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segunda-feira, março 03, 2025

Sem resposta para categoria, diretor da DIGOV do INSS abandona reunião da mesa setorial

MESA SETORIAL DO INSS NÃO AVANÇA E DEBATE COM AS ENTIDADES SE ACIRRA

Representantes da gestão do INSS abandonam a reunião da Mesa Setorial

A última reunião da Mesa Setorial do INSS, realizada na data de hoje (26/02/2025), não pode ser concluída, com a importante discussão dos temas elencados, em razão do abandono dos representantes do Governo em meio ao debate.

Os assuntos urgentes da base da categoria, envolvendo o Programa de Gestão e Desempenho e a Compensação da Greve de 2024, que estavam na pauta, ficaram prejudicados em face da retirada massiva dos representantes da gestão durante as discussões preliminares.

Infelizmente, não é de hoje que a Mesa Setorial tem sido conduzida, nos seus importantes debates, de forma truculenta e apressada. Normativas e regulamentações tem sido impostas sem participação dos trabalhadores, forçando entidades a estar sempre alguns passos atrás, correndo atrás do prejuízo, sem espaço efetivo de negociação ou mudança concreta dos parâmetros impostos. Documentos e dados solicitados ao Governo não são disponibilizados, ou o são sem o devido tempo para análise e discussão com a categoria, a exemplo da própria Portaria 1800/25 e, mais recentemente, os dados e documentos que subsidiaram afirmações do Presidente da Autarquia, acerca do percentual de servidores que supostamente cumprem a meta em poucos dias de trabalho, apesar das várias solicitações da FENASPS.

Cumpre destacar o novo PGD vem num momento onde a fila do INSS volta a crescer, com 2 milhões de requerimentos pendentes de análise. Como reiteradas vezes já denunciado pela Fenasps, o que as sucessivas gestões do INSS têm feito é cada vez mais responsabilizar e penalizar os trabalhadores para assim prorrogar um pouco mais a data do colapso do Instituto, impondo metas de produtividade cada vez mais escorchantes contra os trabalhadores e agora cortes de salários e demissões por “insuficiência de desempenho”, ignorando o caos estrutural pelo qual o INSS passa.

Nota da redação deste Blog - A Desigualdade no Serviço Público: Quem Carrega o INSS nas Costas?

A história se repete: enquanto alguns têm tudo, outros são obrigados a lutar arduamente por migalhas. Essa é a realidade de muitos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que mantêm a engrenagem da previdência funcionando, mas são tratados como peças descartáveis pelo próprio governo. As recentes notícias sobre a gestão do órgão reforçam essa injustiça.

O Programa de Gestão e Desempenho e a Compensação da Greve de 2024, temas urgentes para a categoria, foram novamente prejudicados pela falta de compromisso da gestão. Em uma atitude desrespeitosa, representantes do governo se retiraram das discussões preliminares, impedindo avanços e deixando claro que o diálogo com os trabalhadores não é uma prioridade.

Essa não é uma situação isolada. A Mesa Setorial, espaço essencial para o debate e negociação, tem sido conduzida de forma truculenta e apressada, ignorando a participação dos trabalhadores. Normativas e regulamentações são impostas de cima para baixo, sem qualquer discussão ampla, obrigando as entidades a correrem atrás do prejuízo. Além disso, documentos e dados que fundamentam decisões importantes são constantemente ocultados ou disponibilizados sem tempo hábil para análise, como ocorreu com a Portaria 1800/25 e com os números utilizados pelo Presidente da Autarquia para justificar supostos “rendimentos” elevados de alguns servidores.

Enquanto isso, os chamados “penduricalhos” continuam sendo distribuídos generosamente para os mais privilegiados. O Presidente do Senado aumentou a cota parlamentar em R$ 4,9 milhões por ano e concedeu um reajuste de 22,19% no auxílio-alimentação dos funcionários da Casa. Juízes brasileiros estão entre os mais bem pagos do mundo, enquanto ministros do Tribunal Superior do Trabalho chegam a receber R$ 419 mil em um único mês. Até mesmo mudanças de cidade para generais do Exército custam aos cofres públicos R$ 4 milhões.

O funcionalismo público tem a obrigação de remunerar bem seus servidores, já que exige alta qualificação. No entanto, essa desigualdade salarial se transformou em um campo minado de distorções, criando uma narrativa que demoniza os servidores comuns. Esse discurso não é acidental. Há um projeto em curso para descredibilizar o setor público e justificar sua privatização, beneficiando grandes empresas multinacionais que veem nos serviços públicos uma oportunidade de lucro.

A desvalorizacão dos trabalhadores do INSS é parte desse grande esquema. Ao manter os servidores sobrecarregados, sem condições dignas de trabalho e com salários defasados, o governo enfraquece a própria instituição e abre espaço para soluções privadas que, inevitavelmente, prejudicarão a população mais pobre.

Diante desse cenário, resta a pergunta: até quando os que carregam o INSS nas costas terão que lutar por migalhas, enquanto os mais iguais seguem desfrutando de regalias sem fim? A luta continua, e é fundamental que a sociedade entenda o que está em jogo: a defesa de um serviço público justo, transparente e eficiente para todos.




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