Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quarta-feira, outubro 20, 2010

Debates, por que promovê-los?

Carlos Chagas

Do Paulo Preto a Erenice Guerra, das privatizações ao abandono das rodovias, do aborto à insegurança publica, não dá mais para aguentar. E ainda faltam dois. Falamos dos debates entre Dilma Rousseff e José Serra. Depois da Bandeirantes e da Rede TV, vem por aí a Record, no domingo, 24, e a Globo, na sexta-feira, 29. Submeteram-se, os candidatos, à ditadura das redes de televisão. Por isso, bem feito para eles, candidatos e redes, pela falta de coragem para programarem um único entrevero, e sem as regras restritivas que vem impedindo o livre curso de suas propostas de governo. Um único vídeotape teria bastado para demonstrar a inocuidade desse tipo de expediente eleitoral. Bem fez o SBT por não mergulhar no novo abismo de mediocridade revelado pela sucessão presidencial.

As grandes redes vangloriam-se de altos índices de audiência, mas é mentira. Depois de cada debate as assessorias de tucanos e de companheiros apregoam a vitória de seu candidato. Mera ilusão, para dizer o mínimo. Domingo, Serra e Dilma forneceram mais uma oportunidade para o cidadão comum perceber como são parecidos. Pela impossibilidade de desenvolver projetos com começo, meio e fim, dada a exigüidade de tempo, passam por despreparados, que certamente não são.

Tempos atrás ainda cabia a associações de classe e entidades do meio civil abrir oportunidade aos candidatos para a apresentação de seus planos. A imprensa escrita, no dia seguinte, divulgava em detalhes a fala de cada um. É claro que em meio a comícios, carreatas e passeatas onde os chavões tinham seu lugar. Sem esquecer as entrevistas, geralmente coletivas.

A PROVA

Não são poucos os tucanos que lamentam o afastamento de Aécio Neves como candidato presidencial no lugar de José Serra. Poderia ter sido diferente caso se tivesse realizado no ninho a prévia defendida pelo então governador de Minas, hipótese que teria selado a chapa Serra-Aécio ou Aécio-Serra. Em qualquer dos casos, a impressão transmitida ao eleitorado seria de unidade e eficiência. Talvez tivessem sido eleitos ainda no primeiro turno.

BRASÍLIA APAGADA

Falta de energia virou rotina na capital federal. Não se passa um dia sem que bairros inteiros sejam submetidos a apagões regulares, pela manhã, à tarde ou à noite. O cidadão fica exposto a um trânsito caótico, com os semáforos interrompidos, isso quando consegue tirar o carro da garage, manualmente. Escolas obrigam-se a adiar as aulas, postos de saúde suspendem os atendimentos, escritórios fecham e os serviços variados interrompem suas atividades. A pergunta que se faz é quando Dilma ou Serra, em suas campanhas, abordarão tema tão incômodo quanto vergonhoso. O principal, no entanto, é saber se o vencedor terá condições de enfrentar a crise.

CONSPIRAÇÃO?

Paranóias à parte, mas quem garante não estar em andamento um conluio entre certos institutos de pesquisa e parte da chamada grande imprensa, apresentando a cada dia as mesmas informações sobre a diminuição dos índices de preferência entre Dilma e Serra? Parece tudo meio arrumadinho, uma repetição do já célebre escândalo da Proconsult, no Rio, quando o então candidato a governador, Leonel Brizola, ia sendo garfado. Só não foi por haver estrilado a tempo.

Fonte: Tribuna da Impresa

Em destaque

Golpe de 1964 é imperdoável, mas precisa ser colocado no passado

Publicado em 11 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Reprodução de foto de Orlando Brito  Mario Sabino...

Mais visitadas