ato criminoso dessa natureza, pois venceu a eleição limpamente". Sem atribuir culpa "a quem quer que seja", pois se julga "sem provas" para fazê-lo, Bonfim disse que o inconformismo estava do lado adversário: "Todos na cidade viram que as autoridades foram desacatadas pelo grupo do então prefeito Vazinho, derrotado por mais de 300 votos num eleitorado pouco superior a dez mil pessoas".
Bonfim contesta também a afirmação de que Nino vai perder o mandato por abuso do poder econômico, pois "nem mesmo foi realizada a primeira audiência da Ação de Investigação Judicial Eleitoral" movida pelo candidato perdedor. "Não tem fundamento essa ação. Virou moda no Brasil inteiro e todo mundo que perde quer ganhar o mandato na Justiça, num desrespeito à vontade popular". A audiência está marcada para 13 de maio.
Quanto às irregularidades que teriam sido constatadas pela CGU, o deputado diz que "é um absurdo" a afirmação, uma vez que nos quatro meses em que Nino vem administrando o município não houve nenhuma visita de técnicos ou inspetores do órgão federal ao município. "O prefeito nem mesmo assinou convênios com o governo da União para estar submetido a esse tipo de investigação. Se a CGU achou ou vier achar irregularidades em Coribe, é em relação a convênios assinados em gestões anteriores", argumentou Bonfim.
Fonte: Tribuna da Bahia

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Teses lunáticas de Trump sobre Groenlândia lembram Putin sobre Ucrânia Publicado em 12 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet FacebookTwitterWhatsAppEmail Groenlândia: a reação da Europa às ameaças de Trump de anexar território - BBC News Brasil Desse jeito, Trump está para lá de Marrakesh, diria Caetano João Pereira Coutinho Folha Nosso tempo é marxista. Falo de Groucho Marx, não do tio Karl. “Esses são meus princípios, mas se você não gosta deles eu tenho outros”? Precisamente. Donald Trump é o grande inspirador dessa moda. Ainda não está na Casa Branca, mas o mundo ao redor já marcha ao som da música. Mark Zuckerberg é um caso: antes da eleição de Trump, a defesa da democracia implicava moderação de conteúdos “problemáticos” no Facebook. Agora, com a eleição de Trump, a democracia se defende com o fim da moderação —ou, melhor ainda, entregando essa moderação aos usuários, como acontece no X de Elon Musk. MALEABILIDADE – Se, por hipótese, os democratas retornarem em 2028, é provável que Zuckerberg imponha a censura mais uma vez, em nome do mesmo conceito elástico de democracia que ele tem na cabeça. Mas notável é a reação do auditório à ambição do Donald de comprar, ou até conquistar, o território autônomo da Groenlândia, atualmente parte da Dinamarca. É uma questão de segurança nacional, disse ele. Uma “necessidade absoluta”. Entendo. A importância geoestratégica, comercial e energética do território é imensa, sobretudo quando a China e a Rússia andam a rondar por aquelas bandas. Se, e quando, a Groenlândia se tornar independente da Dinamarca, Trump quer ser o primeiro da fila a espetar a sua bandeira, deixando a concorrência chinesa e russa a distância. FALTA COERÊNCIA – Mas como explicar as suas ameaças sobre o assunto? Os opositores da invasão russa da Ucrânia têm aqui um problema de coerência: os argumentos usados por Trump são semelhantes aos usados por Putin para justificar a sua “operação militar especial” na Ucrânia. Se Washington não quer a Rússia ou a China na vizinhança, por que motivo Moscou toleraria a Otan? Para os apoiantes da invasão russa da Ucrânia, outro problema de coerência: como tolerar Putin e criticar Trump quando ambos falam a mesma linguagem? Perante tanto marxismo de tendência Groucho, talvez o melhor seja não mudar de princípios. Defender a liberdade de expressão implica defender essa liberdade para opiniões contrárias, absurdas ou até tóxicas, não um convite à censura prévia de “moderadores” ideologicamente motivados. E OS CRIMES? – Naturalmente que há conteúdos inegavelmente criminosos, que cumpre às plataformas excluir (ameaças terroristas, pornografia infantil etc.). Como cumpre ao sistema judicial investigar e punir delitos cometidos online (calúnias, crimes contra a honra etc.). Mas o ponto de partida da discussão sobre a liberdade de expressão deve ser o mais neutro possível, precisamente para evitar o contorcionismo deprimente e cínico de figuras como Zuckerberg. O mesmo vale para ambições militares que desrespeitam a soberania e a integridade territorial de outros estados. O futuro da Groenlândia, tal como o futuro da Ucrânia, deve depender da vontade do seu povo, não de ocupações criminosas de outras potências. As palavras mais lunáticas de Trump sobre a Groenlândia são tão repugnantes como as de Putin sobre a Ucrânia. A defesa de um mundo livre se faz com amigos e aliados, não com inimigos e escravos. Publicado em Geral | Deixe um comentário |

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