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sábado, setembro 26, 2015

PODE ESTAR VINDO CHUMBO GROSSO DA OPERAÇÃO LAVA-JATO

Desde que muitos esquerdistas caíram na besteira de tomarem partido por uma das gangues empresariais que disputavam um nicho extremamente promissor do mercado da telefonia, na Operação Satiagraha (saiba aqui como foi desmascarada por uma das lendas vivas da resistência jornalística à ditadura militar), insisto que o combate à corrupção é bandeira da direita

EM TEMPO DE GUERRA, MENTIRA (E MANIPULAÇÃO) COMO TERRA.

Carlos Ayres Britto, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, foi quem, no momento decisivo, salvou Cesare Battisti da perseguição inquisitorial encabeçada pelos reacionários Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, juntamente com o carola Cezar Peluso.

(Abro um parêntesis: se você só se informa --ou desinforma-- nos espaços petistas, talvez estranhe a inclusão de Lewandowski nessa lista. Mas, caso tivesse, como eu, acompanhado cada segundo das quatro longas sessões em que se decidiu o destino de Battisti, perceberia que se trata de um inimigo figadal da verdadeira esquerda, a revolucionária, tendo várias vezes externado seus preconceitos. Perseguiu encarniçadamente o Cesare e votou sempre contra ele, tanto quanto os outros dois mastins.

O Lewandowski haver se tornado queridinho dos blogueiros e articulistas chapa-branca só demonstra o quanto o PT decaiu. Hoje não passa de mais um partido da ordem e do status quo.)




Época

2 hEditado
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Mensalidades escolares sobem até 15% e ficam acima da inflação

Maior preço faz inadimplência chegar a quase 9% em SP. SPC revela que 19% dos maus pagadores entraram na lista por causa das despesas com educação.

  • DURAÇÃO: 4:59
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Alta nas mensalidades faz inadimplência subir em São Paulo  (Crédito: Reprodução/Facebook)
Alta nas mensalidades faz inadimplência subir em São Paulo
Crédito: Reprodução/Facebook

Por Evelin Argenta
As mensalidades escolares vão subir acima da inflação. Levantamento da CBN mostra que o reajuste para 2016 pode chegar a 15% em algumas instituições. Com maiores despesas, aumenta também o índice de inadimplência.  O número de pais que não conseguiram pagar a escola dos filhos em dia chegou a quase 9% em julho no Estado de São Paulo. 
Enquanto na escola os números ficam na aula de matemática, em casa os pais subtraem daqui, dividem dali. Tudo para dar um jeito de encaixar a mensalidade do colégio no orçamento doméstico.
'Vamos ter que cortar algumas coisas, como festa de aniversário. A gente fazia em buffet e esse ano não vai dar. Eu explico que não vamos ter como dar isso, cortar aquilo'
A fala acima é do empresário Fábio Lopes. Ele  tem um filho de oito anos que estuda em uma escola particular, na zona Oeste de São Paulo. No começo do mês ficou sabendo do reajuste das mensalidades para o ano que vem. E não recebeu nada bem a notícia.
'Eu já acho um custo surreal!  Eu recebi por e-mail e por carta da escola dizendo que no ano que vem teremos um aumento de 15% na mensalidade atual. E eu não vou ter um aumento de 15%.'
Pagando atualmente R$ 2.200, Fábio vai ter que desembolsar R$ 350 a mais todos os meses para manter o filho na escola. E ele não foi o único que ficou surpreso. A reportagem conversou com pais que têm filhos em escolas particulares e muitos disseram já estar recebendo o comunicado com os novos valores em casa. O aumento pode chegar a 15%, segundo a entidade nacional que representa os colégios privados. Bem acima da inflação, que deve fechar o ano em 9,25%. 
Na justificativa para o reajuste estão os itens básicos que incidem no valor da mensalidade, entre eles a folha de pagamento dos funcionários, investimentos em material didático e as despesas de cada instituição. Nesse último ponto, um susto até para os administradores dos colégios: o aumento nas contas de energia elétrica.
'A energia foi um absurdo. Escolas que estavam gastando três mil estão gastando seis e meio agora. É um aumento de 100% na energia. Então não tem como não passar para os pais. Nós nem falamos mais em lucro. Estamos vendendo o almoço para comprar a janta.'
Amábile Pacios é presidente da Federação Nacional do Ensino Privado e diz que o cenário não é nada animador. Até agosto de 2015,  80 escolas particulares fecharam as portas no país devido à queda nas matrículas. Em todo o ano passado foram seis. São pais como Fábio, que estão decididos a pesquisar outros locais.
'Eu não vou conseguir mantê-lo pois não vou ter dinheiro para pagar. Vou ter que procurar uma escola que se encaixe no meu orçamento. Não adianta eu mantê-lo lá e não pagar meus compromissos'
Descumprir os compromissos não é uma orientação dos especialistas, mas o setor da educação tem sido um dos principais motivos de entrada no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Dezenove por cento dos maus pagadores admitem que as falhas nas mensalidades escolares motivaram o "nome sujo" na praça. Para não virar inadimplente, é preciso conversar e buscar alternativas, como fez a bancária gaúcha Denise Cardoso da Silva.
'Pensar em reduzir o turno, encontrar uma forma dela ficar em turno normal e não mais integral, mas colocar a minha filha em uma outra atividade que o custo seja menor e que funcione dentro da minha logística'
A Comissão de Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem acompanhado bons resultados em negociações com escolas. O advogado Arthur Rollo orienta os pais a usarem o tempo de contrato como moeda de troca.
'Eles (as escolas) estão dando desconto de 6 a 7% de desconto com base naqueles alunos que frequentam a escola há bastante tempo. Eles usam esse desconto como uma espécie de prêmio pela fidelidade do aluno'
As negociações são comemoradas pelas escolas, que já viram o índice de inadimplentes bater quase 9% em julho no estado de São Paulo. Como estratégia algumas usam até um seguro educação, que garante cinco mensalidades pagas em caso de desemprego. Em uma escola da capital Paulista, até agosto, são 50 famílias usando o serviço. A média em outros anos não passava 20. Com o risco de não pagar as dívidas, o advogado Arthur Rollo dá mais uma orientação para os pais.
'O único momento em que pode ser recusada a matrícula do aluno é na renovação. Durante o ano ele não pode sofrer nenhum constrangimento, nenhuma cobrança vexatória, não pode ser impedido de fazer prova'
O descumprimento desse acordo pode gerar multas ou até condenações da escola na justiça por danos morais.

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