Posted on by Tribuna da Internet
Deu no Estadão
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, dia 25, que não vai condenar a população “à miséria” para receber elogio da mídia ou de quem “até ontem assaltava o País”. “Penso no povo, que logo enfrentará um mal ainda maior do que o vírus se tudo seguir parado”, escreveu o presidente em sua conta oficial no Twitter.
A questão econômica tem permeado os discursos de Bolsonaro nos últimos dias. Em pronunciamento na terça-feira, 24, o presidente criticou autoridades estaduais e municipais que proibiram transporte e determinaram o fechamento dos comércios e o confinamento em massa.
- Se estivesse pensando em mim, lavaria as mãos e jogaria para a platéia, como fazem uns. Penso no povo, que logo enfrentará um mal ainda maior do que o vírus se tudo seguir parado. NÃO CONDENAREI O POVO À MISÉRIA P/ RECEBER ELOGIO DA MÍDIA OU DE QUEM ATÉ ONTEM ASSALTAVA O PAÍS!
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SEM PAGAMENTO – Na rede social, ele escreveu que não há como desassociar emprego de saúde e, sem produzir, empresas não terão como pagar salários e servidores deixarão de receber.
A flexibilização da quarentena foi cogitada pelo presidente, que defende a ideia de ‘isolamento vertical’ para idosos e pessoas de baixa renda. Nesta quarta-feira, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, alinhou o discurso com o de Bolsonaro e disse que é preciso melhorar a quarentena. “Não ficou bom. Foi precipitado, foi desarrumado.”
“GRIPEZINHA”– Após chamar o novo coronavírus de “gripezinha”, o mandatário escreveu que não quer descaso com a doença. “Não queremos descaso com a questão da Covid-19. Apenas buscamos a dose adequada para combater esse mal sem causar um ainda maior. Se todos colaborarem, poderemos cuidar e proteger os idosos e demais grupos de risco, manter os cuidados diários de prevenção e o país funcionando.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Ninguém em sã consciência torce para que o trabalhador perca o seu sustento, a empresa feche ou a economia emperre de vez. Porém, não é empurrando as pessoas para as ruas que a questão estará resolvida. Usar a tática terrorista de escolha entre a saúde ou a economia é lavar as mãos diante de medidas estratégicas e organizadas que precisam ser tomadas. O mundo inteiro adotou protocolos semelhantes, mas Bolsonaro (ex-atleta das flexões parciais) e os seus apoiadores acreditam que o Brasil “com seu clima diferenciado” pode sair impune e enfrentar de peito aberto o coronavírus, e que os milhares de cidadãos que moram com seus pais e avós darão um jeito de, eventualmente infectados, protegerem seus entes. Fica a dúvida se é ignorância ou loucura. Há de se encontrar uma solução, uma cura. Mas incitar o fim do isolamento social sem garantia alguma é irresponsável. Bradar por cenários anteriores, em comparativos que não justificam é falta de argumento. Se outros governos erraram, isso não avaliza o atual a errar também dia sim, dia não. Quem está no campo minado é a população. Já que Bolsonaro se candidatou ao cargo de matemático, chegou a hora de sentar com a sua equipe e resolver essa equação. (Marcelo Copelli)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Ninguém em sã consciência torce para que o trabalhador perca o seu sustento, a empresa feche ou a economia emperre de vez. Porém, não é empurrando as pessoas para as ruas que a questão estará resolvida. Usar a tática terrorista de escolha entre a saúde ou a economia é lavar as mãos diante de medidas estratégicas e organizadas que precisam ser tomadas. O mundo inteiro adotou protocolos semelhantes, mas Bolsonaro (ex-atleta das flexões parciais) e os seus apoiadores acreditam que o Brasil “com seu clima diferenciado” pode sair impune e enfrentar de peito aberto o coronavírus, e que os milhares de cidadãos que moram com seus pais e avós darão um jeito de, eventualmente infectados, protegerem seus entes. Fica a dúvida se é ignorância ou loucura. Há de se encontrar uma solução, uma cura. Mas incitar o fim do isolamento social sem garantia alguma é irresponsável. Bradar por cenários anteriores, em comparativos que não justificam é falta de argumento. Se outros governos erraram, isso não avaliza o atual a errar também dia sim, dia não. Quem está no campo minado é a população. Já que Bolsonaro se candidatou ao cargo de matemático, chegou a hora de sentar com a sua equipe e resolver essa equação. (Marcelo Copelli)