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terça-feira, junho 25, 2024

O mundo precisa festejar! Assange é libertado sob fiança na Grã-Bretanha

Publicado em 24 de junho de 2024 por Tribuna da Internet

ASSANGE ESTÁ LIVRE - ICL Notícias

Enfim, Assange deixa a prisão e volta a seu trabalho

Deu na Folha

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, concordou em se declarar culpado, nesta segunda-feira (24), por uma única acusação de crime de disseminação ilegal de material de segurança nacional em troca de sua libertação da prisão, no Reino Unido. Em 2019, um júri federal o indiciou em 18 acusações relacionadas ao compartilhamento dos documentos.

Assange já deixou a prisão, segundo informou o WikiLeaks em seu perfil no X. “Este é o resultado de uma campanha global que envolveu trabalho de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e líderes de todo o espectro político, até as Nações Unidas”, diz a publicação. “Agradecemos a todos que estiveram ao nosso lado, lutaram por nós e permaneceram totalmente comprometidos na luta pela sua liberdade. A liberdade de Julian é a nossa liberdade.”

LIBERDADE, ENFIM – Salvo imprevistos de última hora, o acordo pode pôr fim a uma extensa disputa dos EUA com Assange que começou depois que ele se tornou ao mesmo tempo celebrado e desprezado por revelar segredos de Estado na década de 2010.

O material revelado inclui informações sobre a atividade militar dos EUA no Iraque e no Afeganistão, além de telegramas confidenciais compartilhados entre diplomatas. Durante a campanha de 2016, o WikiLeaks divulgou milhares de emails roubados do Comitê Nacional Democrata, levando a revelações que constrangeram o partido e a campanha de Hillary Clinton.

SOB FIANÇA – Assange foi solto sob fiança após ficar vários anos exilado na embaixada do Equador e depois ser preso na Grã-Bretanha por acusações de crimes sexuais supostamente cometidos na Suécia.

A libertação de Assange havia sido confirmada na manhã desta segunda-feira pela Justiça britânica, que negou recurso apresentado contra a libertação do ativista australiano.

Em entrevista coletiva após ser solto, o ativista prometeu continuar o seu trabalho e voltou a alegar inocência. Ele agradeceu a “todas as pessoas no mundo que acreditaram” nele, a seus advogados e ao sistema judicial britânico.

RECURSO CONTRA – A questão de quem apresentou na última terça-feira o recurso contra a libertação sob fiança de Assange permanecia obscura. De um lado, um porta-voz da Procuradoria da Coroa britânica disse estar “atuando como um agente para o governo sueco no caso Assange” e afirmou que uma autoridade sueca “confirmou nesta manhã que apoiava plenamente o recurso”.

No entanto, pouco antes, a Procuradoria sueca havia declarado que não era responsável pelo recurso contra a libertação e que a questão “era puramente uma decisão britânica”.

Em entrevista coletiva, Mark Stephens, advogado de Assange, disse que não sabe quem apresentou o recurso. “Nos disseram que tinham sido os suecos, mas eles negaram. A promotoria (britânica) também negou. Precisamos nos perguntar quem foi, talvez essa pergunta seja respondida nos próximos dias.”

MONITORAMENTO – O dinheiro da fiança estabelecida previamente – 240 mil libras (cerca de R$ 640 mil) – já havia sido obtido com apoiadores do fundador do WikiLeaks, de acordo com Stephens.

Sob as condições da fiança que haviam sido estabelecidas previamente, Assange deveria ser monitorado eletronicamente. Ele ficará abrigado em uma casa de campo no leste da Inglaterra e terá de reportar-se à polícia diariamente.

A casa de campo – na verdade uma mansão de dez quartos – pertence a Vaughan Smith, apoiador de Assange, ex-oficial do Exército britânico e fundador do Frontline, um grupo que se apresenta como defensor do jornalismo independente.

ACUSAÇÕES – Os supostos crimes teriam sido cometidos na Suécia. Assange nega as acusações e alega que elas têm motivação política.

Na terça-feira, a advogada Gemma Lindfield, atuando em nome da polícia sueca, disse que uma das supostas vítimas acusa Assange de tê-la forçado a fazer sexo com ele sem camisinha. A mesma mulher acusa Assange de, alguns dias após o incidente, tê-la molestado de forma a “violar sua integridade sexual”.

Uma segunda mulher acusa Assange de ter feito sexo com ela, também sem preservativo, enquanto ela dormia, em Estocolmo. Na Suécia, este tipo de crime pode levar a condenações de até seis anos de prisão.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 O mundo livre está em festa. O mais importante jornalista enfim está livre. Espera-se que a liberdade de expressão, daqui para a frente, possa ser mantida nesse mundo de Guantánamos e falsas democracias.  (C.N.)

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