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domingo, julho 31, 2022

É impressionante como a fé e o conservadorismo ainda sejam usados por autocratas

Publicado em 31 de julho de 2022 por Tribuna da Internet

Democracia em risco no Brasil

Charge do Duke (domtotal.com)

Roberto Nascimento

Os líderes que vencem as eleições e depois querem permanecer indefinidamente, na intenção de empalmar o Poder a qualquer custo, de uma forma ou outra sempre sinalizam seus propósitos, antes de tentarem colocá-los em prática. É  o pensamento na frente da ação, que depois pode se transformar em realidade, sob a ótica do autocrata.

Alguns setores vulneráveis a serem manipulados abrangem as religiões, os costumes e as artes. Nesse sentido, a proposta do autocrata é fazer o Estado deixar de ser laico para seguir uma tendência religiosa, que difunda lemas conservadores. São métodos primitivos de fazer política, mas ainda funcionam e são até utilizados em nome da democracia, um paradoxo verdadeiramente absurdo.

O USO DA FÉ – O caminho do autocrata é eliminar a lógica nos atos do Estado para que passem a prevalecer os fundamentos da fé. Assim, as artes têm de se submeter ao filtro da censura, os artistas em geral perdem a liberdade de criar e lhes são negados financiamentos públicos, abre-se um caminho para retrocesso nos costumes.

O paradoxo é acreditar ao mesmo tempo na razão e na loucura, conforme já vemos nas redes digitais, com militantes virtuais a serviço de uma causa conservadora, difundindo mentiras, atacando quem não pensa igual a eles, uma deseducação, uma falta de cultura e de conhecimentos mínimos da história do país e do mundo.

E o resultado é o surgimento de adversários também  fanáticos, que procedem da mesma forma desarrazoada, criando um ambiente de confronto absolutamente desnecessário na democracia.

AMEAÇA AO PODER – Tanto na Grécia de Sócrates, como na Alemanha de Hitler, as elites se incomodavam com a filosofia, o conhecimento, a pluralidade e a diversidade. Ensinar democracia, arte, valores e experiências sempre se tornaram  ameaça aos autocratas.

Por essa razão, até hoje o quadro político mantém essas características negativas, existindo governos que boicotam a imprensa, recusam-se a dar transparência a seus atos, censuram as artes e os costumes, para promover uma fuga da realidade, inclusive usando compulsivamente fake news.

Trata-se de uma loucura ou é uma tática deliberada para confundir o outro ou a si mesmo? O grande perigo nisso tudo é o flerte com o precipício, como os americanos sentiram na pele durante a invasão do Capitólio pelos supremacistas brancos e o gado trumpista, com objetivo de desfazer o resultado das urnas.

MORTOS E FERIDOS – A tentativa foi repelida, mas dois manifestantes e três policiais morreram em consequência do ataque e houve centenas de feridos.  Nos meses seguintes, outros quatro agentes de segurança que defenderam o Capitólio se suicidaram.

Por pouco a América não explodiu. E aqui, como será nosso destino, se o Trump tupiniquim seguir o mesmo roteiro? Só o tempo para dar a resposta. Até lá, muita calma nessa hora. O importante é que a razão sobreviva, para que a democracia siga em frente, soberana e acolhedora.

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