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quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Marta repreende Sarney quanto a uso de ‘presidenta’

Fábio Góis

Alçada à condição de 1ª vice-presidente, ou melhor, 1ª vice-presidenta do Senado, a senadora petista Marta Suplicy (SP) voltou a dar sinais de rigidez no exercício do mandato. Durante a sessão deliberativa desta terça-feira (8), Marta reclamou do tratamento dado pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), à presidenta da República, Dilma Rousseff, no que se refere às preferências gramaticais da mandatária-mor.

Na presidência da sessão, Sarney já havia pronunciado várias vezes a combinação “presidente Dilma” – seja lá qual for a razão, a ex-ministra-chefe da Casa Civil no governo Lula prefere o termo “presidenta”. De acordo com as regras gramaticais, ambas as formas estão corretas.

Depois da enésima vez em que Sarney usou a palavra “presidente” – substantivo comum de dois gêneros –, Marta pediu a palavra e apregoou ao microfone. “Pela ordem, senhor presidente. Senhora presidenta da República”, interveio Marta, acentuando a terminação feminina. A senadora tem a prioridade de substituir Sarney na Presidência do Senado, em determinadas situações previstas no regimento. Como a mera ausência do titular em sessões com quorum mínimo, por exemplo.

Calejado em sua quarta gestão à frente do Senado, Sarney demonstrou certo constrangimento com a reprimenda da colega de base governista. Mas, na condição de poliglota e membro da Academia Brasileira de Letras, lembrou que todos os dicionários do país e o próprio colegiado admitem as duas formas. E ainda recorreu à intimidade com outros idiomas para responder à intervenção de Marta. “Muito obrigado a vossa excelência. Mas eu sempre estou usando a fórmula francesa: madame le président”, reagiu o cacique peemedebista.

Última palavra

Na semana passada, Marta já havia demonstrado pulso firme na condução de sua primeira sessão plenária, uma das primeiras do ano. Ao ser convidada por Sarney para ocupar a principal cadeira da Mesa Diretora, a petista abreviou o discurso do ex-marido, Eduardo Suplicy (PT-SP), ao informá-lo de que o tempo de fala havia terminado – na ocasião, já o havia lembrado das restrições de tempo por três vezes.

“Último minuto, senador, porque [o tempo] já foi prorrogado várias vezes. Agora, vamos para mais um minuto e encerramos”, proferiu Marta, em ordem obedecida pelo ex-cônjuge. Marta foi em frente. “Acabou o tempo. A palavra está com o senador Inácio Arruda [CE], pela Liderança do PCdoB.” O costume, nas ocasiões em que não haja proposições pautadas para votação, é de flexibilização do tempo reservado aos senadores na tribuna.

Fonte: Congressoemfoco

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