em 9 jan, 2025 18:55
Os sete investigados por envolvimento na morte do advogado Lael Rodrigues, morto em emboscada ao sair para comprar açaí, foram indiciados nesta quinta-feira, 9, pelo crime de homicídio duplamente qualificado – já que o filho também foi atingido. A Polícia Civil solicitou a conversão das prisões de preventivas para temporárias.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito policial após investigações com análise de imagens de câmeras de segurança, diligências de campo e oitiva de testemunhas, familiares e dos investigados. A apuração resultou na elucidação completa do crime.
Ainda conforme a SSP, o departamento solicitou a conversão das prisões e aguarda o posicionamento da Justiça. As investigações foram conduzidas pelo DHPP, com apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Divisão de Inteligência (Dipol).
O caso
Segundo a SSP, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Junior foi morto em uma ação planejada pela esposa, Daniele Barreto, e por uma amiga dela. A motivação seria desconfianças sobre uma relação da esposa com pessoas próximas a ela, além de supostas questões relacionadas a valores financeiros em torno de um possível divórcio. A vítima foi morta após sair para comprar um açaí, pedido feito pela própria esposa, no dia 18 de outubro.
A defesa de Daniele tentou reverter a situação, no intuito de obter o benefício da prisão domiciliar, alegando que a médica mãe de uma criança de 10 anos e possui diversos pacientes, em estágio de pós-operatório, que dependem de suas orientações e cuidados. No entanto, a Justiça decidiu por manter a prisão da cirurgiã.
Cartas
No dia 21 de novembro, a imprensa divulgou cartas da médica relatando abusos verbais, físicos e sexuais praticados pelo advogado. O teor da carta escrita à mão foi divulgado, com exclusividade, pelo jornal O Globo, em uma reportagem de Ulisses Campbell.
As cartas mostram relatos da médica, afirmando que sofreu agressões verbais, com xingamentos constantes, e diversas formas de violência física, além de abusos sexuais. Daniele destacou agressões como tapas e murros no corpo e rosto, além de puxões de cabelo, arrancando tufos.
No dia 22 do mesmo mês, a defesa da médica confirmou o teor das cartas e pediu atenção das autoridades que investigam o caso, destacando que se tratava de uma situação de violência doméstica.
Por Carol Mundim e Verlane Estácio
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